Você já pensou em ser responsável por si mesmo? Acha isso uma tarefa fácil? Pois não é.
Caso você precise se internar em um hospital para um simples procedimento médico, a admissão só será realizada se estiver acompanhado por um responsável pela assinatura obrigatória na ficha de internação, com todos os dados da sua cidadania.
Na vida tudo é possível e, no caso de um insucesso não programado, quem ficaria com o ônus de saldar as despesas hospitalares e serviços médicos?
Mesmo com o depósito prévio, cujo valor é estipulado por cada hospital. Ato esse conhecido como cheque-caução, proibido por lei, mas, no país das ilegalidades, como exigir legalidade de um serviço essencial onde o Estado é o grande ausente?
Se pensarmos bem, somos eternos prisioneiros deste sistema que criamos, e jamais seremos livres.
Até pequenas coisas, sem nenhum valor, que assinamos, senão contiver o nosso carimbo de identificação, não vale absolutamente nada.
A noção exata que sem um responsável não somos nada é fortemente sentida quando precisamos de algum serviço de uma repartição pública.
O número de informações exigidas para sacar um documento é de fazer inveja a qualquer nação medianamente civilizada.
Ando com uma maleta a tiracolo onde carrego todos os comprovantes de que existo, estou vivo e gozando de plena saúde física e mental.
Apesar de tudo, até hoje, não sei em que bairro moro. Recebo correspondências como morador do Bairro Goiabeiras, Popular, Duque de Caxias I, Duque de Caxias II.
Os antigos colocam o nome original, que é o Bairro do Caixão. Este nome os Correios não aceitam, alegando não existir, quando, até há pouco tempo, a rua mais importante deste nobre bairro era a Rua do Caixão.
Como é complicado entender essa coisa chamada vida!
Nem a nossa individualidade é respeitada, exigindo de nós, um responsável.Siga @jtribuna10
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