Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: Bondade, por Gabriel Novis Neves

6 de jan. de 2015

Bondade, por Gabriel Novis Neves

Abro os jornais e as notícias principais são referentes à infelicidade humana. 
Guerras sempre inúteis e injustas, violência a menores e idosos, latrocínios, desrespeitos de todas as ordens, descumprimento da nossa Constituição por aqueles que deveriam zelar por ela, agressões aos nossos direitos humanos e aceitação à nossa já familiarizada corrupção. 
Não encontro no noticiário nem uma frase sobre um ato de solidariedade humana ou bondade. 
Sociólogos e psicólogos explicam que a contravenção é mais espalhafatosa e desperta mais a atenção do leitor do que um ato de amor ao próximo. 
Este é discreto, e ainda existe entre as pessoas. Seria oportuno e muito mais educativo aos noticiários a sua divulgação, embora a maldade desperte mais atenção e, até mesmo, admiração. 
A esperteza é vista por muitos como sinal de inteligência e astúcia. Já a bondade é coisa do passado e está quase em extinção do nosso convívio social. 
O resultado dessa interpretação é danoso a uma coletividade. 
Foi assim que surgiu a Lei do Gerson, em que vale sempre levar alguma vantagem, sem preocupações éticas ou morais. 
Os ensinamentos que recebemos na nossa formação educacional estão sendo corroídos por esses avanços da modernidade. 
Os próprios atores da insubordinação aos bons princípios são idolatrados pelas mais diversas camadas sociais. 
Quem são os beneméritos do crime organizado das favelas ou dos altos poderes da República? 
Aqueles que vivem na marginalidade das leis. São respeitados, queridos e temidos. 
O anônimo do bem continuará fora dos noticiários da mídia. 
Suas ações não despertam interesse no mundo capitalista, consumista e competitivo. 
“Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz”. Platão 

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