Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: Anão, por Gabriel Novis Neves

20 de out. de 2015

Anão, por Gabriel Novis Neves


Anão 
Para a maioria da população brasileira passou despercebida a notícia do anão que fez strip-tease em cima de uma mesa de trabalho da Delegacia de Entorpecentes de São Paulo para comemorar o aniversário de uma escrivã. 
No início dos anos noventa tivemos os “Anões do Orçamento” - composto por um grupo de congressistas brasileiros que se envolveram em fraudes com recursos do Orçamento da União, onde apenas seis parlamentares foram cassados, pois eram deputados sem expressão. 
Essa matéria teve grande repercussão na mídia nacional e internacional. 
“A realidade está cada vez mais distante do racional”, interpreta Fernando Gabeira sobre a festa na Delegacia de São Paulo. 
A nossa Presidente, no dia da Independência do Brasil, fez o seguinte pronunciamento amplamente divulgado pelos órgãos de comunicação: “Se errei, isso é possível, mas vamos superar todas as dificuldades”. 
O erro no condicional significa que é possível que Ela tenha errado. Não admite o erro, só uma possibilidade, mesmo olhando para fora do palácio e se ver representada num imenso boneco com nariz de Pinóquio. 
Num momento de crise política-financeira, uma Presidente que foge do encontro com a população, é tão estranha quanto um anão dançando na mesa da delegacia, ou praticando atos não republicanos com o dinheiro do contribuinte. 
No desfile de 7 de setembro ficou isolada por tapumes de aço. Ainda assim, teve a ideia de reduzir os poderes dos militares, logo voltando atrás. 
Eles não estão interessados em salvá-la, muito menos derrubá-la, mesmo tendo ministros sob investigação, tesoureiros e ex-ministros presos. 
A polícia está batendo na porta do Palácio do Planalto pelo Petrolão e verbas de campanha. 
Vivemos numa profunda crise econômica e, diante de tudo isso, a presidente ainda admite que é possível ter havido um erro. 
Realmente não houve erros, e sim, crimes, pois a polícia não se interessa por erros. 
O Brasil necessita, com urgência, encontrar o seu caminho. 
As novas gerações precisam ser poupadas de anos de um retrocesso. 
Não temos comandante em quem confiar para assumir o leme nessa tão falada travessia por mares revoltos.

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