Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: Futebol, por Gabriel Novis Neves

18 de jan. de 2015

Futebol, por Gabriel Novis Neves

Diante de tantas operações da Polícia Federal e delações premiadas, onde a podridão exala por todo o país, o melhor é escrever sobre futebol. 
Até nessa arte, durante muito tempo privilégio dos nossos jogadores, estamos sem craques. 
A geração de Reis, Príncipes e Imperadores desapareceu dos gramados dos nossos estádios, que foram transformados em pernósticas Arenas. 
Com tristeza analiso a relação dos jogadores escolhidos pela FIFA para serem votados como os melhores do mundo. 
Do país pentacampeão do Mundo, e dos 7x1, apenas cinco foram selecionados, todos jogando na Europa. O Neymar entrou na fila no início do número vinte, e os outros quatro ficaram na rabeira. 
E entre nós aqui no Brasil? Quem são nossos craques? 
Não temos. Possuímos apenas jogadores “bonzinhos” numa boa fase. Outros, ditos craques, são veteranos que atualmente jogam com o nome. 
Nesse grupo podemos incluir: Rogério Ceni, Kaká, Dida, Pato e Ganso. 
Estranho esse fenômeno! Não me surpreenderá se, em breve, perdermos também o título de “bambas do samba”. 
Nossos cantores que fazem sucesso no exterior são ilustres desconhecidos para nós. 
O nosso Rei da canção de há muito parou de compor, e vive do passado. 
Atualmente, os cantores jovens de músicas sertanejas, as bandas ditas universitárias e a turma do Rap, são os que mais atraem público para seus shows. 
De frustração em frustração não custa recordar que somos eternos aspirantes a um Prêmio Nobel. 
Encerro o artigo mais triste se tivesse escrito sobre mais um audacioso escândalo de assalto aos cofres do Tesouro Nacional, patrocinados cinicamente por agentes públicos, políticos e empresários. 
Mas, onde estão os nossos craques? 

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