Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: LADO MAIS FRACO

10 de abr. de 2009

LADO MAIS FRACO

ESPÍRITO ESPORTIVO – VICENTE MAJÓ DA MAIA

vmmaia@uol.com.br

LADO MAIS FRACO:

Defendo o ESPORTE com unhas e dentes. Acho que muitos são os problemas que podem ser resolvidos, através de sua pratica e incentivos. Não preciso enumerá-los.
Vejo com imensa indignação o corte de 86% do orçamento nacional destinado a pasta do Ministério dos Esportes, em função da crise financeira, que foi chamada de “marolinha”.
Evidentemente, que o corte do “Gabinete” da Presidência foi o menor entre vários Ministérios (26%). Portanto, fica evidente o desinteresse na fomentação do esporte nacional.
O mais estranho disto tudo é que continuamos pretendendo sediar uma Olimpíada e já temos garantida a realização de uma Copa do Mundo de Futebol. O ano de 2009 é fundamental para que se alcancem estes objetivos. Em contrapartida, o Governo Federal simplesmente passa a tesoura na verba do esporte. Aliás, com o que sobrou sequer fica clara a necessidade de manutenção da pasta e a continuidade dos pouquíssimos projetos implantados até agora.
Estudos realizados por vários segmentos e, em especial pela UNESCO, revelam que cada moeda investida no esporte, três são economizadas na saúde. Isto parece não entrar na “cabeça” de nossos políticos, com raras exceções.
No caso do nosso atual Governo Federal, o interesse é pelos holofotes da mídia. O brilho do Pan, a chegada da Copa e a possibilidade das Olimpíadas. Porém a nossa base continua em estado de putrefação. O atleta praticamente abandonado, as federações e confederações dominadas há vários anos pelas mesmas pessoas e os projetos - pouquíssimos, face a grande necessidade – são implantados em raríssimas cidades.
Precisamos dar o grito de liberdade. Uma mobilização que somente pode ser capitaneada pelo principal interessado, no caso o atleta. Este que é o sacrificado, porém, omisso muitas vezes, com receio de perder a pouca migalha que lhe é ofertada pelo sistema.
Não se pensa esporte no Brasil. Ele é visto como supérfluo; nunca como solução. Por isto, mais uma vez, a corda arrebentou no lado mais fraco.

URUGUAIANA, 01 DE ABRIL DE 2009.

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