Em
reunião em São
Paulo, representantes de uma missão mexicana que visita o Brasil
participaram de encontro para mercados alternativos para a importação de
produtos agropecuários como arroz, soja e milho. O vice-presidente da
Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul
(Federarroz), Alexandre Velho, participou do encontro com o grupo do
país da América do Norte.
Conforme o dirigente,
um dos assuntos em pauta foram as medidas sanitárias para finalizar o
acerto que já vem sendo trabalhado há dois anos pelo setor junto aos
mexicanos. Em conversa com o chefe do Departamento de Medidas
Fitossanitárias do Ministério da Agricultura do México, Neftali Reyes
Carranza, Velho solicitou ajustes relativos ao tema, prontamente
respondido pelo representante do país. "As recomendações são informadas à
Organização Mundial do Comércio (OMC), que tem 60 dias para dar retorno
sobre estes assuntos e, após este período, o Brasil já estaria apto a
exportar arroz para o México", salienta.
O
vice-presidente da Federarroz ressalta também a oportunidade de
encontros com representantes das indústrias mexicanas. O dirigente
reforçou as diferenças de qualidade do arroz brasileiro em relação ao de
outros países como o norte-americano, além de enfatizar que o Brasil é o
país na América do Sul que tem condições de atender esta demanda. "A
importação de arroz pelo México gira em torno de 800 mil toneladas por
ano, em torno de 600 mil é base casca e 83% deste volume é dos Estados
Unidos. Colocamos que temos condições de atender grande parte deste
volume que o México tem todos os anos", observa.
Em
abril, o presidente da Federarroz, Henrique Dornelles, e o diretor
comercial do IRGA, Tiago Barata,
estiveram no México para rodada de reuniões com o objetivo de abrir o
mercado brasileiro naquele país. Em março, a Secretaria de Relações
Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa) informou que o Brasil estaria habilitado para realizar os
embarques de arroz em casca, negociação que vem sendo conduzida desde
2015 pelos representantes dos arrozeiros.
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