Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: Banco do Brasil concede alongamento dos custeios para produtores de arroz

16 de jul. de 2017

Banco do Brasil concede alongamento dos custeios para produtores de arroz


Arrozeiros que tiverem vencimentos em julho e agosto com poderão pagar nos meses de setembro e outubro

O governo federal atendeu pedido da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) em relação ao alongamento dos custeios com vencimento nos meses de julho e agosto aos produtores de arroz do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Com isso, os produtores que acessaram crédito pelo Banco do Brasil, que engloba parcela considerável dos orizicultores, poderão pagar os vencimentos nos meses de setembro e outubro. Caso o mercado não melhore liquidez, há a possibilidade de ocorrer novo alongamento.
 
Na avaliação do presidente da entidade, Henrique Dornelles, o alongamento vem em boa hora, em tempo dos produtores se reorganizarem para realizarem o faturamento mais tarde e assim poderem desfrutar de maior demanda e cotações mais valorizadas. "Isto deverá dar um alívio aos produtores que poderão faturar seu produto a preços remuneradores no mesmo momento em que indústrias de fora do Rio Grande do Sul passam a buscar arroz aqui no Estado aumentando a demanda", ressalta.
 
Na última semana, o vice-presidente da Federarroz, Alexandre Velho, fez a defesa da medida junto à Câmara de Crédito, Seguro e Comercialização, organizada pelo Ministério da Agricultura, mostrando a necessidade de uma medida urgente para os produtores que estão com a situação de risco. Informou que o custo de produção chegava a R$ 44,00 e preços médios de R$ 40,21, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), e que os arrozeiros não poderiam pagar os vencimentos com os patamares abaixo do custo de produção.
 
A Federarroz recomenda que se em 30 dias o mercado ganhar liquidez, os produtores realizem os seus faturamentos. “O objetivo é evitar o acúmulo de prestações em setembro e outubro e com isso ocorrer uma frustração, ou seja, está nas mãos dos produtores a melhora e a manutenção da liquidez, ofertando o produto à medida que for propício o faturamento e fazendo o pagamento aos bancos. Está nas mãos dos produtores a melhora e a manutenção da liquidez”, explica Dornelles.
 
O presidente da Federarroz ressaltou o trabalho do secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, e sua equipe, e do ministro Blairo Maggi, que estenderam a mão para a orizicultura entendendo que estes produtores estão com dificuldades de comercialização e de atingirem preços remuneradores. O Ministério da Agricultura fez uma peregrinação junto aos órgãos competentes com o objetivo de atender ao pleito da Federarroz. O deputado federal Luiz Carlos Heinze também trabalhou e foi personagem determinante. "Hoje existe uma responsabilidade fiscal muito forte no Brasil, instalada pelo atual governo, acerca do Ministério da Fazenda, Banco Central e do próprio Ministério da Agricultura, na busca de justificativas plausíveis na tomada de decisão, avaliações consistentes para se tomar  atitude correta e responsável, nesse caso, pelo alongamento dos custeios", salienta.
 
A Federarroz seguirá trabalhando com outros bancos para que tenham a mesma atitude do Banco do Brasil para retirar esta pressão da oferta, originada na colheita e que ainda faz efeito no mercado. Dornelles enfatiza que a entidade ainda argumenta que para os produtores somente é um alívio, que pensem bem o planejamento para a próxima safra. "Tudo indica que teremos uma próxima safra ainda com dificuldades, pela seletividade de crédito que deverá prosseguir, grandes indústrias estocadas pelo denominado financiamento safra e também pela recessão que o país vive", explica.

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