Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: ABRE O OLHO CALIFÓRNIA!

26 de nov. de 2010

ABRE O OLHO CALIFÓRNIA!

Com o tempo as memórias se apagam, mas uma das obrigações de quem se pretende cronista é persistir na luta para que isso não aconteça. Por isso retomo hoje a campanha para rememorar um acontecimento notável ocorrido num revellion, acho que o de 1959, em Uruguaiana. Numa das ultimas colunas de 2009 lancei um apelo que agora renovo:
‘Numa dessas passagens de ano, e não foi quando da guerra do Paraguai, na década de cinquenta, travou-se a maior batalha em plagas uruguaianenses. Esse acontecimento provocou uma conturbação geral na sociedade local – houve gente que nunca mais voltou à cidade tamanha a mácula causada em certas biografias. Aquele réveillon tornou-se inesquecível a quem dele participou.
Vou dar oportunidade aos meus conterrâneos mais antigos de que abram suas caixas de lembranças e nos rememorem os acontecimentos. Aqui vai uma pista: A festa foi no Comercial.
Este lançado o apelo. Mandem seus relatos para meu email ou... Ou então tentarei contar a minha versão, que talvez nem seja verídica. Peço somente que não se acanhem afinal a historia é feita assim, de nossas memórias... dos outros. Coragem!”
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Sei que aos mais jovens parece caturrice essa tendência que nós, mais idosos, temos de na comparação ver mais beleza e virtudes nos tempos de antanho. Pode ser – e às vezes é – todavia existem coisas, além da saúde, que pioram com o passar dos anos. Atingem um pináculo e daí só decaem. A Califórnia da Canção Nativa parece ser uma delas.
Depois de explodir no cenário musical brasileiro como uma reação fulgurante ao esquecimento a que estava relegado o sul diante do abaianamento geral da musica brasileira, revelando uma geração de talentos -, músicos, compositores e interpretes – e propiciando o surgimento, dizem, de mais de cinquenta encontros, só no Rio Grande, dedicados exclusivamente à emoção de cantar os pagos, apequenou-se.
Hoje muito pouca gente pelo Brasil afora tem idéia do que venha a ser, ou tenha sido a Califórnia da Canção. As causas desse retrocesso, para mim que vivo longe do pago, são difíceis de identificar e mais ainda de julgar. Por vezes, quando vai chegando dezembro, recebo alguma noticia por intermédio de amigos e de alguma matéria jornalística. Lamentavelmente, o mais das vezes dão conta das dificuldades e dos empecilhos para realização do evento provenientes, quase sempre, de dissidências internas e ciumeiras adubadas por vaidades pessoais daqueles a quem caberia a responsabilidade de levar adiante os objetivos apontados ha mais de trinta anos por seus criadores.  
A mim parece que tudo isso é resultado de ter o movimento nativista se fechado em si mesmo ignorando a evolução do cenário musical brasileiro e se recusando a participar ativamente nele. É muito bonito, e eu também gosto de exaltar nossa terra dizendo: “Sou gaúcho e isso me basta!”.  É bonito... mas inócuo. Para ficar tão somente na musica precisaríamos aprender com a turma nordestina que, sem renegar suas origens, colocou seu som nos ouvidos do Brasil e do mundo sem que ninguém os acuse de renegar às suas raízes.
Hoje vivemos naquela que se diz ser a Aldeia Global, se algum chinês mexe seus pauzinhos lá na Mongólia, no mesmo instante temos conhecimento disso por aqui. E por ser assim o mundo da arte e do entretenimento se rege cada vez mais, ou tão somente, pelas leis do mercado: Vende que tem e compra quem não tem. Há mais de vinte anos passados, quando passei uma temporada nos Estados Unidos fui surpreendido com a notícia dos vários CTGs por lá existentes e não era impossível encontrar nas lojas de discos CDs e Lps de musica gaúcha. Hoje não sei se isso ainda acontece...
Se conselho não fosse grátis ninguém dava... Assim sendo, lá vai o meu:
ABRE O OLHO CALIFÓRNIA!
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EM TEMPO: Os leitores já me mandaram mais apelidos para a lista:

ÁGUIA.
AMARELO
BEIÇO
BOLACHA
BOLÃO
BOMBA,
BONECRO,DE,HOLINDA
BUIÚ
CABELINHO,(QUE,JOGOU,NO,FERRO)
CANHOTO.
CHEFE
CHIMBÉ
CHINÃO
CHOP
COLEGA
CUCHICHO
DE,LUTO
DECO,LOCO
DEDÉ,I
DEDO,DURO
DOCINHO,
ESCOVA,
FAUSTA
FAZENDEIRO
FEIO
GALINHEIRO
GALLETA
GAVETA
GIGANTE
GORRIÃO
JUCA
LAMBIDO
MARLON BRANDO
MARTITA
MINHOCÃO
MULHER,DE,CERA
PASSARINHO
PASTEL
PATO,CEGO
PATO,ROCO
PÉ,DE,CHUMBO,DA,BEIRA,DO,RIO
PERERECA
PIA
PIRILUCA
PISCA
PROF,BRUCUTU
PROFESSOR,NARIZ,DE,GANCHO
PUCHO
RASCUNHO
RASGA,DIABO;,
RASQUETA
REMO
REVERENDO,MOM
SAPATÃO,(FOI,COMANDANTE,FN)
SAPO
SARITA
SECRETÁRIO,DO,GARRINCHA
SINCERO
SOCÓ
TEQUINHA
TETA
TUFFI
VELUDO
XARICO
XIRÚCA
ZEZÉ
ZUCA

15 comentários:

Anônimo disse...

coloca ai o famoso cróque heheh ou cascudo

Anônimo disse...

Jayme, sugiro que te organizes, separando o tópico dos apelidos dos teus escritos sobre a Califórnia.Não vejo relação entre o que aconteceu no início dos anos 60 em um baile no Comercial, com a crise da Califórnia.Haverás de convir, que naquela época quando as margens dos costumes eram bem mais estreitas e conservadoras, uma briga de baile(generalizada) em cosequência do uso de bebida alcoólica em excesso era bem menos tolerada e bem mais comentada,principalmente por ter acontecido no clube que então era frequentado pela "elite" da cidade, o que muitas vezes provocava ciumeiras.Nada disso acontece mais; nem as brigas;nem a frequência assim qualificada e quase que nem mesmo os bailes.Já com a Califórnia talvez esteja acontecendo mesmo é que o tema e a forma tenham se esgotado em relação ao gosto do público, ao popular.Também porque talvez o festival não tenha conseguido sair da fronteira entre o clássico e o popular, entre os puristas e os mais abertos e tolerantes; ou não tenha conseguido transitar entre tais extremos.Uma das dificulades tenhas a certeza, é que o festival se dá em cima da música nativa que,-poucos tem a coragem de dizer- é limitadíssima em expansão, em pluralidade temática e musical.Sem contar que não consegue ultrapassar as fronteiras riograndenses por nenhum dos pontos cardeais.Será que não falta coragem para que se diga que o atual sistema se esgotou,tornou-se autofágico?A apresentação das músicas em si,com um repertório que vem sendo majoritariamente de milongas, milongueios e milonguices, só atrai público, através de eventos paralelos como as tertúlias dos bons tempos da Pastoril.Já naquele então, muitas vezes a Cidade de Lona despertava mais atenções e interesses que o próprio consurso de canções.Temos heróis teimosos como o Julio, o atual presidente que honra esta cidade com sua atuação proba e capaz.É duro dizer, mas se a Califórnia não passar por uma reestruturação total, tende a enfrentar cada vez mais dificuldades.As coisas são assim meu caro Jayme.Como diz a canção, "Ninguém tem culpa João, Ninguém tem culpa João ninguém.

Anônimo disse...

tem mais o maco, papeta, bamba, sauva, pila, toco, arrepiado, tiririca,paulo torto, inseta

Anônimo disse...

LEÃO BAIO JOGOU NO FERRO PARENTE DO CABELINHO.
BETO DA LEILA.
PANCINHA LOUCA.
BRUXO
PERNA
ANDRE ( RAPOSA )
LOLIX
QUERO QUERO
SABONETE
GAMELA
GABIXA
NESCAU

Docinho disse...

Tem o cururu

Anônimo disse...

Faltou o Balta, que jogou no Uruguaiana e no coríntians

Anônimo disse...

kd a vanessa?

Vanessa disse...

to aki.

Anônimo disse...

Concordo com o anonimo sobre a California. Frequento deste a 5ª inclusive aquela final onde tinha umas 20 pessoas assistindo ao show de Sá e Guarabira no Ferro Carril abaixo de muita chuva. É dificil renovar o publico somente com milongas, sei disso, pois os meus filhos sempre foram juntos, e me questionaram o porque de ter só este tipo de musica que não anima o publico, somente aos intelectuais. É hora de repensar que caminho a seguir e também na sua forma administrativa. Quando acaba a California no outro dia já devemos estar trabalhando para a do ano seguinte, as coisas não podem ser imediatistas tem que trabahar o ano todo na divulgação. Sei que é dificil unir as pessoas para se doarem em prol de um projeto

Anônimo disse...

Hey tá loco
que coisa mais linda a cor do cabelo da vanessa
credo
conta nêga ode tu pinta

Anônimo disse...

Aí vão mais alguns apelidos: Bomba (Felice), Judiaria (Cantarelli), Balada triste (Fernando Velo), Rato (Raulzinho Valls), Chaverinho, Peito, Chico Bizorra, Babão, Cacaréco, Charutinho, Chabri del mar, Gardel, Ringo, Bicho da goiaba, Vó da Barbie, Vampiro.

Anônimo disse...

Que tal relembrar os nome dos cabarés históricos da cidade? Não vão dizer que nunca conheceram?Uruguaiana ´sempre foi conhecido nacionalmete.

Chineiro disse...

Nega Helena, Vistina, Flor, Ivo Rodrigues, Alfa, Verinha, Ramoncito, Lidia, Angela, Coqueiros. Falta algun que não estou recordando.

Anônimo disse...

Cabaré da Susana, Casa Lima, Pau no meio em frente ao Motel panorama,Cinzano na esquina da Duque.....

Anônimo disse...

Margô
Marina