Primeiro foi uma atordoante e desafinada sinfonia de buzinas. Pensei: "Novamente essa tal de integração que jamais vai acontecer." Não é de hoje e nem de ontem que carros e caminhões protestam (inutilmente) sobre a pobre ponte internacional. Simultaneamente (e desde janeiro de 2009), os inúteis e irregulares tachões. Qualquer dia as paredes vão rachar, pois os veículos pesados que por aqui passam não estão nem aí... nem eles, nem as autoridades.
Para coroar toda essa balbúrdia, um insistente e barulhento helicóptero ficava dando cobertura a uma verdadeira operação de guerra. Juro, pensei que membros do Al-Qaeda estivessem tentando explodir a ponte (não sei bem para que, mas tudo bem).
Para minha pouca surpresa (até porque quase nada mais me surpreende), a Receita Federal estava "aplicando" a lei no camelódromo. Tomando e encaixotando. Agora, é provar que houve recolhimento dos tributos e tudo bem, gente. Cada um pega o que é seu de volta. Enquanto isso, lá na capital...
Eu não assisti ao fiasco que foi a truculência do ibama & cia. lá na imul, na captura dos perigosos, selvagens e agressivos animais, mas vendo hoje a incrível (e besta) demonstração de poder e intimidação oferecida pelo estado, imagino o que tenha sido. Foi de tirar o chapéu... mas para cobrir o rosto, de vergonha... tamanha a palhaçada. O que era aquilo! Até parecia que grupos de camelôs armados estariam prontos para reagir.
Senti a falta do exército com seus blindados, dos GMs e dos azuizinhos, da PF, dos Dragões da Independência e do BOPE.
Não vou entrar nos méritos, nem da sonegação, nem do desemprego, mas que foi EXAGERO e EXIBICIONISMO, isso foi. "Botem" na conta do povo!
E para quem perdeu quase tudo o que tinha? Simples:
"Calmanti neles, né dotor?"
Agora é contigo, SUS.