O Tribuna conversa com a vereadora eleita Jussara Osório de Almeida. Em
2004, Jussara Osório conquistou uma cadeira no
parlamento municipal com 1.046 votos. Em 2012, eleita pela segunda vez, recebeu
1.509 votos. Casada com Rubens Almeida, mãe de três filhos: Bruna, Bárbara e
Alexandre, tem dois netos: Inácio e Gonçalo. Jussara Osório é radialista, empresária no
ramo do turismo e trabalhou na RBS TV, onde foi apresentadora do Jornal do
Almoço em Uruguaiana e depois em Porto Alegre. Também é presidente da Liga
Feminina de Combate ao Câncer.
Vereadora Jussara: Algumas situações chegam em nossas vidas, mesmo que às vezes
difícil de entender, para nos ensinar algo e, principalmente, para o nosso
conhecimento. Por isso, cabe a nós decidir, se ficamos reclamando, ou
enfrentamos. Eu decidi lutar!
A política entrou em minha vida, quando
me conscientizei que a omissão é um grande pecado e apenas criticar não é a
melhor solução. Precisamos ocupar os espaços e tomar posições.
Os direitos da mulher são minha maior
luta e assumo minha posição em questões polêmicas como a pena de morte,
separando atitudes daquele que rouba para saciar a fome de um filho, para quem
tem coragem de torturar alguém até a morte. A legalização do aborto, sou contra
porque é possível planejar (minha bandeira no parlamento), resolvendo sem
traumatizar. Os fatores que contribuíram para minha votação foram de pessoas
que conhecem minhas lutas e disposição ao trabalho, somado ao sentimento de
reparação pela injustiça de minha cassação.
Volto com a disponibilidade principalmente
de ouvir as demandas de nosso povo, já amparado também por nosso governo.
“Política com paixão” é possível quando a
aceitamos como missão em nossas vidas. Espero sempre de alguma maneira, tocar o
coração das pessoas. Claro que tenho um ego. Quero que as pessoas também gostem
de mim, ser boa naquilo que faço, ser aceita, mas sempre sem nenhuma
arrogância. E, finalmente, com a mesma paixão, espero lá pela casa dos 80 poder
ainda encarar com bom humor, uma agenda lotada, onde continuará por certo a
preocupação com os idosos (tão invisíveis e infantilizados), com os animais
abandonados e com as crianças violentadas em seus direitos.
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