Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: Petróleo em baixa, por Gabriel Novis Neves

20 de jan. de 2015

Petróleo em baixa, por Gabriel Novis Neves


Petróleo em baixa 
Após seis anos de aumentos sucessivos, o preço do barril de petróleo cai para menos de cinquenta dólares na cotação mundial. 
Festa nos Estados Unidos! A população comemora a queda significativa no preço do petróleo e do óleo diesel, pois ocorre um aumento da economia familiar. 
As perspectivas são tão boas que já se fala num patamar de 3.8% para o crescimento econômico na terra do Tio Sam para o ano em vigor. 
Os americanos descobriram que podem extrair petróleo do gás xisto, anulando assim a dependência que tinham da importação do ouro negro. 
Nesse processo, países grandes produtores de petróleo, tais como o Irã, a Venezuela e a Rússia, já com as suas economias abaladas por crises políticas e econômicas sucessivas, caminham juntos para o caos. 
Nós, aqui na terrinha, sempre na contramão dos acontecimentos, nada temos a comemorar.  
Muito pelo contrário! A nossa maior empresa petrolífera passa por um dos mais graves problemas de sua história, atolada num mar de corrupção e desmandos, inclusive, ameaçando o despertar do gigante adormecido que seria a retirada do pré-sal. 
Como não somos autossustentáveis em termos petrolíferos, comprávamos o ouro negro a preços elevados e vendíamos no mercado interno a preços mais baixos, tudo em função de não poderem ser passados para a população aumentos antes do resultado da festa eleitoral. 
Dessa forma passamos a subsidiar esse grande déficit. 
Agora, definidos os donos do poder, tendo de enfrentar a realidade, não conseguimos nos beneficiar como os outros países dessa queda mundial e, infelizmente, sem qualquer alternativa, estamos sofrendo o baque dos aumentos de preços nos postos de gasolina e, portanto, mais inflação. 
Para completar esse quadro econômico desastroso, foi registrado vinte e quatro bilhões de reais em perdas nas contas de poupança, a maior nos últimos anos. 
Ainda bem, ou não, as mídias não nos permitem alienação contra fatos tão concretos e exposições tão frequentes da verdadeira situação do nosso país e que, apesar de tudo, amamos incondicionalmente.

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