Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: Até no Enem? por Gabriel Novis Neves

12 de set. de 2015

Até no Enem? por Gabriel Novis Neves


Até no Enem? 
Que o Brasil é conhecido como o país do jeitinho, todos sabem. Com os escândalos do mensalão e do petrolão a nossa situação de credibilidade ficou bastante comprometida, atingindo patamares tão baixos, que chamaram a atenção a nível internacional. 
Leio no Jornal O Globo uma matéria que todos já desconfiavam há tempo: estão maquiando os resultados dos exames do Enem! 
Certas escolas aplicam artifícios para aparecerem bem no ranking do exame nacional do ensino médio (Enem), porta de entrada para o ensino superior, criando um falso perfil da qualidade do ensino do nosso país. 
Triste pensar que isso também é feito na educação, onde selecionamos os futuros universitários, esperança de uma nação melhor, mais justa, de oportunidade para todos e competitiva neste mundo moderno. Crimes como estes nos tiram toda a esperança de dias melhores! 
Falsos alunos, de falsas escolas, em falsas universidades, formando falsos profissionais. 
São “alunos” profissionais para exames do Enem. 
A criatividade para mascarar a verdade parece até que está no nosso DNA, coisa com a qual não concordo. Faz parte apenas de um governo acostumado a lidar com a mentira e com a omissão. 
Espertalhões comerciantes do ensino, fantasiados de educadores, cujo único compromisso é o lucro, e nunca o preparo da nossa juventude e o desenvolvimento desta nação, inventaram manobras “legais”, porém não morais, de colocarem os melhores alunos de escolas consagradas em exames nas escolas de qualidade duvidosa. 
Essas falsas escolas, com bons índices de aprovação e trabalho de marqueteiros competentes, passam a ser consideradas de excelência, aumentando estratosfericamente as suas mensalidades. 
O colégio rígido de ensino “empresta” seus melhores alunos para congêneres de qualidade inferior. 
O Ministério da Educação é sabedor desse truque criminoso que beneficia escolas de qualificação inferior, e providências estão sendo adotadas. 
Esse malabarismo é mais acentuado em São Paulo e nas grandes capitais, estando, entretanto disseminado por todo o nosso território. 
Enquanto o governo não melhorar o ensino público, principalmente o médio, ficaremos à mercê de malandros, que ousam até falsificar alunos em colégios para ganhar dinheiro. 
Espero que também na área social, especialmente nas da educação e da saúde, surjam operações moralizadoras para o bem deste país.

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