Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: Inveja, por Gabriel Novis Neves

17 de nov. de 2014

Inveja, por Gabriel Novis Neves


Inveja 
Oscar Wilde dizia que “pouca sinceridade é uma coisa perigosa, e muita sinceridade é absolutamente fatal”. 
Quanta sabedoria nesta curta frase sobre o comportamento humano. 
Se vivêssemos em uma sociedade onde a hipocrisia não existisse, talvez Wilde estivesse equivocado. 
Entretanto, vivemos cercados de ódios e invejas dos medíocres, onde não prospera a sinceridade. 
Todos os segmentos sociais estão contaminados pela desconstrução das pessoas. 
Vivemos entre maldades, onde o sucesso alheio não é permitido. 
No reino animal não prolifera nem a inveja nem o ódio, componentes do perfil do comportamento humano. 
Nem todos desenvolvem essa patologia, que tem como premissa não perdoar os que vencem por mérito. 
Ouvi estarrecido o depoimento de um jovem médico que vem se destacando em sua especialidade “tomando” clientes dos seus colegas. 
Confessou-me, constrangido, sofrer “bullying” de alguns colegas invejosos por ter confessado que iria realizar um procedimento em um cliente de grande visibilidade na área médica e social. 
Por motivo fútil, sabendo que esse atendimento lhe serviria de referencial positivo, tentaram investir sobre a vaidade profissional do jovem colega, imune a esse tipo de sentimento. 
Agressivos e antiéticos propuseram a não realização pelo colega do procedimento necessitado pelo idoso paciente. 
Pasmem! Esse tipo de comportamento existe na chamada “elite médica”. 
O funqueiro tem razão quando canta nas favelas e salões deste meu país, que “está tudo dominado”. 
Se a tal elite se comporta com ódio e inveja, menosprezando os mandamentos de Hipócrates para prejudicar a projeção maior de um jovem colega, imagine o crime ético cometido contra o paciente. 
“A inveja é um jogo em que o importante não é o que se ganha, mas o que o outro perde”. Zuenir Ventura. 
O anônimo afirma que “nem todo medíocre é invejoso, mas todo invejoso é medíocre”.

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