Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: Morre o poeta, desaparece o cronista (Editorial Tribuna, dia 27/06/09)

3 de jul. de 2009

Morre o poeta, desaparece o cronista (Editorial Tribuna, dia 27/06/09)

Como Deus pode concentrar em um corpo franzino, tanta alegria, sinceridade, caráter, retidão, amizade e uma humilde comovente? Somente alguém abençoado poderia concentrar em si tantas qualidades, tanta grandeza e espiritualidade. Com Soares Tubino, parte um pedaço da Uruguaiana que amamos, envolta na ternura dos que sabem que nossa vida é um eterno aprendizado e que é possível enxergar beleza nas coisas puras e simples. Nosso colaborador, Jayme del Cueto, do Rio de Janeiro, em nosso blog destacou “Foi-se o Alci Tubino, e com ele uma das poucas referências que me restavam dos tempos das aulas de D. Lucy no Romagueira Correa.Morre o poeta, desaparece o cronista, mas ficam para sempre nossas lembranças da figura amiga do companheiro dos bancos escolares.Meus sentimentos à sua família, aos companheiros da Tribuna e a Uruguaiana que viu calar sua lira”. O uruguaianense Alci Soares Tubino nasceu em 17 de junho de 1932, era filho de Mortimer Tubino e Maria das Dores Soares Tubino. Autodidata, pertenceu a várias instituições culturais da cidade e do país. Funcionário Municipal aposentado, quando de sua passagem pelo Centro Cultural Dr.Pedro Marini, criou e organizou a Sala do Autor Uruguaianense. Publicou as obras Gonçalves Vianna e seu universo poético (1987), Antemanhã (1992), e Antologia da Poesia Uruguaianense (1997). Colaborador de jornais e revistas de nosso Estado, trabalhou como redator no jornal A Fronteira, de 1948 a 1953, depois transferiu-se para “A Vanguarda”. Fundou e dirigiu o extinto Clube de Artes de Uruguaiana (1982). Durante anos manteve sua coluna poética em jornais locais, publicando obras de Poetas Consagrados e de novos talentos, incentivando incipientes escritores. Manteve a coluna Histórias da Vida do Jornal da Tarde da Rádio Charrua AM, por mais de 20 anos. Anteriormente, escrevia a crônica “Reflexos da Semana”, lidas aos sábados, por Mário Dino Papaléo, no Grande Jornal da Manhã. Soares Tubino, integrava a Academia Uruguaianense de Letras (AUL), da qual foi um dos fundadores, em 28 de agosto de 1957. Colaborador do Tribuna desde a edição nº. 38, de 28 de março de 2009, Soares Tubino, deixa um vazio imenso em seus amigos, familiares e admiradores. Nossa equipe consternada lamenta seu passamento e invoca uma mensagem deixada, por um anônimo leitor, em nosso blog: “Parecia que o Tubino duraria para sempre...”.

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