Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: Chocante, por Gabriel Novis Neves

1 de abr. de 2015

Chocante, por Gabriel Novis Neves


Chocante

O depoimento do ex-funcionário da Petrobras na Câmara dos Deputados foi simplesmente chocante, segundo definição de um ex-Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). 
Milhões de brasileiros viram o espetáculo da safadeza oficial pela televisão, e outros tantos ouviram pelo rádio. 
Stanislaw Ponte Preta tinha razão quando, no seu FEBEAPA (Festival de Besteira que Assola o País), lembrou que setenta por cento das prefeituras do Brasil são tomadas de assalto por quadrilhas e quadrilheiros travestidos de partidos e políticos. 
Governos Estaduais, e até o Poder Central, estão contaminados pela arte do improvável, como dizem alguns para definir política. 
Quem diria que o partido dos operários roubaria tanto, depois de anos de moralização, ao chegar ao poder? 
Essa praga internacional da corrupção ataca nações poderosas e miseráveis, sendo que, algumas fortemente influentes, usam o castigo para punir o ladrão dos cofres públicos por mais importante que seja o cargo por ele ocupado, dando-lhe tratamento de delinquente sem etiqueta. 
Recentemente, o prefeito de uma importante cidade americana foi algemado, colocado no camburão e levado para a prisão de celerados. 
Nada de alojamento especial por tratar-se de uma celebridade com curso superior. 
Mas, nas nações miseráveis, o povo é que é condenado a morrer por falta de assistência médica, educação deficiente, péssima alimentação e trabalho sem as mínimas condições de sobrevivência.
Geralmente seus governantes são ditadores vitalícios, vivendo nababescamente. Às vezes, até "patrocinam" desfile de escolas de samba no Rio de Janeiro, vindo com enormes comitivas e ocupando as suítes dos nossos melhores e caríssimos hotéis para presenciarem o espetáculo do Sambódromo. 
No grupelho das “nações em desenvolvimento” - que até hoje não sei o que isso significa - os assaltantes dos cofres públicos possuem regalias e, despudoradamente, quando indiciados pela Corte Suprema pelos crimes cometidos, todos dizem serem inocentes e alegam perseguição política. 
A sociedade nocauteada com tanta bandalheira dos seus dirigentes não sabe o que fazer. 
O grupo da quadrilha, com os baixos níveis de aprovação do governo, investe nosso dinheiro para tentar ocupar espaços na mídia na esperança de uma virada de imagem, hoje na casa de um dígito. 
Segundo relato de jornais, só no preparo da fala da noite do panelaço da presidente foram gastos cerca de cem mil reais. 
Pelo andar da carruagem esses escândalos da Petrobras não terão um final feliz para os despudorados arquitetos do maior programa institucionalizado de assalto ao nosso dinheiro. 
Também, não esperamos que a simples troca de comando da gerência deste país irá solucionar os nossos históricos problemas. 
Talvez, por alguns dias, se isso acontecer, o que não acredito, melhorará a nossa autoestima. 
E só.

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