Velho de idade
Estou curtindo a minha nova fase de velho. Não sabia que iria compreender tanta coisa nova em tão pouco tempo.
Por exemplo: aprendi que quando buscamos atividades novas, temos sempre estímulos cerebrais positivos, em que todos os nossos fluidos são revigorados.
Sou da primeira metade do século passado, onde tudo era simples e as nossas utilidades eram mínimas, como uma caneta, um caderno, um par de roupas. Os aviões eram bimotores, os bondes tinham estribos, as águas das praias e rios eram transparentes, as moças usavam saias redondas e o casamento era um só, com pessoas de sexo diferente.
O amor era cauteloso, quase imperceptível, e a reprodução a maior meta.
O mundo era um planeta gigantesco, no qual havia muito que descobrir.
Todas as vezes que vejo uma imagem da Terra, uma coisa me intriga – nosso Planeta, como nós, muda de cara a cada fotografia.
Será que esses milhões ou bilhões de planetas existentes possuem vida semelhante ao planeta Terra?
Pela lógica devem existir planetas mais e menos desenvolvidos que o nosso.
A descoberta de tipo de vida nos inúmeros planetas existentes na nossa galáxia será uma tarefa nossa, ou deles?
Haveria por lá tanta miséria, violência, ignorância e maldade como o existente no modelito Terra?
Esses seres inimagináveis precisam de tantos artifícios para sobreviver e serem felizes?
A vida seria eterna? E como seria a comunicação entre eles e os seres de outros planetas?
São tantas as dúvidas reinantes com relação ao que há fora do nosso mundinho, que seria melhor centrar aqui a nossa atenção e tentar melhorar a nossa qualidade de vida, e não, mantendo na penúria e na infelicidade sete bilhões de seres humanos.
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