Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: COISAS DO CHIMANGO

19 de mai. de 2010

COISAS DO CHIMANGO


Bem que tentei insinuar ao Redator da justiça que seria me conceder férias, não remuneradas, depois de um ano enchendo a paciência dos leitores da Tribuna mas ele parece não ter se comovido com minhas suplicas. Coisas de patrão...
Em assim sendo, lá vamos nos lutar mais uma vez com as teclas do computador em busca de assunto que possa encher a lauda em branco à minha frente.
Função insana, cruel e mal remunerada essa de colunista de PCA (Papo de Coisa Alguma). Falei mal remunerada? Pois faltei com a verdade já que exerço aqui atividade cultural não remunerada. Mas não quero que julguem mal nosso chefe: Em nosso país 90% do trabalho nessa área é feito tão somente por amor a arte ou pela nossa vaidade em exibir nossos, o mais das vezes, limitados dotes.
Vanitas vanitatum et omnia vanitas”. - Ah, essa minha mania de citações latinas. (Salve o velho professor Cirilo Zadra!) - Traduzindo: “Vaidade das vaidades e tudo é vaidade”. Vaidade... Sentimento bom ou mau, conforme o uso que dele se faz, é o principal propulsor dessa entidade amorfa que nomeamos como Cultura.
Cultura... o que será isso? Vejamos o que nos fala dela o Dicionário Aurélio, nosso mais abalizado “pai dos burros”
cultura [Do lat. cultura.] Substantivo feminino.
*.O conjunto de características humanas que não são inatas, e que se criam e se preservam ou aprimoram através da comunicação e cooperação entre indivíduos em sociedade.
*.A parte ou o aspecto da vida coletiva, relacionados à produção e transmissão de conhecimentos, à criação intelectual e artística, etc.
*.O processo ou estado de desenvolvimento social de um grupo, um povo, uma nação, que resulta do aprimoramento de seus valores, instituições, criações, etc.; civilização, progresso.
*.Atividade e desenvolvimento intelectuais de um indivíduo; saber, ilustração, instrução.
*.Refinamento de hábitos, modos ou gostos.
*.Apuro, esmero, elegância.
*.Na antropologia - O conjunto complexo dos códigos e padrões que regulam a ação humana individual e coletiva, tal como se desenvolvem em uma sociedade ou grupo específico, e que se manifestam em praticamente todos os aspectos da vida: modos de sobrevivência, normas de comportamento, crenças, instituições, valores espirituais, criações materiais, etc.
Cultura... Cultura... Bem desejado por uma parte da humanidade e abominado por outra. Sonho dos democratas. Terror dos déspotas e ditadores. Não era àtoa que Joseph Goebbels (Ministro do Povo e da Propaganda de Adolf Hitler na Alemanha Nazista), exercendo severo controle sobre as instituições educacionais e os meios de comunicação, vociferava: “Quando ouço a palavra cultura saco logo da minha pistola.” Isso porque ele sabia o perigo que representam para um regime opressor homens que se norteiam por suas próprias idéias sem temor de represálias ou criticas.
Por outro lado é em nome dessa mesma cultura que tentam, às vezes, manter as massas presas a liames e a idéias ditas de interesses nacionais e ideológicos que nada mais são do que anteparos impedindo de uma visão mais clara do mundo que nos cerca.

Amaro Juvenal ao escrever o Antonio Chimango já colocava na boca de Aureliano, secretário do Coronel Prates, dono da Estância do Rio Grande recomendação ao seu pupilo:
O povo é como o boi manso,
Quando novilho atropela,
Bufa, pula, se arrepela,
Escrapeteia e se zanga
Depois. . . vem lamber a canga
E torna-se amigo dela.

Home é bicho que se doma
Como qualquer outro bicho;
Tem às vezes seu capricho,
Mas logo larga de mão;
Vendo no cocho a ração,
Faz que não sente o rabicho

E tudo isso veio à tona aqui nessa coluna como resultado de uma frustrada tentativa de férias
CUIDADO COM OS FALSOS PROFETAS!!!

4 comentários:

Anônimo disse...

Caro Fred, como és benevolente em publicar tanta estultície. Fazer o Q?

Jayme del Cueto disse...

Fred, faz o seguinte: Oferece meu espaço na Tribuna a esse brilhante intelectual, que se esconde como um covarde sob o manto do anonimato, para que ele deixe de ser um famoso "Quem?".
Possivelmente, no passado, teria eu ofendido sua enorme vaidade. Para minorar-lhe o complexo de inferioridade devo reconhecer que, no seu comentário, se houve bem no emprego do termo estultíce mas, lamento informar, errou na grafia. O correto seria estultícia (acentuado) ou estultice, sem acento agudo. Muito culto!

Mariana Cardoso disse...

Olha, gosto do blog,acho o Fred um cara inteligente e que escreve coisas pertinentes. Agora, nem consegui ler o seu artigo até o final, de tão chato...sabe quem fala , fala e não diz nada? Da próxima vez que o papel em branco estiver na sua frente, pense em coisa mais interessante para escrever, mais pulsante. Algo que prenda a atenção do leitor e não apenas contemple sua tarefa de encher a folha em branco...tenho certeza que o senhor vai conseguir porque imagino que sejas uma pessoa com ideias interessantes.
Um abraço e bom trabalho

Anônimo disse...

Caro Sr. Del Cueto. Não era para tanto sua reação. Todavia quero dizer-lhe que muitas vezes me abriguei e me abrigo sob o manto do anonimato
é por temer a reação dos intolerantes. Lamentavelmente o medo é inerente à condição humana. É bem verdade que luto para superá-lo e raramente tenho obtido êxito. Devo acrescentar que não tome meu comentário anterior (dia 19) como algo pessoal, mas como uma piada de mau gosto e sem sentido contada por um moleque sem graça.Espero que o senhor consiga me desculpar e continuar a colaborar com nossa cidade através das páginas do Tribuna. Receba meu melhor abraço renvando minhas desculpas.