No
sábado, dia 1º de dezembro, às 20h, na Feira do Livro de Uruguaiana, o produtor
rural, poeta e escritor Ricardo Pereira Duarte recebeu, por iniciativa do
prefeito Sanchotene Felice, a Medalha Mérito Municipal, pelo conjunto de sua
obra e sua contribuição à cultura brasileira. A comenda foi entregue pelo
prefeito eleito Luiz Augusto Schneider, que representou o prefeito Sanchotene
Felice.
Ricardo Duarte nasceu em Uruguaiana, em 03 de julho de
1944 e privou na infância e juventude com expressivos remanescentes da cultura
rural do Rio Grande.
Cursou as primeiras letras no Grupo Escolar
Romaguêra Corrêa completando o segundo grau no Colégio Sant’Anna. Autodidata,
buscou nos livros, respostas aos questionamentos. Artista plástico dedicado à
arte regional principalmente, realizou diversas exposições individuais e
coletivas no interior e na capital do Rio Grande do Sul. Inclui Buenos Aires,
República Argentina, entre as cidades em que também expôs suas obras.
No
fim da década de ’60, formou com Colmar P. Duarte, César Tasso Aymone Lopes e
Júlio Machado da Silva Filho o Conjunto de Artes Nativas Marupiaras, grupo
vocal e instrumental para a arte regional gaúcha que incentivou a ideia da
Califórnia da Canção Nativa do RS, festival responsável pelo desenvolvimento da
identidade cultural gaúcha no Brasil. Na presidência do Festival, assumida de 1982 a 1984, levou-o ao seu
período de maior expansão física, com o apogeu de suas atividades paralelas.
São de sua autoria a formação do Conselho Consultivo da Califórnia e sua
inclusão no Regimento Interno do CTG Sinuelo do Pago; a organização do
Megaespectáculo da Cidade de Lona. Na sua gestão, a Califórnia recebeu o Disco
de Platina. Colaborou nas atividades iniciais de formação dos festivais “Ronda
da Canção”, de Alegrete; “Clarim”, de São Borja; e “Musicanto Latino Americano
de Nativismo”, de Santa Rosa. Participou também do Corpo de Jurados na
inauguração desses eventos e de outros festivais, presidindo a Comissão Julgadora
do 1º. Urucanto, de Uruguaiana. No filme “Netto Perde Sua Alma”, de Tabajara
Ruas, emprestou à direção sua vivência campeira e colaborou na locação, tendo
feito uma “ponta” no elenco.
Proprietário
da Cabanha Touro Passo, onde cria gado Hereford e Polled Hereford, mantém
convênio para desenvolvimento das ciências com instituições educacionais como
PUCRS, Unipampa e Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul. Desenvolve
trabalho genético destacado nas exposições de Esteio e outras, conquistando várias
vezes o 1º. Lugar no Ranking Nacional da Raça. Em 1980 recebeu o prêmio de
“Produtor Modelo”, instituído pelo INCRA e, em 2008, o diploma de Honra ao
Mérito, concedido pela Associação Brasileira de Hereford e Braford. Um dos
fundadores da raça Pampiano Braford, é autor do Padrão racial Hereford para o
Brasil. Atua também como jurado de bovinos de corte.
Foi
presidente do Sindicato e Associação Rural de Uruguaiana, do Núcleo Fronteira
Oeste de Criadores de Hereford e Braford e de outras entidades não governamentais
de interesse público; Vice-presidente da Farsul, da Associação Brasileira de
Hereford e Braford, e da Associação Nacional de Criadores – Hed-Book Collares.
Em 2012, por indicação do Consulado Argentino de Uruguaiana, assumiu a
Presidência do Grupo de Solidariedad de Apoyo a la Cuestion de las Islas
Malvinas”. No mesmo ano integra, também, o Conselho mantenedor do Museu
Histórico de Uruguaiana.
Dedicou-se à palavra escrita, sendo fundador da
Asociación de Escritores Sin Fronteras, com sede em Bella Unión (ROU), e
membro da Academia Uruguaianense de Letras, cuja Presidência assumiu em 2009.
Escritor e filósofo - “o artista mais
completo que conheço” no dizer do médico e poeta Jaime Vaz Brasil -,
trabalha de forma eclética romances, ensaios, pesquisa histórica, poesia,
contos, zootecnia e genealogia. Ricardo Duarte tem 11 obras publicadas, 11 no
prelo e 10 em produção, além de ter colaborado em antologias e atuado como
ilustrador em dois livros e quatro capas. Na Feira, neste sábado, dia 01/12, às
20h30min, Ricardo Duarte estará autografando sua mais recente obra: “Períco” A
sociedade rural do Prata e o mundo desenvolvido.
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