Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: 08/18/09

18 de ago. de 2009

Carnaval sem recurso não dá samba

Em reunião, na Prefeitura, na tarde da quarta-feira, dia 12/08, a presidente da S.R.C Os Rouxinóis, Marielly Abad, reiterou que a entidade somente desfilará em 2010 caso haja a liberação de 50% dos camarotes até 30 de outubro/09, e os outros 50%, até 15 janeiro/2010, totalizando R$ 168 mil, quantia referente às escolas do Grupo I.

A utilização de parte do antigo prédio da CAUL, foi descartada em razão de que a própria Cova da Onça deverá deixar o espaço, que dará lugar a uma escola municipal de educação infantil.

Segundo a presidente Marielly, a preocupação das entidades é de que o tempo passe e os recursos não cheguem. “O prefeito pensa que no Banco as vendas serão rápidas”, um risco, alerta. A lógica é que os foliões comprem os lugares nos meses de janeiro e fevereiro do ano que vem, deixando até lá, as escolas de samba sem dinheiro para montar o Carnaval. Chegando outubro e a verba não aparecendo, os Rouxinóis e outras escolas terminarão não saindo”, diz a dirigente.

Já o presidente de honra da entidade, Jair Rodrigues, destacou que sexta, 14/08, foi protocolada ação contra a Prefeitura e Comissão Municipal de Carnaval por má gestão no Carnaval/2009. Agora, é aguardar os 15 dias para saber como se pronunciará o Ministério Público Estadual.

E a vida começa a voltar ao normal em Uruguaiana

Após duas semanas de prorrogação das férias em todo o Rio Grande do Sul, o Comitê Estadual de Enfrentamento da Gripe A decidiu manter o retorno às aulas para segunda-feira (17). Estudantes, professores e funcionários uruguaianenses da rede municipal, estadual e privada preparam-se para as atividades escolares após um mês de recesso. A expectativa do secretário municipal da Saúde de Uruguaiana, Delmar Kaufmann, é de um retorno normal às aulas por parte dos alunos. A estudante do ensino fundamental da Escola Municipal Humberto Castelo Branco, Camila Trein, 13 anos, acredita que a decisão do Governo foi propícia. “Eu acho bom voltar às aulas agora, senão teremos muito a recuperar mais à frente”, explica a adolescente. Sua colega de aula, Maria Gabriela Varisco, 13 anos, concorda. “Eu acho que não precisa prorrogar ainda mais, pois até as boates estão voltando a abrir”, analisa.
Para a estudante do ensino fundamental da mesma escola, Milena da Silva, 12 anos, as férias poderiam ser prolongadas. “Eu tenho um pouco de medo, pois ficaremos em local fechado”, assinala. Milena conta que pretende utilizar máscara dentro da sala de aula e que levará álcool em gel na mochila. “Não vou ligar se apenas eu usar a máscara”, diz. O professor de história da Escola Santa Inês – Pólo do Silvestre, em Alegrete, Valdemar Machado, divide a mesma opinião de Milena. “No meu ver as férias tinham que ser prorrogadas. A maioria dos estudantes está viajando e não se sabe de onde está vindo”, observa.
Segundo o médico pneumologista e responsável pelo atendimento aos pacientes graves da doença em Uruguaiana, Cláudio Crespo, o número de casos de gripe A deve aumentar com o retorno às atividades escolares. No entanto, ele defende o retorno às aulas. “Está na hora da gente voltar para a nossa vida normal”, observa. Segundo Crespo o número de casos da doença caiu 80% em relação ao momento de pico, há 20 dias. “Não será nada que nos preocupe, pois os casos novos que aparecerem serão tratados precocemente, o pior já passou”, garante.
Gripe A em Uruguaiana – De acordo com Crespo, emergências e Postos de Saúde trabalham em seus níveis normais. “Estamos vivendo um outro momento, diferente do resto do Estado. Pela nossa posição geográfica, sabíamos que seríamos a porta de entrada da gripe pelo Brasil”. Permanecem internados na cidade seis pacientes com gripe A, sendo três em estado grave. Dois destes pacientes são de Itaqui e Quarai. Além dos seis adultos, uma criança encontra-se na UTI pediátrica em estado grave. Há também outros quatro pacientes que estão em enfermaria e em bom estado.
Tamiflu – “No início faltou medicamento para todo o Estado”, revela Crespo. No entanto, o médico conta que Uruguaiana foi pioneira na quebra do Protocolo, pois começou a fazer uso mais amplo do Tamiflu precocemente (dentro das primeiras 48 horas de sintoma) quando surgiram inúmeros casos de pacientes jovens, fora dos grupos de risco preconizado para uso do medicamento. “Os resultados foram espetaculares. As internações caíram rapidamente”, comemora. Segundo Crespo, foram realizados aproximadamente 500 tratamentos com o medicamento em Uruguaiana em julho.
Números - Estima-se que foram de 8 a 10 mil pessoas foram infectadas pela doença em julho em Uruguaiana. Deste total, cerca de 160 pacientes necessitaram de internação. Ao total, foram 18 óbitos, porém somente sete foram confirmados como vítimas fatais da gripe A.

Caminhantes Sem Fronteira homenageia fundador

No domingo (9), às 17h, foi descerrada placa que designa via pública em homenagem a Moacir Bastiani, em Porto Alegre. A cerimônia foi realizada na confluência das ruas Maurílio Ferreira com a Dois, bairro Aberta dos Morros. O uruguaianense, falecido em novembro de 2007, foi político e jogador de basquete, mas por meio das caminhadas que se tornou conhecido e admirado na Fronteira Oeste. Bastiani, engenheiro aposentado da Petrobras, foi o idealizador da Sociedade Recreativa, Esportiva, Cultural e Ecológica Caminhantes Sem Fronteira no município. A entidade, fundada em 22/04/06, reúne grupo de pessoas dispostas a percorrer quilômetros a pé em busca de puro prazer. Os principais destinos da turma (ambos os sexos), são cidades da Fronteira Oeste, Argentina e Uruguai. Há sempre um caminhão dando suporte ao grupo, que vezes é surpreendido por tormentas e mudanças climáticas. As viagens podem levar de um a três dias. Mais de 90 quilômetros já foram percorridos pelos Viajantes ao Cerro do Jarau/RS e Japeju, na Argentina. “A intenção agora é fazer percursos mais curtos, que se vá num dia e volte no outro”, conta Vicente Majó da Maia. O presidente em exercício dos Sem Fronteira, Fábio Pasquali, participa do grupo desde a fundação e já realizou oito caminhadas, entre elas, a inesquecível. “A primeira vez que fui ao Cerro do Jarau, teve uma tempestade e quase desistimos, mas o espírito esportivo prevaleceu”, conta. Para ele, o motivo das caminhadas é manter contato com a natureza e garantir uma convivência saudável junto ao filho de 17 anos. “Às vezes ele vai comigo”, orgulha-se. Maia, relembrando momentos com Moacir Bastiani, relata a primeira caminhada do grupo, que ocorreu dia 20 de outubro de 2006.