Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: Minorias eróticas, por Gabriel Novis Neves

14 de fev. de 2015

Minorias eróticas, por Gabriel Novis Neves

Após séculos de hipocrisia e repressão a humanidade, de um modo geral, conseguiu admitir a diversidade dos gêneros e, portanto, conviver mais tranquilamente com as diferenças. 
Graças a uma extenuada exposição nas mídias, especialmente a televisiva, finalmente estão acabando as imagens estereotipadas de homo,  bi, transexuais  e gays. 
Finalmente uma luz no fim do túnel começa a despontar. Esperamos que ela clareie as mentes mais conservadoras para que possamos eliminar este e outros preconceitos que afligem a humanidade desde tempos imemoriais. 
Temos de ter a liberdade de viver conforme nossas crenças. Simples assim. Viver: pura e simplesmente. 
Crianças já estão sendo condicionadas a se orgulharem por terem dois pais ou duas mães. Casamentos homoafetivos já são comemorados como em qualquer outro tipo de ritual. 
A classe dominante sempre deu vazão aos seus desejos e às suas estereotipias de uma maneira velada, somente acessível aos participantes de seus pequenos reinados. 
Os menos abastados, por nada terem a perder, nunca se interessaram em respeitar códigos morais preestabelecidos. 
O sofrimento em manter as aparências ficava apenas na classe média, esta sim, dependente da obediência das normas vigentes para sua sobrevivência. 
Agora que estão indo para o brejo todas as hipocrisias no que tange à sexualidade, casamentos gays já são comemorados em alto estilo, com a participação da ala mais hipócrita e arcaica da chamada “elite branca”, sempre atraída pelos modismos e possibilidade de novos negócios. 
Com a igualdade de códigos, grandes decoradores, grandes costureiros, grandes cabelereiros, grandes promotores de arte, enfim, todos que de alguma forma lidam com beleza, são sempre muito bem vindos ao mundo fútil e recheado de abastados incultos. 
Afinal, sociedades de consumo são sempre reservatórios tentadores para a burguesia mercantil. 
Metas são sempre grandes negócios que esses eventos costumam trazer. 
O que me causa espanto é que em pleno século XXI homofóbicos ainda consigam eleger representantes para a Câmara dos Deputados. 
Ainda bem que a grande maioria das pessoas começa a comemorar a convivência natural com as chamadas, até pouco tempo atrás, de “minorias eróticas”. 
O erotismo é algo ainda muito pouco estudado e só agora as suas inúmeras manifestações começam a caminhar no campo da ciência. 
Que todos esses preconceitos ridículos que afetam as pessoas na sua raça, gênero, idade, cor, gordura, beleza, sejam enterrados para sempre como sinal de mais um passo na cadeia evolutiva que um dia tornará o homem, verdadeiramente “HOMEM”. 

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