Um ano após o documentário sobre
o projecionista do Cinema de Uruguaiana, “Abelardo”, ganhar dois prêmios em
festivais no Chile e Bahia, o protagonista do documentário perde seu emprego.
Produzido pela produtora Accorde Filmes e dirigido pela uruguaianense e
cineasta Ane Siderman, o documentário “Abelardo” mostra a paixão do
projecionista pelo trabalho executado por 53 anos no local. No filme de 15 minutos, Abelardo - que também se tornou conhecido
em festivais por onde passou em Portugal, Espanha, Itália, Argentina, México,
Venezuela, Colômbia e Uruguai - conta que tentou seguir outras profissões, mas
que não foi feliz. O humilde senhor narra que somente no cinema se sentia
vivo. O homem conta, ainda, que herdou o oficio e o nome do pai.
José Antônio da Silva Ballestero,
o Abelardo, disse que apenas uma vez ficou doente e assim mesmo foi trabalhar.
Ganhava pouco, trabalhava sem poder tirar férias, pois não havia ninguém para
substituí-lo. Mas isso não era problema para ele, Abelardo era apaixonado pela
projeção. Por conhecer o amor de um homem por seu ofício, a cineasta Ane
Siderman lamenta o fechamento do cinema de Uruguaiana (justamente a um mês do
Festival de Gramado). “É uma pena que uma cidade com o porte de Uruguaiana não
tenha cinema hoje, pois por maior que seja a tecnologia, nada se compara à
magia e grandiosidade de um cinema. Ir ao cinema é um evento social e cultural,
ir com a família, com os amigos, amores, sentar na sala em frente a uma tela
grande, sentir a emoção da plateia, ouvir um bom som, uma projeção de
qualidade, isso não tem preço”.
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Um comentário:
mas culpa de quem?do antigo prefeito que só pensava em teatro,me digam para quê teatro?,só na cabeça de um doente,que vive no passado.
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