13 de ago. de 2009

Curso de Aquicultura de Uruguaiana é pioneiro no Brasil

Estudantes podem seguir uma carreira empreendedora ou optar por estudos científicos

O curso superior Tecnologia em Aquicultura, oferecido pela Unipampa – Universidade Federal do Pampa – em Uruguaiana, está de acordo com as necessidades atuais do mercado de trabalho. Segundo o coordenador do curso, Marcus Querol, faltam profissionais da área no Rio Grande do Sul. “As pessoas estão atrás de profissionais capacitados em aqui-cultura e não encontram. O curso, exclusivo no Estado, começará a suprir esta carência”, assinala Querol. Com a criação do Ministério da Pesca e Aquicultura em maio deste ano, o setor promete superaquecer o mercado para profissionais do setor, principalmente para planejamento de políticas públicas, implantação de projetos de exploração marítima e acompanhamento de comunidades que vivem da pesca.
O acadêmico em aqui-cultura em Uruguaiana aprenderá, em três anos, técnicas de produção, alimentação e cultivo de peixes, crustáceos e semi-aquáticos. “Somos os únicos a trabalhar no país com a produção e cultivo de animais semi-aquáticos”, revela o coordenador. Na grade curricular há disciplinas voltadas aos processos ecológicos e ao licenciamento e estudos de impacto ambiental, além de aulas sobre conservação e comercialização dos produtos aquícolas. Outro destaque nas aulas de aquicultura no município é o estudo de animais de água doce, sendo uma atividade pioneira no país.
Perfil do aluno – Segundo o técnico em biologia da Unipampa, Edward Pessano, os acadêmicos do curso superior de Tecnologia em Aquicultura podem apresentar perfis voltados tanto para o desenvolvimento empreendedor, ou para a área científica através da realização de estudos de produção, reprodução, alimentação e de sustentabilidade ambiental e pesquisa de campo. “Através do Projeto para a Capacitação de Pescadores e Pequenos Produtores Rurais para a Produção de Peixes, realizado pela Unipampa em conjunto com o Instituto Federal Farroupilha, iremos disponibilizar quatro bolsas de estudos aos nossos alunos”, revela.
Mercado de trabalho – De acordo com o portal Curso Certo, as vagas de aquicultura surgem nos órgãos públicos ligados ao desenvolvimento da atividade pesqueira, ao desenvolvimento de políticas públicas para a manutenção social de comunidades ribeirinhas e costeiras, e nos órgãos de preservação ambiental, como o Ibama, que monitoram cardumes e espécies ameaçadas. São também grandes empregadores as empresas do ramo de alimentos, como produtoras de atum em lata, pescado congelado, frutos do mar e ração à base de peixe. Algumas associações de pescadores também contratam os serviços de engenheiros ou técnicos em pesca para orientação de suas atividades e implementação de culturas em viveiros. As melhores regiões para se trabalhar, conforme o Curso Certo, são Sul e Nordeste, que concentram a atividade pesqueira, no entanto, SP, ES e RJ também empregam. O setor de peixes e camarão está forte no Ceará, Bahia, Paraíba e Rio Grande do Norte. Já para quem trabalha com o cultivo de trutas, mexilhões e ostras RS e SC são mais promissores. Apenas quatro estados oferecem cursos superiores de aquicultura no Brasil: RS (Unipampa-Uruguaiana), Paraná (Universidade Federal do Paraná), Manaus (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Amazônia) e Natal (Universidade Federal do Rio Grande do Norte).

Um comentário:

  1. oi eu sou do ES e estou cursando o primeiro ano de aquicultura gostaria de saber como eu faço para ter contatos com os outros tecnologos de outros estados...
    liviany miranda

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