A recuperação do movimento no Porto Seco de Uruguaiana é esperada com ansiedade por todos, pois representa a recuperação da economia e a volta também dos empregos perdidos com a re-cessão. Mas, o retorno ainda que lento à normalidade de antes crise, traz consigo também os problemas cruciais que há muito tempo afetam trans-portadores, motoristas, e agentes intervenientes no setor. À medida que as primeiras filas se formam para o ingresso de caminhões no Porto Seco lá estão eles, os assaltan-tes, vitimando motoristas, roubando cargas, ferramentas, caixa de cozinha dos caminhões e tudo aquilo que podem levar. São quadrilhas formadas, e que não dão folga, ao mínimo movimento, um pouco mais in-tenso, essas quadrilhas entram em ação, e os assaltos recomeçam, como se fizessem parte da rotina, muito se tem feito para inibir a ação destes meliantes, mas infeliz-mente, sem efeitos concretos. Outro problema sério, e muitas vezes denunciado, é a prostituição, e aqui cabe um parêntese (em grande maioria menores de idade), meninas na flor da idade se prostituindo, verdadeiras crianças, que são aliciadas por adultos inescrupulosos e nojentos, mas também, não se tem uma resposta firme e efetiva dos órgãos públicos que tem a competência de coibir este tipo de crime, de nada vale o DISK 100 se as denúncias não são averiguadas. Somando-se a tudo isso, o tráfico de drogas e entorpecentes que ronda o maior Porto Seco da América Latina, facilita a vida de usuários, pobres miseráveis em busca de uma pedra de crak, ou um baseado, e entre eles alguns caminhoneiros que se utilizam deste artifício para poderem executar longas jornadas de trabalho, sem se importar com as consequências para si próprio e os outros.
O Porto Seco de Uruguaiana precisa ser tratado com atenção pelas administrações, federal, estadual e municipal, sob pena de deixar de ser reconhecido como um dos orgulhos da cidade para tornar-se um grande problema social.
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