Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: 07/05/15

5 de jul. de 2015

Em busca da inspiração, por Valéria del Cueto

Arpoador 150628 008 Alto Arpoador cactus Pedra Ipanema Leblon 2 IrmãosEm busca da inspiração
Acordou com uma saudade louca do #Lemequenaosaidemim
Pegou o rumo oposto, a contragosto.
Deixou para trás o reino de Nápoles e as agruras de Alex Dumas. As que inspiraram Alexandre, seu filho, a escrever o “Conde de Monte Cristo”. Ele é o personagem principal de “O Conde Negro”, Pulitzer de biografias de Tom Reiss. Difícil parar um mundo desses para quem é fã de leitura. Conseguiu. Pedra, por pedra, foi para a do Arpoador.
Cruzou a Praia do Diabo ao ouvir o som. De lá. Pulando que nem cabrito foi para a ponta mais ponta da Pedra do Arpoador, nem lá nem cá. Onde borrifos de finas franjas de maresia das ondas inconstantes salgavam os poucos solitários. Os que trocaram a imagem paradisíaca do postal Ipanema, Leblon, Morro Dois Irmãos e Vidigal pela força do mar e duas ilhas praticamente inóspitas, num horizonte sem fim.
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*Valéria del Cueto é jornalista, fotógrafa e gestora de carnaval. Essa crônica faz parte da série “Arpoador”, do Sem Fim...
E3- ILUSTRADO - SABADO 04-07-2015 (2)Edição Enock Cavalcanti
Diagramação Nei Ferraz Melo 

Super-heróis, por Gabriel Novis Neves

Super-heróis
O grande teatrólogo inglês Brecht já dizia: "Infeliz da sociedade que precisa de heróis".
A partir de 1930, com a grande depressão mundial, começaram a aparecer nas mídias os super-heróis.
Durante a Segunda Guerra Mundial a humanidade precisava de figuras heroicas que, inclusive, combatessem o nazismo que ameaçava se espalhar pelo mundo.
Ficaram famosos naquela época o Superman, a Mulher Maravilha, o Capitão Marvel, o Capitão América, o Tocha Humana e muitos outros.
Parece mesmo que os homens não conseguem se motivar sem os seus heróis.
Nos dias atuais, com o abuso de exposição  fornecida pela Internet, surgiram as supercelebridades.
Ainda que meteóricas, são veneradas e seguidas por milhões de pessoas cuja pobreza de vida emocional faz com que elas precisem de um modelo externo para se espelhar.
É o mundo da mentira, da futilidade e da anulação da razão.
Os milhões de amigos conseguidos são apenas virtuais e, quando muito, torna mais evidente o tamanho da dimensão da solidão de cada um.
Rostos postados nas redes sociais são sempre alegres, felizes, poderosos, bem diferentes dos que enfrentamos na vida real. 
Tal como no Poema em Linha Reta, de Fernando Pessoa, vivemos nos questionando se apenas nós somos vis e inseguros, enquanto que à nossa volta só existem reis, rainhas e princesas incapazes de uma só vilania?
Enfim, em dias duros e sombrios nos quais estamos vivendo, haja fantasia para abrilhantar, pelo menos, alguns momentos do dia.