Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: Filme denúncia, por Gabriel Novis Neves

17 de jan. de 2015

Filme denúncia, por Gabriel Novis Neves

A melhoria de qualidade do cinema brasileiro é a cada dia mais visível, para orgulho de todos nós. 
A filha de Arnaldo Jabor, Carolina Jabor, acabou de fazer um filme que, eficientemente, denuncia a frequência do uso da droga legal prescrita sem culpa em todo o planeta. 
Com um trabalho excepcional da atriz Deborah Secco, mostra-se na tela uma verdadeira aula sobre a engrenagem perversa de pacientes viciados em tranquilizantes e antidepressivos (enorme consumo mundial), impedindo-os de qualquer cura, tudo em função da máquina milionária que os sustenta. 
O uso dessas drogas é um denominador comum no mundo moderno que, maldosamente, apregoa uma felicidade perene totalmente contraditória aos padrões sociais em que vive a grande maioria das pessoas. 
Na verdade, o mundo dos viciados em drogas legais nem é discutido para não atrapalhar o negócio milionário. 
Medicamentos com tarja preta são prescritos, muitas vezes, sem o rigor exigido, quando não adquiridos sem receituário nessa terra de corrupção em todos os níveis. 
Forma-se uma cadeia perversa entre as indústrias farmacêuticas (superpoderosas), farmácias, médicos inexperientes ou pouco éticos, clínicas especializadas  e, finalmente, o paciente com poder aquisitivo suficientemente alto para frequentar esse mercado. 
Como sempre, esse último é o grande prejudicado. 
As mídias estão sempre mobilizadas pelas drogas ilícitas, que já deveriam ter sido descriminalizadas há muito tempo, como acontece nos países civilizados. 
Do drogado legal, nem se fala! Milhões de pessoas no mundo morrem diariamente em consequência da deterioração mental e física que essas drogas provocam que, embora mais lentas, são tão graves quanto às provocadas pelas drogas ilícitas. 
É claro que no Brasil, desinteressados que somos pela educação, há pequenas plateias para esse tipo de filme. 
Parabéns Carolina pela coragem em colocar temas tão importantes como esse para uma possibilidade de discussão! 
Sugiro que o filme seja visto e, mais do que isso, pensado. 

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