Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: Fantástico, por Gabriel Novis Neves

16 de nov. de 2014

Fantástico, por Gabriel Novis Neves


Fantástico 
O Brasil é um país simplesmente fantástico! 
O perdedor das últimas eleições presidenciais é reverenciado pela maioria do povo e permite ser tratado de Presidente. 
A vencedora nas urnas vive o papel de refém da sua vitória, acuada e pressionada por correligionários e adversários políticos. 
O programa de governo do candidato derrotado, demonizado durante a acirrada campanha eleitoral onde tudo era válido, está sendo executado pela vencedora da continuidade. 
O poder tem as suas próprias aferições. 
Notei que o prestígio de um político, especialmente da oposição, é medido pelo tempo que diz ter falado com a reeleita pelo telefone. Não sabemos quem telefonou e muito menos o assunto. 
A verdade, além das fofocas inevitáveis neste período, é que os dados oficiais do governo estão demonstrando índices assustadores. 
Juros altos, inflação sem controle por birra do próprio governo em não cortar gastos supérfluos como o de cartões corporativos e viagens inúteis, aumento da taxa de desempregos na indústria, desequilíbrio da balança comercial onde importamos mais e exportamos menos. 
As contas dos Municípios, dos Estados e da própria União não fecham, sendo empregados artifícios contábeis para essa tarefa. 
Salários para a maioria da população estão achatados, contrapondo aos robustos e generosos para certas categorias de intocáveis e superiores funcionários públicos. 
Os estarrecedores escândalos, como o da Petrobras, simplesmente inacreditáveis, são considerados aceitáveis pelos responsáveis com fisionomia de paisagem. 
Ministros, como o da Cultura, começam a abandonar o barco do poder, atirando na política econômica da Presidente. 
Diante deste cenário de terror, logo estaremos comemorando os festejos de mais um ano que finda sem deixar legado de avanços na nossa qualidade de vida. 
A expectativa para o próximo ano é de grandes turbulências sociais e econômicas. 
Estamos muito mal de vizinhança e isolados do mundo desenvolvido. 
Para completar a nossa tristeza, o Luverdense não conseguiu chegar à elite do futebol brasileiro, e ninguém sabe o que fazer com a Arena Pantanal e as obras inacabadas. 
No final tudo se acerta, dizem os experientes em futurologia. 
Continuamos na contramão do tão sonhado desenvolvimento econômico e da justiça social.

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