Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: Há 30 anos o desembarque nas Malvinas (Matéria exclusiva TRIBUNA).

21 de abr. de 2012

Há 30 anos o desembarque nas Malvinas (Matéria exclusiva TRIBUNA).

Dia 2 de abril marcou os 30 anos do início da Guerra das Malvinas. Entre os ex-combatentes que vivem na vizinha cidade de Paso de los Libres, há amargura por estarem sendo esquecidos e o orgulho de terem combatido pela manutenção do território que asseguram ser deles.
O sargento Alejandro Rolin, 56 anos, casado, sete filhos, deixou a esposa grávida para chegar a Ilha em nove de abril de 1982 e somente sair de lá, depois de preso, em 20 de junho, quatro dias após a rendição. Integrante do Regimento de Infantaria 05 Rolin salienta que um ano antes do início das operações o grupo já estava sendo treinado. “Tínhamos noção do que seria lutar contra o exército britânico, mas não contra uma OTAN”, referindo-se ao apoio norte-americano aos ingleses. Disse ainda que a maioria dos que hoje criticam o conflito estava ao lado da decisão do então presidente Leopoldo Galtieri.
O sargento Ricardo Moya, 58 anos, do Regimento de Infantaria 25 – integrante da tropa de desembarque, acredita que desde 1983 tem havido um processo de desmalvinização. “Apenas os soldados têm espaço nas festividades. Os militares de quadro, de cabo aos superiores, nem mesmo convidados aos atos cívico são”, diz magoado. E esclarece que apenas estavam cumprindo a verticalidade militar. Moya defende os objetivos de 82 que era de lembrar as nações de que as Malvinas são argentinas, pois se caísse no esquecimento o arquipélago passaria em definitivo aos britânicos sem contestação. Eles acreditam que naquele momento o exército saia dos livros de história para ser protagonista de novos capítulos que estavam por ser escritos.
O mesmo sentimento é compartido por Juan Ramón Acunha, 56 anos, também sargento que relata a indiferença com que são tratados: “nem mesmo o RI 05, nosso regimento de origem, felicita os ex-combatentes com patente”. Cada província argentina mantém uma política própria para lidar com o grupo que é discriminado e desvalorizado parecendo que o Governo de Buenos Aires espera que morramos todos para sepultarem de vez o episódio Malvinas. Em Paso de los Libres, às 18h, na praça Independência, em frente à Intendência, houve cerimônia cívico-militar lembrando a data e a reafirmação da soberania das Ilhas Malvinas. (Matéria exclusiva jornal TRIBUNA).

Um comentário:

Anônimo disse...

parabens fred e valeria honram o jornalismo teus mestres e nos teus leitores!vivemos e perdemos entequeridos nesta guerra desigual e mal contada!a historia mostrara o quanto foram herois os correntinos!