Médicos
e estudantes de Medicina do Rio Grande do Sul vão parar nos dias 30 e 31 de
julho (próximas terça e quarta). O protesto é contra as medidas do governo
federal que não atacam os reais problemas da saúde brasileira. A mobilização
atingirá diversas regiões do Estado e todas as áreas de trabalho -
pública e privada. Não serão afetados serviços de urgência e emergência. Apenas
parte dos atendimentos agendados (chamados de eletivos) será transferida. As
entidades médicas (SIMERS, Cremers e Amrigs) estão comunicando os locais de
assistência desde quarta-feira, um dia após a assembleia lotada, em Porto Alegre, que
aprovou a paralisação.
O
movimento integra calendário nacional, com foco na derrubada da Medida
Provisória (MP) 621/2013, que criou o programa Mais Médicos, e dos vetos da
presidente Dilma à Lei do Ato Médico. No Estado, atuam mais de 25 mil médicos.
No país, são 400 mil profissionais registrados, mais que o dobro do que
preconiza o Ministério da Saúde. “Os médicos estão profundamente
indignados com os governos federal e municipal (no caso de Porto Alegre) por
estarem sendo usados para propósitos absolutamente eleitoreiros e
demagógicos", afirmou o presidente do Sindicato Médico do RS (SIMERS),
Paulo de Argollo Mendes. Além da Capital, a paralisação atingirá os
serviços eletivos de saúde de outras nove cidades gaúchas: Erechim, Bagé, Santa
Cruz do Sul, Passo Fundo, Rio Grande, Santana do Livramento, Uruguaiana,
Santa Maria e Ijuí.
Os
serviços de urgência e emergência funcionarão normalmente. Casos graves não
deixarão de ser atendidos em nenhum lugar. “Os pacientes podem ficar
tranquilos. Apenas serviços não urgentes sofrerão alguma alteração. O que puder
ser transferido, será reagendado para outros dias", adiantou o dirigente
médico. Os médicos e estudantes montarão comitês para discutir como será a
atuação, com ampla divulgação. "As entidades médicas enviarão
comunicado aos responsáveis pelos serviços para que possam fazer a devida
orientação à população com toda a clareza e antecedência", frisou o
presidente do SIMERS. Quem estiver de plantão em serviços de urgência e
emergência estará fora da paralisação, mas apoiará integralmente o movimento.
"Os profissionais atenderão 100% do tempo e das suas tarefas. Nas horas em
que não estiverem no trabalho, entregarão panfletos esclarecendo as pessoas sobre
as deficiências. "Queremos gerar o menor transtorno possível. Até porque a
vitória nesta luta beneficiará todos os brasileiros", motivou o presidente
do SIMERS.
A
categoria reforçará a luta por mais investimentos na saúde. Hoje o governo
investe em assistência menos que a área privada. As famílias estão tendo de
pagar pelo que teriam direito de receber de graça. Argollo destacou que
faltam mais investimentos da União na saúde e mostrou grande preocupação com a
vinda de médicos formados no estrangeiro, cuja atuação será
"facilitada" sem nenhuma garantia de qualidade da formação. Além
disso, adverte para o desrespeito à Constituição Federal e às leis. "A
presidente disse que não queria aplicar 10% do orçamento da União no SUS ao
vetar a proposta do Congresso Nacional na regulamentação da Emenda 29. Em vez
de seguir a decisão do Legislativo, Dilma manteve valores insuficientes, que
este ano representam 4,4% da receita bruta", esclareceu o dirigente. Argollo
destacou que faltam mais investimentos da União na saúde e mostrou grande
preocupação com a vinda de médicos formados no estrangeiro, cuja atuação será
"facilitada" sem nenhuma garantia de qualidade da formação. Além
disso, adverte para o desrespeito à Constituição Federal e às leis. "A presidente
disse que não queria aplicar 10% do orçamento da União no SUS ao vetar a
proposta do Congresso Nacional na regulamentação da Emenda 29. Em vez de seguir
a decisão do Legislativo, Dilma manteve valores insuficientes, que este ano
representam 4,4% da receita bruta", esclareceu o dirigente.
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