O primeiro semestre de 2017
preocupa sanitaristas de Uruguaiana que monitoram a proliferação de focos do mosquito Aedes aegypti transmissor
da Dengue, Zika
vírus e Chikungunya. A situação de fronteira com a Argentina, sediar o maior
Porto Seco da América Latina e o grande fluxo de veículos de diversas regiões,
além dos milhares em circulação pela Aduana vindos dos países vizinhos, colocam
a cidade em situação de risco e considerada infestada pelo mosquito. Hoje,
avoluma-se o número de focos no município. Segundo João Paulo Soares, supervisor
geral da equipe de 23 agentes de endemias e cinco supervisores de campo, o volume
é assustador - nos seis primeiros meses de 2017 foram
detectados 934 novos focos do Aedes, quando em todo o ano
de 2016 a detecção total foi de 624 apontamentos. Uma evolução de 50% já na
metade do ano. Ainda de acordo com João Paulo, na área urbana há 165 “Pontos
Estratégicos” (borracharias, aeroporto, rodoviária, cemitério, transportadoras
e sucatas) que são visitados quinzenalmente. Ainda são realizados seis ciclos
de levantamento de índice e tratamento LI+T– quando necessários – em todos os
bairros da cidade. Nesta semana estão sendo trabalhados o Boa Vista, Francisca
Tarragó, Nova Esperança e COHAB I. O supervisor também salienta o crescimento
no número de terrenos baldios que se transformam em depósito clandestino de
lixo ampliando a possibilidade do surgimento de novos focos do mosquito.
“Por mais que se apele, os cidadãos continuam atirando lixo em qualquer área e
até mesmo em pátios no interior de suas casas sem se preocuparem em manter a
higiene e o descarte de objetos que podem acumular água – ambiente ideal para a
proliferação dos focos”, conclui.
* A titular da 10ª Coordenadoria
Regional de Saúde – Heili Temp, diz que a preocupação do setor é imensa em toda
a área de abrangência da CRS composta por 11 municípios dos quais sete estão
infestados pelo mosquito. “É uma sorte não haver a presença da doença com o
número elevadíssimo de focos do Aedes aegypti registrado”, destaca. Porém, não
descarta que no próximo verão os primeiros casos não passem a surgir nas
cidades mais atingidas. E alerta -a prevenção ainda é a única forma de evitar que isso
ocorra de fato.
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