Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: Veterinária da UNIPAMPA queixa-se da situação em carta aberta Uruguaiana

18 de ago. de 2017

Veterinária da UNIPAMPA queixa-se da situação em carta aberta Uruguaiana



O retorno as aulas para o segundo semestre de 2017 está sendo diferente para os alunos do curso de medicina veterinária da UNIPAMPA, campus Uruguaiana. Acostumados aos inúmeros cortes de recursos por parte do governo federal, onde todos os laboratórios funcionam com escassez e/ou falta de materiais básicos (como luvas, agulhas, seringas, reagente químicos, laminas, entre tantos) impedindo que muitos projetos iniciem ou tenham continuidade o que parecia ser um eterno jogo de cintura para que as atividades do campus e o aprendizado dos alunos não fossem prejudicados agora parece que não será mais possível.


Hoje, quem procurar o serviço do hospital veterinário universitário (HUVET) da UNIPAMPA será informado que o mesmo encontra-se sem atividades de procedimento e atendimento. O motivo? A coleta de resíduos foi encerrada, e não havendo coleta de resíduos o HUVET não pode gerar lixo que não terá o destino correto (aqui falamos em tecidos, sangue, cadáveres, e todo aquele material que um hospital produz). O que gera estranheza é que desta vez a justificativa não é corte de verba, questionados os responsáveis a reitoria (que se encontra em Bagé) justificou a não renovação do contrato de coleta como uma medida de reorganização financeira sobre o tema, a qual todos os campus deveriam passar para ver quais os volumes de lixo que produzem e só após será publicado novo edital de licitação para a atividade ser restabelecida.


A UNIPAMPA possui 10 campus, e o somatório de todos não produz o volume de lixo que o campus Uruguaiana produz, isso facilmente se justifica por ser o único campus que possui um hospital, com uma intensa rotina de atendimentos e alto número de alunos que o curso de medicina veterinária tem. É errado querer utilizar ou ajustar os gastos com dinheiro publico? Obvio que não!!! O que gera espanto e revolta por parte da comunidade acadêmica do campus Uruguaiana é a demora na resolução do assunto, e o despreparo da reitoria na forma como esta abordando o tema. Se o volume precisa ser calculado, se estudos precisam ser feitos, porque não foram realizados durante o período em que havia a coleta? Assim quando o contrato com a prestadora de serviço encerra-se um novo redimensionando (ou não) já estaria pronto e o edital da licitação já poderia ser publicado. Não se justifica e foge do bom censo esperar encerrar o atendimento, causar prejuízo as atividades do hospital e aos alunos para só depois iniciar um estudo sobre o tema.


Quem é o prejudicado? Primeiro a comunidade uruguaianense e região que poderia ter um excelente serviço por parte do HUVET e hoje está sem, segundo a imagem do campus junto a opinião publica, a instituição federal não está realizando atividades que são importantes ao povo e este que sempre teve na universidade uma visão de instituição de alto nível agora passa a ver a mesma com a incerteza e desconfiança mas principalmente os alunos do curso, estes que estão sem poder realizar as atividades praticas que são componentes obrigatórios para formação curricular.


Qual o prognóstico? Desfavorável. Passado mais de dois meses do fim da coleta a reitoria ainda não tem previsão para lançamento do edital licitatório para restabelecimento da coleta (vale mencionar que após o edital ser publicado ainda existe todos os prazos legais a serem observados até o real inicio de uma atividade) e o hospital sem poder realizar procedimentos estuda encerrar todas as atividades.

Texto: Ney Luzardo Ulrich Neto 


Studio na Colab55

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