Texto e fotos de Valeria del Cueto
Leves, alegres, saltitantes, preguiçosas, tensas, persuasivas, suaves, nervosas, agitadas, mansas, fugitivas, alegóricas, coloridas... Pipa é um substantivo capaz de comportar uma penca de adjetivos para definir seu espírito vigente, de acordo com o vento que a sustenta. Venho de um lugar de muitas pipas que, assim como as ondas do mar deste local, são originais, fugazes e perenemente inéditas a cada movimento.
Chame do nome que quiser: pipa, papagaio pandorga... Elas são para quem te quero. Mensageiras do amor e da dor. Para isso nasceram. Da dor quando servem de sinalização para o movimento das bocas e bandos. Do amor quando sobre a céu as milhares, como aconteceu na Faixa de Gaza há poucos dias. Um objeto tão simples, tão frágil representando tanto. Poderoso e expressivo, como a paloma de Picasso há tantos anos atrás.
Bambu, seda, farinha, água e a linha. O milagre está feito. E se repete, numa resistência silenciosa pelos “aís” onde passo. Uruguaiana tem o Julinho das Pipas que, entre um conserto de bicicleta e outro (olha a bicicletaria aí, gente!), encanta a garotada e transmite seu saber às gerações. O Tribuna de Uruguaiana publicou uma matéria sobre ele, o que me fez enredar essas narrativas.
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9 comentários:
Você é muito inteligente, sensível, e sabes escrever.O segredo de uma boa pandorga é fazer o triângulo de sustentação e controle bem feito.Também estabelecer o contra peso estabilizador através da Cola ou Rabo, de preferência de boa e resistente fazenda.Se a P for muito grande pode-se usar um peso(pedra) amarrado da ponta da cola.O piolin deve ser de corda encerada e nunca de nylon.Alguns guris arteiros colocavam lâminas(Gilette) na ponta da cola para tentar cortar a corda das outras P quando no ar.Quem sabe o Império não resolve fazer aqui um festival internacional da pandorga?Seria uma boa.
Boa idéia anonimo, mas sem gilete na Cola...Senao, vai haver tamanha degola na cidade, jamais vista. Se sem autorizacao, a degola é grande, imaginem...
Claro que sim, os "cortes"fazem parte de uma cultura do passado.Agora que este post foi o mais leve colocado no blog, cetamemnte foi.Valeria, é preciso aliviar a vida que já se faz tão complicada.Aliás, Deus deveria ter decretado de forma irrevogável que as letras somente serviriam para escrever a Leveza Sustentável e Agradável do Ser.Vinagres, vinagretas, rançóides e espinafradores, estariam impedidos de escrever, e, se tentassem, torna-se-iam imediatamente analfas.Então...
...Então por mais cruel persegição, eu continuo a te adorar ninguem pode parar meu coração, que é teu, que é teu, todinho teu.Lembram da musica?
Por que o BLOG agóra tem censura? Não fecha com o perfil inquieto, agressivo e socialista do editor.
Deixa quieto, ele sabe onde aperta os calos...
Não há aperto de calo e nem de coisa alguma. Há a inconveniência com que muitos decidem dizer verdades. Todos têm o direito de contálas, porém - com o mínimo básico do respeito.
Sinceramente, não simpatizo com o editor, premeditador, etc... e tal do JT, mas ele tem razão. Se o nível da crítica cai, fica desagradável, mas prefiro o BLOG sem AI 5.
Não conheço profundamente o jornalista editor do JTRIBUNA, mas sempre imaginei que seria um crítico imparcial do prefeito Felice, elogiando os atos meritórios e denunciando, como sempre o fez, as atitudes prepotentes inclusive o encobrimento de atos de improbidade administrativas de secretários seus, atos de prevaricação comprovados etc.. Não sei o que aconteceu para dar esta guinada na sua forma de ser e atuar. Já escutei diversas opiniões, mas prefiro não expo-las.
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