Vasco Prado (Uruguaiana, 16 de abril de 1914
— Porto Alegre, 9 de dezembro de 1998) foi um escultor e gravador brasileiro. Filho
de pai militar, morou com família em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, antes de
voltar ao Rio Grande do Sul, aos 14 anos de idade. Estudou no Colégio Militar
de Porto Alegre, onde concluiu o curso em 1936. Em 1946 concorreu a deputado
estadual pelo Partido Comunista Brasileiro, sem sucesso. Foi casado por quase
três décadas com a artista plástica Zorávia Bettiol.
Nos anos 50 fundou o Clube da Gravura com Carlos
Scliar, Danúbio Gonçalves, Glênio Bianchetti e Glauco Rodrigues, que foi um dos
marcos na história da arte gaúcha, realizando uma obra de cunho social, e em
especial enfocando a temática regionalista do gaúcho em sua vida no campo.Lecionou
escultura e desenho em seus ateliês, no Atelier Livre da Prefeitura de Porto
Alegre, na Universidade de Caxias do Sul e no Museu de Arte do Rio Grande do
Sul (MARGS).
Vasco Prado é um dos escultores mais importantes
do Brasil e certamente um dos mais influentes em sua terra natal, tendo formado
gerações de novos artistas e inseminando o trabalho de muitos outros. Após a
fase do Clube de Gravura, com sua temática social e politicamente
engajada, claramente descritiva, sua obra passou a apresentar um caráter cada
vez mais sintético e abstratizante, com um magnífico equilíbrio formal de
índole classicista, embora tenha incorporado diversos elementos e recursos
técnicos da contemporaneidade e jamais tenha aberto mão de suas convicções
políticas libertárias, como provam diversos trabalhos mais recentes
importantes, realizados como monumentos públicos sobre temas e figuras ilustres
da história e tradição gaúcha e brasileira, como o Tiradentes na Assembleia
Legislativa do RS e diversas versões do Negrinho do Pastoreio. Outros de seus
temas preferidos são a mulher, o cavalo e os amantes.Na noite de segunda-feira
Vasco Prado.
Realizou, na década de 1950, a Escultura
intitulada "Pomona", em pedra arenito rosa, no parque do Balneário
Osvaldo Cruz, na cidade de Iraí, RS. Pomona, na mitologia romana, é a Deusa das
Frutas e dos Jardins. Para este trabalho, utilizou como modelo uma jovem
indígena da tribo Kaingang que por ali se fixara. Além da maestria apresentada
no manejo da pedra e do bronze, também foi um grande gravador, ceramista e
desenhista. Tem obras espalhadas tanto pelo Brasil quanto pelo exterior.
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