Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: 04/20/09

20 de abr. de 2009

Jair Rodrigues dá entrada em ação indenizatória contra Felice

Às 17 horas, a informação sobre as medidas que estava tomando foi complementada também no perfil TRIBUNA DE URUGUAIANA no Orkut, pelo presidente da LIESU, Jair Rodrigues, como seguinte recado:

"Fred,como te falei Distribui hoje ação Indenizatoria contra o Pref.Felice..pela publicação inveridica que ele deu...dizendo que deu pra Liga 350mil,que não e verdade,somente comprara (sic) o bordero de entrega dos Camarotes,e veridicar (sic) os de 60 L.e os de 40 L.mais os Barres (sic) da Avenida.Não chegão (sic) a este valor.Ele mentiu no Jornal,e ainda mandou publicar informaticio (sic) em Oficio confirmando este valor do repasse,não sei da onde elee tirou este valor,nem quem fez esta conta pra ele...E Estamos amanhã dando entrada com Ação Criminal.O NUmero desta Ação de hoje é.037/1090005678-7 distribuida agora de tarde."

Jair Rodrigues responde a empresário e prefeito

Eis a resposta do presidente da LIESU, Jair Rodrigues, deixada no perfil do orkut do TRIBUNA DE URUGUAIANA, às 14 horas, à nota LIESU não paga, empresa se queixa à Prefeitura e Felice diz que não pode interferir, postada no sábado, 18 de abril:
"Fred, este Cezimbra é um baita "sem vergonha", por que faz mais de 10 dias que chamamos ele para lhe pagar, e sabe o que ele disse na LIGA - que tinha colocado o Titulo em Desconto na Caixa Federal, que nos íamos receber um aviso para pagamento na Caixa. A pra nossa surpresa ele esta de conchavo. Mais amanhã vou ajuizar uma ação na Justiça contra o Felice, ele disse... que deu a LIGA R$ 350 mil, e é mentira, vamos provar com documentos que ele somente deu em Camarotes e Bares na avenida R$ 240 mil, pra vender ainda. E ele mente quando fala em R$ 350 mil, estou distribuindo a ação amanhã, por Difamação e por ele mandar colocar esta declaração do Cezimbra a Liga é uma entidade Privada, não e vinculada a Prefeitura.
Depois te passo o numero do processo"

Coluna Atos & Fatos, por Soares Tubino - Cronista e poeta - Membro da AUL

A FIGURA DO TRAIDOR

Acordei-me assustado hoje pela manhã, quando meu neto Pinduca, puxou-me por uma perna, entrando sorrateiramente em meu quarto, gritando alto:
- Vô Jorge, até quando o senhor pretende dormir? Estava perdido no tempo, nas dobras de um sono profundo, quando o garoto assustado, sabendo que sempre fui madrugador, ainda estava na cama, àquela hora, quase meio-dia, bem enrolado nas cobertas.
Abrindo bem os olhos, cansados de uma noite, povoada por um sonho e onde havia retrocedido no tempo, sentindo-me aquela criança que fui, há mais de meio século, atrás.
Pinduca assentou-se a beira de minha cama, e ficou a me olhar, cobrando-me os motivos que me levaram a ficar tanto tempo a dormir. Antes mesmo, de escovar os dentes, tomar meu banho matinal, ali mesmo na própria cama, contei-lhe o que havia sonhado:
- Preste muita atenção, que vou lhe contar, algo que talvez você nunca pensou, nem ouviu ninguém, talvez falar em sua escola.
- Pinduca mostrou-se atento, olhando-me frente à frente, quando iniciei meu bate-papo! Falei no estranho sonho que havia me retido todo aquele tempo na cama. Nos meus tempos de criança, na minha zona, aconteciam fatos estranhos, durante a Semana Santa. Depois dos quarenta dias de quaresma, chegava a histórica Sexta-Feira Santa. A Igreja Católica e outras que acompanhavam as mesmas cerimônias, realizavam a Procissão do Senhor Morto, conduzindo um corpo, imitação da figura de Jesus, em sua crucificação. Os que a acompanhavam conduziam velas, imagens do Mestre, entoando cânticos pelas ruas da cidade. Isso até hoje se faz, não é verdade, Pinduca? O garoto sacudiu a cabeça, afirmativamente. Pois bem, no dia seguinte, as pessoas em homenagem ao Sábado de Aleluia e a Páscoa da Ressurreição, confeccionavam um estranho boneco, de pano, enchido com tecidos velhos, com semelhanças a pessoas do lugar. Isto tudo era feito á noite, para depois de pronto ser amarrado a um poste de rua, e queimado, aos apupos e gritos dos que participavam do ato, dizendo: Judas, traidor! Traíste o Mestre!. E quanto mais gritavam, mais o boneco era consumido pelas chamas.
O garoto interrompeu minha narrativa, perguntando se tudo que ouvira acontecia mesmo, nos meus dias de criança em Uruguaiana?
- Claro menino, lá em casa eu e meu mano mais velho, todos os anos, depois da Semana Santa, no sábado da Ressurreição, usando retalhos que sobravam das oficinas de papai, que era alfaiate, e juntando outras coisas inúteis, mas que se prestavam para este ato, montávamos o estranho boneco, criticando a figura de alguma pessoa amiga da zona, sem identificarmos o autor, para não haver transtornos.
O boneco, simbolizando “Judas a trair no ósculo da ceia”, como dizia o poeta gaúcho Mário Totta.
Encerrando o caso para meu neto, rematei a conversa: “Pois foi com esse fato, que sonhei esta noite, causando estranheza a você.
Pinduca, todo arrepiado de emoção, não duvidou do que ouvira e simplesmente me perguntou:
- E hoje, por que não fazem isso?
Minha resposta foi: os tempos mudaram, a era da tecnologia substituiu as antigas crendices. Vivemos os tempos do computador e da globalização. E, antes que ele me perguntasse mais sobre o sonho, levantei-me para o banho matinal. Vivemos a geração de 2009. Ele prometeu contar a professora no colégio...

Uruguaiana, abril de 2009.