Apesar da fiscalização, os usuários reclamam do valor pago na conta da
água. Para João dos Santos, presidente da Associação de Defesa do
Consumidor de Uruguaiana (Adecon) a tarifa é muito cara. "Uruguaiana é
abastecida pelo Rio Uruguai [divisa com a Argentina], tem água em
abundância, e é uma cidade pequena. São Paulo tem seca e é uma cidade
muito maior, mas a tarifa é mais barata", compara Santos. Um cálculo da
Adecon mostra que a tarifa social de água e esgoto de Uruguaiana, para
pessoas de baixa renda, é 129% mais cara que a de São Paulo.
Se em Uruguaiana a tarifa social (10m³) cobrada pela Odebrecht gira em
torno de R$ 35,00, em São Paulo a Sabesp (Companhia - Jornal do
Comércio
(http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2017/04/geral/557483-odebrecht-deve-r-30-milhoes-em-multas-por-atraso-em-obras-em-uruguaiana.html)
UOL HOST
PAGSEGURO
CURSOS
+PRODUTOS
UOL - O melhor conteúdo
BUSCA
BATE-PAPO
EMAIL
Porto Alegre, segunda-feira, 17 de abril de 2017. Atualizado às 19h42.
Logotipo
Capa Últimas Economia Política Geral Internacional Esportes Opinião
Colunas Cadernos GeraçãoE Marcas Vídeos
Geral
AddThis Sharing Buttons
Share to FacebookShare to TwitterShare to LinkedInShare to E-mailShare
to Imprimir
COMENTAR | CORRIGIR | Compartilhar
Saneamento 15/04/2017 - 20h25min. Alterada em 15/04 às 21h39min
Odebrecht deve R$ 30 milhões em multas por atraso em obras em Uruguaiana
Multas foram aplicadas a Odebrecht Ambiental por causa do atraso de
diversas obras
Multas foram aplicadas a Odebrecht Ambiental por causa do atraso de
diversas obras
AGU/Divulgação/JC
Agência Folhapress
Responsável por fornecer água e tratar o esgoto na cidade gaúcha de
Uruguaiana, a 565 quilômetros de Porto Alegre, a Odebrecht Ambiental
deve R$ R$ 30,6 milhões em multas ao município. A empresa faz parte do
grupo Odebrecht, investigado na Operação Lava Jato. As multas foram
aplicadas nos últimos dois anos por causa do atraso de diversas obras.
O contrato entre Odebrecht e o município tem duração de trinta anos, com
validade até 2041, no valor de R$ 1,5 bilhão. O contrato pode ser
rompido caso alguma das partes não cumpra suas cláusulas. O serviço
assumido pela Odebrecht era prestado pelo governo estadual. Em 2015, os
vereadores da cidade instauraram uma Comissão Parlamentar de Inquérito, a
"CPI da Privatização da Água". A audiência pública que abordou o tema
ficou lotada por moradores insatisfeitos com a empresa.
O relatório final, obtido pela reportagem, o concluiu que não houve
irregularidades no processo de licitação, mas apontou descumprimento da
meta de tratamento de esgoto, atraso nas obras, buracos nas ruas e
tarifa abusiva. Porém, em depoimento ao Ministério Público, a empresa
admitiu que pagou propina a vereadores do PP e PSDB. Desde a CPI, a
prefeitura passou a multar a empresa. Porém, a Odebrecht contesta as
penalidades.
"Todos os autos de infração aplicados entre janeiro de 2015 e dezembro
de 2016 foram contestados e seu valor final está em discussão junto ao
órgão regulador", disse a Odebrecht à reportagem, através de comunicado.
O órgão regulador é a Agência Estadual de Regulação dos Serviços
Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs), que recebe mensalmente
2% do faturamento bruto mensal da Odebrecht para fiscalizá-la.
A Agergs ainda não deliberou sobre as multas, mas concordou em aumentar o
prazo para a Odebrecht tratar 100% do esgoto de Uruguaiana. O prazo
terminou em 2016 e foi prorrogado por três anos para cumprir cerca de
14% do esgoto que ainda não é tratado. Questionada pela reportagem, a
Agergs não comentou sobre as multas e respondeu apenas que a
fiscalização é feita pela "área técnica visando a qualificação da
prestação de tais serviços".
Através de sua assessoria, a prefeitura de Uruguaiana afirma que
intensificou a fiscalização desde o início do ano, quando foi criada a
Comissão Fiscalizadora das Obras. O prefeito de Uruguaiana, Ronnie Mello
(PP), também deve ser investigado, mas por suspeita de caixa dois. Em
nota, o prefeito nega e diz que se tivesse algum envolvimento, não teria
aumentado o rigor na fiscalização da empresa
Consumidores reclamam de preço da tarifa
Apesar da fiscalização, os usuários reclamam do valor pago na conta da
água. Para João dos Santos, presidente da Associação de Defesa do
Consumidor de Uruguaiana (Adecon) a tarifa é muito cara. "Uruguaiana é
abastecida pelo Rio Uruguai [divisa com a Argentina], tem água em
abundância, e é uma cidade pequena. São Paulo tem seca e é uma cidade
muito maior, mas a tarifa é mais barata", compara Santos. Um cálculo da
Adecon mostra que a tarifa social de água e esgoto de Uruguaiana, para
pessoas de baixa renda, é 129% mais cara que a de São Paulo.
Se em Uruguaiana a tarifa social (10m³) cobrada pela Odebrecht gira em
torno de R$ 35,00, em São Paulo a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico
do Estado de São Paulo) cobra R$ 16,00 pelo mesmo serviço. Já a tarifa
residencial normal é 84% mais cara em Uruguaiana. Pelo uso mínimo de
água mais o tratamento do esgoto, a Odebrecht cobra, em média, R$ 82,00,
enquanto a Sabesp cobra R$ 45,00.
Uruguaiana é abastecida pelo Rio Uruguai e tem 130 mil habitantes. São
Paulo, por sua vez, tem sofrido com constantes secas e tem 12 milhões de
habitantes -92 vezes mais que a cidade gaúcha. "Não se pode comparar
Uruguaiana com a cidade de São Paulo, já que possuem demandas distintas e
investimentos diferentes", disse a Odebrecht em nota. "A tarifa em
Uruguaiana é uma das mais baratas do Rio Grande do Sul", concluiu.
AddThis Sharing Buttons
Share to FacebookShare to TwitterShare to LinkedInShare to E-mailShare
to Imprimir
COMENTAR | CORRIGIR | Compartilhar
Comentários
Seja o primeiro a comentar esta notícia
Hoje no JC
Para Folhear
Modo Texto
Assine Já
iOS Android
Capa
Leia também
Em 2016, foram feitas 800 mil análises e gastos R$ 4 mi em carvão ativo
Dmae descarta perigo de consumo da água de Porto Alegre
O Dmae recebe a imprensa e alguns especialistas para visitar suas
instalações na Estação de Tratamento de Água no bairro Menino Deus, para
conhecer as análises realizadas nas suas dependências
Dmae descarta risco a consumidores de alteração da água em Porto Alegre
Estação de tratamento de água do Dmae no bairro Moinhos de Vento foto
Vera Petersen Divulgação PMPA
Água de Porto Alegre é potável, reforça Dmae
Dmae espera resultados de análises sobre a água
Capinha
Cadastre seu e-mail no formulário abaixo para começar a receber a
newsletter diária.
Logotipo JC
Av. João Pessoa, 1282 - Farroupilha
Porto Alegre - RS - CEP 90040-001
Fone (51) 3213.1300
JORNAL DO COMÉRCIO
Capa
Últimas notícias
Edição para folhear
Edição modo texto
Edições Anteriores
Especiais
Fale conosco
Trabalhe conosco
Assine já
Portal de Relacionamento
EDITORIAIS
Economia
Política
Geral
Internacional
Esportes
Opinião
Colunas
Cadernos
GeraçãoE
Marcas
SERVIÇOS
Agenda Cultural
Agenda de Eventos
Indicadores
Galeria de Imagens
Galeria de Vídeos
Tempo
RSS
Newsletter
Blog Acontecendo
www.jornaldocomercio.com © Copyright 2016 Cia Jornalística J.C. Jarros.
Todos os direitos reservados. Desenvolvido em parceria com i94.Co™.
Tweet
Facebook
Share this selection
Tweet
Facebook
- Jornal do Comércio
(http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2017/04/geral/557483-odebrecht-deve-r-30-milhoes-em-multas-por-atraso-em-obras-em-uruguaiana.html)
UOL HOST
PAGSEGURO
CURSOS
+PRODUTOS
UOL - O melhor conteúdo
BUSCA
BATE-PAPO
EMAIL
Porto Alegre, segunda-feira, 17 de abril de 2017. Atualizado às 19h42.
Logotipo
Capa Últimas Economia Política Geral Internacional Esportes Opinião
Colunas Cadernos GeraçãoE Marcas Vídeos
Geral
AddThis Sharing Buttons
Share to FacebookShare to TwitterShare to LinkedInShare to E-mailShare
to Imprimir
COMENTAR | CORRIGIR | Compartilhar
Saneamento 15/04/2017 - 20h25min. Alterada em 15/04 às 21h39min
Odebrecht deve R$ 30 milhões em multas por atraso em obras em Uruguaiana
Multas foram aplicadas a Odebrecht Ambiental por causa do atraso de
diversas obras
Multas foram aplicadas a Odebrecht Ambiental por causa do atraso de
diversas obras
AGU/Divulgação/JC
Agência Folhapress
Responsável por fornecer água e tratar o esgoto na cidade gaúcha de
Uruguaiana, a 565 quilômetros de Porto Alegre, a Odebrecht Ambiental
deve R$ R$ 30,6 milhões em multas ao município. A empresa faz parte do
grupo Odebrecht, investigado na Operação Lava Jato. As multas foram
aplicadas nos últimos dois anos por causa do atraso de diversas obras.
O contrato entre Odebrecht e o município tem duração de trinta anos, com
validade até 2041, no valor de R$ 1,5 bilhão. O contrato pode ser
rompido caso alguma das partes não cumpra suas cláusulas. O serviço
assumido pela Odebrecht era prestado pelo governo estadual. Em 2015, os
vereadores da cidade instauraram uma Comissão Parlamentar de Inquérito, a
"CPI da Privatização da Água". A audiência pública que abordou o tema
ficou lotada por moradores insatisfeitos com a empresa.
O relatório final, obtido pela reportagem, o concluiu que não houve
irregularidades no processo de licitação, mas apontou descumprimento da
meta de tratamento de esgoto, atraso nas obras, buracos nas ruas e
tarifa abusiva. Porém, em depoimento ao Ministério Público, a empresa
admitiu que pagou propina a vereadores do PP e PSDB. Desde a CPI, a
prefeitura passou a multar a empresa. Porém, a Odebrecht contesta as
penalidades.
"Todos os autos de infração aplicados entre janeiro de 2015 e dezembro
de 2016 foram contestados e seu valor final está em discussão junto ao
órgão regulador", disse a Odebrecht à reportagem, através de comunicado.
O órgão regulador é a Agência Estadual de Regulação dos Serviços
Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs), que recebe mensalmente
2% do faturamento bruto mensal da Odebrecht para fiscalizá-la.
A Agergs ainda não deliberou sobre as multas, mas concordou em aumentar o
prazo para a Odebrecht tratar 100% do esgoto de Uruguaiana. O prazo
terminou em 2016 e foi prorrogado por três anos para cumprir cerca de
14% do esgoto que ainda não é tratado. Questionada pela reportagem, a
Agergs não comentou sobre as multas e respondeu apenas que a
fiscalização é feita pela "área técnica visando a qualificação da
prestação de tais serviços".
Através de sua assessoria, a prefeitura de Uruguaiana afirma que
intensificou a fiscalização desde o início do ano, quando foi criada a
Comissão Fiscalizadora das Obras. O prefeito de Uruguaiana, Ronnie Mello
(PP), também deve ser investigado, mas por suspeita de caixa dois. Em
nota, o prefeito nega e diz que se tivesse algum envolvimento, não teria
aumentado o rigor na fiscalização da empresa
Consumidores reclamam de preço da tarifa
Apesar da fiscalização, os usuários reclamam do valor pago na conta da
água. Para João dos Santos, presidente da Associação de Defesa do
Consumidor de Uruguaiana (Adecon) a tarifa é muito cara. "Uruguaiana é
abastecida pelo Rio Uruguai [divisa com a Argentina], tem água em
abundância, e é uma cidade pequena. São Paulo tem seca e é uma cidade
muito maior, mas a tarifa é mais barata", compara Santos. Um cálculo da
Adecon mostra que a tarifa social de água e esgoto de Uruguaiana, para
pessoas de baixa renda, é 129% mais cara que a de São Paulo.
Se em Uruguaiana a tarifa social (10m³) cobrada pela Odebrecht gira em
torno de R$ 35,00, em São Paulo a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico
do Estado de São Paulo) cobra R$ 16,00 pelo mesmo serviço. Já a tarifa
residencial normal é 84% mais cara em Uruguaiana. Pelo uso mínimo de
água mais o tratamento do esgoto, a Odebrecht cobra, em média, R$ 82,00,
enquanto a Sabesp cobra R$ 45,00.
Uruguaiana é abastecida pelo Rio Uruguai e tem 130 mil habitantes. São
Paulo, por sua vez, tem sofrido com constantes secas e tem 12 milhões de
habitantes -92 vezes mais que a cidade gaúcha. "Não se pode comparar
Uruguaiana com a cidade de São Paulo, já que possuem demandas distintas e
investimentos diferentes", disse a Odebrecht em nota. "A tarifa em
Uruguaiana é uma das mais baratas do Rio Grande do Sul", concluiu.
AddThis Sharing Buttons
Share to FacebookShare to TwitterShare to LinkedInShare to E-mailShare
to Imprimir
COMENTAR | CORRIGIR | Compartilhar
Comentários
Seja o primeiro a comentar esta notícia
Hoje no JC
Para Folhear
Modo Texto
Assine Já
iOS Android
Capa
Leia também
Em 2016, foram feitas 800 mil análises e gastos R$ 4 mi em carvão ativo
Dmae descarta perigo de consumo da água de Porto Alegre
O Dmae recebe a imprensa e alguns especialistas para visitar suas
instalações na Estação de Tratamento de Água no bairro Menino Deus, para
conhecer as análises realizadas nas suas dependências
Dmae descarta risco a consumidores de alteração da água em Porto Alegre
Estação de tratamento de água do Dmae no bairro Moinhos de Vento foto
Vera Petersen Divulgação PMPA
Água de Porto Alegre é potável, reforça Dmae
Dmae espera resultados de análises sobre a água
Capinha
Cadastre seu e-mail no formulário abaixo para começar a receber a
newsletter diária.
Logotipo JC
Av. João Pessoa, 1282 - Farroupilha
Porto Alegre - RS - CEP 90040-001
Fone (51) 3213.1300
JORNAL DO COMÉRCIO
Capa
Últimas notícias
Edição para folhear
Edição modo texto
Edições Anteriores
Especiais
Fale conosco
Trabalhe conosco
Assine já
Portal de Relacionamento
EDITORIAIS
Economia
Política
Geral
Internacional
Esportes
Opinião
Colunas
Cadernos
GeraçãoE
Marcas
SERVIÇOS
Agenda Cultural
Agenda de Eventos
Indicadores
Galeria de Imagens
Galeria de Vídeos
Tempo
RSS
Newsletter
Blog Acontecendo
www.jornaldocomercio.com © Copyright 2016 Cia Jornalística J.C. Jarros.
Todos os direitos reservados. Desenvolvido em parceria com i94.Co™.
Tweet
Facebook
Share this selection
Tweet
Facebook
- Jornal do Comércio
(http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2017/04/geral/557483-odebrecht-deve-r-30-milhoes-em-multas-por-atraso-em-obras-em-uruguaiana.html)
UOL HOST
PAGSEGURO
CURSOS
+PRODUTOS
UOL - O melhor conteúdo
BUSCA
BATE-PAPO
EMAIL
Porto Alegre, segunda-feira, 17 de abril de 2017. Atualizado às 19h42.
Logotipo
Capa Últimas Economia Política Geral Internacional Esportes Opinião
Colunas Cadernos GeraçãoE Marcas Vídeos
Geral
AddThis Sharing Buttons
Share to FacebookShare to TwitterShare to LinkedInShare to E-mailShare
to Imprimir
COMENTAR | CORRIGIR | Compartilhar
Saneamento 15/04/2017 - 20h25min. Alterada em 15/04 às 21h39min
Odebrecht deve R$ 30 milhões em multas por atraso em obras em Uruguaiana
Multas foram aplicadas a Odebrecht Ambiental por causa do atraso de
diversas obras
Multas foram aplicadas a Odebrecht Ambiental por causa do atraso de
diversas obras
AGU/Divulgação/JC
Agência Folhapress
Responsável por fornecer água e tratar o esgoto na cidade gaúcha de
Uruguaiana, a 565 quilômetros de Porto Alegre, a Odebrecht Ambiental
deve R$ R$ 30,6 milhões em multas ao município. A empresa faz parte do
grupo Odebrecht, investigado na Operação Lava Jato. As multas foram
aplicadas nos últimos dois anos por causa do atraso de diversas obras.
O contrato entre Odebrecht e o município tem duração de trinta anos, com
validade até 2041, no valor de R$ 1,5 bilhão. O contrato pode ser
rompido caso alguma das partes não cumpra suas cláusulas. O serviço
assumido pela Odebrecht era prestado pelo governo estadual. Em 2015, os
vereadores da cidade instauraram uma Comissão Parlamentar de Inquérito, a
"CPI da Privatização da Água". A audiência pública que abordou o tema
ficou lotada por moradores insatisfeitos com a empresa.
O relatório final, obtido pela reportagem, o concluiu que não houve
irregularidades no processo de licitação, mas apontou descumprimento da
meta de tratamento de esgoto, atraso nas obras, buracos nas ruas e
tarifa abusiva. Porém, em depoimento ao Ministério Público, a empresa
admitiu que pagou propina a vereadores do PP e PSDB. Desde a CPI, a
prefeitura passou a multar a empresa. Porém, a Odebrecht contesta as
penalidades.
"Todos os autos de infração aplicados entre janeiro de 2015 e dezembro
de 2016 foram contestados e seu valor final está em discussão junto ao
órgão regulador", disse a Odebrecht à reportagem, através de comunicado.
O órgão regulador é a Agência Estadual de Regulação dos Serviços
Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs), que recebe mensalmente
2% do faturamento bruto mensal da Odebrecht para fiscalizá-la.
A Agergs ainda não deliberou sobre as multas, mas concordou em aumentar o
prazo para a Odebrecht tratar 100% do esgoto de Uruguaiana. O prazo
terminou em 2016 e foi prorrogado por três anos para cumprir cerca de
14% do esgoto que ainda não é tratado. Questionada pela reportagem, a
Agergs não comentou sobre as multas e respondeu apenas que a
fiscalização é feita pela "área técnica visando a qualificação da
prestação de tais serviços".
Através de sua assessoria, a prefeitura de Uruguaiana afirma que
intensificou a fiscalização desde o início do ano, quando foi criada a
Comissão Fiscalizadora das Obras. O prefeito de Uruguaiana, Ronnie Mello
(PP), também deve ser investigado, mas por suspeita de caixa dois. Em
nota, o prefeito nega e diz que se tivesse algum envolvimento, não teria
aumentado o rigor na fiscalização da empresa
Consumidores reclamam de preço da tarifa
Apesar da fiscalização, os usuários reclamam do valor pago na conta da
água. Para João dos Santos, presidente da Associação de Defesa do
Consumidor de Uruguaiana (Adecon) a tarifa é muito cara. "Uruguaiana é
abastecida pelo Rio Uruguai [divisa com a Argentina], tem água em
abundância, e é uma cidade pequena. São Paulo tem seca e é uma cidade
muito maior, mas a tarifa é mais barata", compara Santos. Um cálculo da
Adecon mostra que a tarifa social de água e esgoto de Uruguaiana, para
pessoas de baixa renda, é 129% mais cara que a de São Paulo.
Se em Uruguaiana a tarifa social (10m³) cobrada pela Odebrecht gira em
torno de R$ 35,00, em São Paulo a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico
do Estado de São Paulo) cobra R$ 16,00 pelo mesmo serviço. Já a tarifa
residencial normal é 84% mais cara em Uruguaiana. Pelo uso mínimo de
água mais o tratamento do esgoto, a Odebrecht cobra, em média, R$ 82,00,
enquanto a Sabesp cobra R$ 45,00.
Uruguaiana é abastecida pelo Rio Uruguai e tem 130 mil habitantes. São
Paulo, por sua vez, tem sofrido com constantes secas e tem 12 milhões de
habitantes -92 vezes mais que a cidade gaúcha. "Não se pode comparar
Uruguaiana com a cidade de São Paulo, já que possuem demandas distintas e
investimentos diferentes", disse a Odebrecht em nota. "A tarifa em
Uruguaiana é uma das mais baratas do Rio Grande do Sul", concluiu.
AddThis Sharing Buttons
Share to FacebookShare to TwitterShare to LinkedInShare to E-mailShare
to Imprimir
COMENTAR | CORRIGIR | Compartilhar
Comentários
Seja o primeiro a comentar esta notícia
Hoje no JC
Para Folhear
Modo Texto
Assine Já
iOS Android
Capa
Leia também
Em 2016, foram feitas 800 mil análises e gastos R$ 4 mi em carvão ativo
Dmae descarta perigo de consumo da água de Porto Alegre
O Dmae recebe a imprensa e alguns especialistas para visitar suas
instalações na Estação de Tratamento de Água no bairro Menino Deus, para
conhecer as análises realizadas nas suas dependências
Dmae descarta risco a consumidores de alteração da água em Porto Alegre
Estação de tratamento de água do Dmae no bairro Moinhos de Vento foto
Vera Petersen Divulgação PMPA
Água de Porto Alegre é potável, reforça Dmae
Dmae espera resultados de análises sobre a água
Capinha
Cadastre seu e-mail no formulário abaixo para começar a receber a
newsletter diária.
Logotipo JC
Av. João Pessoa, 1282 - Farroupilha
Porto Alegre - RS - CEP 90040-001
Fone (51) 3213.1300
JORNAL DO COMÉRCIO
Capa
Últimas notícias
Edição para folhear
Edição modo texto
Edições Anteriores
Especiais
Fale conosco
Trabalhe conosco
Assine já
Portal de Relacionamento
EDITORIAIS
Economia
Política
Geral
Internacional
Esportes
Opinião
Colunas
Cadernos
GeraçãoE
Marcas
SERVIÇOS
Agenda Cultural
Agenda de Eventos
Indicadores
Galeria de Imagens
Galeria de Vídeos
Tempo
RSS
Newsletter
Blog Acontecendo
www.jornaldocomercio.com © Copyright 2016 Cia Jornalística J.C. Jarros.
Todos os direitos reservados. Desenvolvido em parceria com i94.Co™.
Tweet
Facebook
Share this selection
Tweet
Facebook
- Jornal do Comércio
(http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2017/04/geral/557483-odebrecht-deve-r-30-milhoes-em-multas-por-atraso-em-obras-em-uruguaiana.html)Apesar da
fiscalização, os usuários reclamam do valor pago na conta da água. Para João
dos Santos, presidente da Associação de Defesa do Consumidor de Uruguaiana
(Adecon) a tarifa é muito cara. "Uruguaiana é abastecida pelo Rio Uruguai
[divisa com a Argentina], tem água em abundância, e é uma cidade pequena. São
Paulo tem seca e é uma cidade muito maior, mas a tarifa é mais barata",
compara Santos. Um cálculo da Adecon mostra que a tarifa social de água e
esgoto de Uruguaiana, para pessoas de baixa renda, é 129% mais cara que a de
São Paulo. Se em Uruguaiana a tarifa social (10m³) cobrada pela Odebrecht gira
em torno de R$ 35,00, em São Paulo a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do
Estado de São Paulo) cobra R$ 16,00 pelo mesmo serviço. Já a tarifa residencial
normal é 84% mais cara em Uruguaiana. Pelo uso mínimo de água mais o tratamento
do esgoto, a Odebrecht cobra, em média, R$ 82,00, enquanto a Sabesp cobra R$
45,00. Uruguaiana é abastecida pelo Rio Uruguai e tem 130 mil habitantes. São
Paulo, por sua vez, tem sofrido com constantes secas e tem 12 milhões de
habitantes -92 vezes mais que a cidade gaúcha. "Não se pode comparar
Uruguaiana com a cidade de São Paulo, já que possuem demandas distintas e
investimentos diferentes", disse a Odebrecht em nota. "A tarifa em
Uruguaiana é uma das mais baratas do Rio Grande do Sul", concluiu. –
Apesar da
fiscalização, os usuários reclamam do valor pago na conta da água. Para João
dos Santos, presidente da Associação de Defesa do Consumidor de Uruguaiana
(Adecon) a tarifa é muito cara. "Uruguaiana é abastecida pelo rio Uruguai
[divisa com a Argentina], tem água em abundância, e é uma cidade pequena. São
Paulo tem seca e é uma cidade muito maior, mas a tarifa é mais barata",
compara Santos.
Um cálculo da Adecon mostra que a tarifa social de água e
esgoto de Uruguaiana, para pessoas de baixa renda, é 129% mais cara que a de
São Paulo. Se em Uruguaiana a tarifa social (10m³) cobrada pela Odebrecht gira
em torno de R$ 35,00, em São Paulo a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do
Estado de São Paulo) cobra R$ 16,00 pelo mesmo serviço.
Já a tarifa residencial
normal é 84% mais cara em Uruguaiana. Pelo uso mínimo de água mais o tratamento
do esgoto, a Odebrecht cobra, em média, R$ 82,00, enquanto a Sabesp cobra R$
45,00.
Uruguaiana é abastecida pelo rio Uruguai e tem 126 mil habitantes. São
Paulo, por sua vez, tem sofrido com constantes secas e tem 12 milhões de
habitantes - 92 vezes mais que a cidade gaúcha. "Não se pode comparar
Uruguaiana com a cidade de São Paulo, já que possuem demandas distintas e
investimentos diferentes", disse a Odebrecht em nota. "A tarifa em
Uruguaiana é uma das mais baratas do Rio Grande do Sul", concluiu.
Fonte- Folhapress/Jornal do Comércio
Siga @jtribuna10 Studio na Colab55
Nenhum comentário:
Postar um comentário