Devemos
ter consciência de que o novo governo, além de ter herdado uma dívida
milionária, terá o desafio de viabilizar ou repensar algumas obras feitas na
correria e com o intuito midiático. A ciclovia é uma delas. A avenida
Presidente Vargas, a maior via de Uruguaiana foi dividida por uma cerquinha de
ferro no canteiro principal e o que menos se vê transitar por ali são
justamente as bicicletas. A Pinheiro Machado, principal acesso a zona sul da
cidade, “ganhou” mão única e uma desastrada ciclovia sem ter outra rua paralela
em condições de trafegabilidade para que fluam automóveis, motocicletas,
ciclistas e transeuntes. A Flores da Cunha foi “presenteada” com a sinistra
obra, trazendo prejuízos ao comércio estabelecido, com pouco uso e sem uma via
alternativa em condições de tráfego. Na avenida Setembrino de Carvalho foi
implantada a ciclovia, quando a prioridade seria a duplicação da avenida,
acesso ao nosso maior conglomerado urbano, a União das Vilas, onde residem 28
mil pessoas.
A
mobilidade urbana, hoje um termo na moda, não foi considerada nestas
edificações. Pelo que se nota, a figura de um engenheiro de trânsito não passou
nem perto do projeto, bem como um apurado estudo técnico de necessidades e
viabilidade de tal obra. Outra obra inaugurada em dezembro de 2012 e que até
agora não está funcionando é a Clínica Renal Municipal que continua fechada e
foi construída em um terreno que não é propriedade do município. De outro lado,
os pacientes renais seguem seu calvário em busca de um atendimento digno. Ainda,
na esfera da saúde pública, o Instituto de Cardiologia, pronto e equipado desde
2010, sequer foi inaugurado e, por conhecida desinteligência, desde fevereiro
de 2011 está envolto em uma batalha pessoal e judicial, enquanto cidadãos são
obrigatoriamente transferidos para outros municípios. Cremos que o Poder
Judiciário irá proporcionar um final feliz para esta novela.
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