Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: Imposto de renda, por Gabriel Novis Neves

23 de mar. de 2015

Imposto de renda, por Gabriel Novis Neves


Imposto de renda 
Para quem não tem por hábito guardar documentos, começou o mês do terror! O mês da declaração à Receita Federal dos magros rendimentos registrados  nos holerites. 
Terminou o horário de verão, onde a economia não cobriu o prejuízo da quebra do biorritmo dos cidadãos, e estamos em época de Imposto de Renda. 
Cada dia o Leão exige mais comprovantes antes da mordida fatal. Além disso, há o bombardeio dos pagamentos de impostos estaduais e municipais. 
São tantos os comprovantes que, mesmo reunidos em pastas especiais, sempre falta algum, pois vivemos na leviandade das leis com efeito em cascata. 
Por mal dos pecados “a vaca tossiu” e os preços dispararam com desemprego em níveis não mais aceitáveis. 
Para quem nunca respeitou a Lei da Responsabilidade Fiscal o resultado é esse injusto sacrifício que o povo trabalhador brasileiro está financiando. 
Vem mais arrocho por aí, com o pomposo nome de reajuste fiscal. 
Aliás, a semântica das palavras nunca foi tão assediada e deturpada. 
O mundo evoluiu tecnologicamente, simplificando esse compromisso constitucional de abastecer o cofre do Tesouro, mas, aqui na terrinha, tudo é cada dia mais complicado, talvez para facilitar o “fenômeno petrolão”, onde o dinheiro supercontrolado sumiu e ninguém sabe como...
É a corrupção institucionalizada com os serviços hiperburocratizados para desviar a atenção do pagador de impostos. 
Bilhões de reais são desviados dos cofres públicos - que parece um saco sem fundo – vindos do esforço do pagador do Imposto de Renda, e nada acontece a esses malfeitores. 
Quando muito, alguns dias de repouso em prisões especiais. A reposição do abocanhado indevidamente da casa da Mãe Joana nem pensar! Fazendo-nos até acreditar que o crime compensa. 
Se tivéssemos um país sério, estaríamos livres dos dissabores a que esse procedimento anual nos obriga, pois o governo possui todas as informações necessárias.  
Para atenuar nosso trabalho bastaria comunicar simplesmente o nosso saldo devedor. Não haveria sonegação ou chateação. 
É triste verificar velhinhos em bancos, repartições públicas, enfrentando todo o tipo de desconforto para conseguir os tais comprovantes que o governo possui. 
Que estranho país é esse nosso! Não somos tratados com respeito e dignidade. Exceção feita aos cidadãos de primeira classe empoleirados nos poderes. 
Para eles, tudo é correto e válido. 
Tristeza!

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