Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: novembro 2014

30 de nov. de 2014

Gatão de Meia Idade - frases que adoramos ouvir da filha



Fugitivo de Sorocaba, por Gabriel Novis Neves

Fugitivo de Sorocaba 
Quando a balança me deu um alerta vermelho, fugi para a Clínica de Endocrinologia - com SPA médico - em Sorocaba. 
Foram quinze intermináveis dias de internação, com rígida disciplina alimentar de seiscentas calorias/dia, além de uma peregrinação pelas principais clínicas do hospital: endocrinológica, cardiológica, médica, ortopédica, psiquiátrica, dermatológica e dentária. 
O mesmo rastreamento foi feito no centro de fisioterapia, onde os exercícios são programados para cada paciente. 
Aulas de recuperação alimentar e lazer opcional à noite com shows, aulas de dança, bingos, teatro e desfiles. 
O resultado final foi o previsto quando da minha internação. Porém, o tratamento continuaria em casa que, de acordo com o meu perfil de vida, deveria ser de mil e quatrocentas calorias/dia. 
A dieta me foi fornecida e passei a seguir rigorosamente as orientações recebidas. 
Desintoxicado de anos de alimentação inadequada, um mês após coloquei um marca-passo para corrigir uma arritmia cardíaca que “cuidei” por mais de trinta anos. 
Retornei às minhas atividades físicas como caminhadas e voltei à fisioterapia. 
Estou na minha faixa de conforto de peso corporal e com a bioquímica em ótimas condições. 
Dia desses fui a um restaurante e o maitre me entregou o cardápio da casa, que mais parecia um livro em edição de luxo. 
Disse-lhe que era um "fugitivo de Sorocaba" e estava fazendo a minha reestreia em restaurante comercial. 
Sem entender o que quis dizer, esclareci ao espantado maitre: meu prato não pode conter sal, carboidratos nem gorduras, e a bebida alcoólica substituída por água mineral sem gás. 
Logicamente esse pequeno prazer gastronômico iria me custar algumas calorias extras, mas já estavam previstas nessa nova fase de condicionamento alimentar. 
Achando seu desconhecido cliente um maluco, pequenas porções me foram servidas. 
Deixei a casa da comilança sofisticada sem remorsos, com a sensação de não ter avançado o sinal da minha saudável dieta. 
Entrei no táxi e fiquei com a imagem do maitre surpreso com o cartão de visitas daquele esquisito cliente: “Fugitivo de Sorocaba”. 
Com certeza comentou com os colegas que atendeu a um idoso louco. 
Duvido que tenha se lembrado de que Sorocaba é uma das principais cidades de São Paulo e polo de um rico setor industrial altamente tecnológico. 
Além disso, a clínica em questão é mundialmente reconhecida pela excelência do seu SPA médico, e é pioneira no Brasil em reeducação alimentar. 
Frequentar bons restaurantes não deixa de ser trocar um prazer por algumas calorias a mais. 

29 de nov. de 2014

Gatão de Meia Idade - frases que adoramos ouvir da filha

Sono, por Gabriel Novis Neves


Sabemos que quando dormimos, sonhamos. Entretanto, na maioria das vezes despertamos com a sensação de não termos sonhado. 
Outras vezes esses sonhos afloram ao nosso consciente com tamanha intensidade, que nos fazem acordar. Sempre estão relacionados a situações confusas que nos fazem sofrer. 
O pior é que, mesmo o sonho sendo interrompido pelo nosso despertar, ele retorna assim que adormecemos novamente. 
Chamamos esse fenômeno de pesadelo. 
O nosso inconsciente ainda é um mundo inexplorado, resistente às investidas cada vez maiores da ciência. 
Hoje temos robôs vasculhando com seus quatro braços em três dimensões os mistérios anatômicos do cérebro humano. 
A genética abriu novas frentes de conhecimentos desse órgão emblemático que comanda todos os nossos sentidos, ajudada pela neurociência. 
Apesar desses avanços, não existe ainda aferidores para as nossas emoções, muito menos mecanismos para produzi-los ou protegê-los. 
E os pesadelos continuam existindo, tornando o sono fisiológico relaxante e confortador em verdadeiros solavancos de terror. 
Existem livros sobre a interpretação dos sonhos que, quando lembrados, são os temidos pesadelos. 
Acho essas interpretações semelhantes ao horóscopo que, como o sonho fisiológico, nunca é lembrado após a sua leitura. 
Permanece impenetrável a compreensão dos fenômenos naturais produzidos pelo nosso organismo. 
Conheço pessoas que têm medo de dormir para não sonhar. 
A verdade é que existem mais mistérios que certezas no nosso viver...

Programação da Feira do Livro de Uruguaiana - 2014.

Data do evento: 30/11 a 07/12/2014
Horário: das 10h às 22h
Local: Praça Barão do Rio Branco
Domingo, dia 30/11
19h – Abertura da Feira do Livro de Uruguaiana;
20h30min – No Teatro Municipal Rosalina Pandolfo Lisboa, com entrada franca, a Secretaria de Estado da Cultura e Grupo Felice, com apoio da Prefeitura Municipal de Uruguaiana, promovem a apresentação da Orquestra da ULBRA & Nenhum de Nós.
Segunda-Feira, dia 1º./12
19h – Abertura, na Biblioteca Pública Municipal Luiz Guilherme do Prado Veppo, da exposição “Nossos Talentos”, com telas dos pintores Dorothea Schneider, Elena Roballo, Hermes Alejandro Arnutti e Leopoldo Nereo Romero Filho;
19h - Ainda, no mesmo local, teremos a Exposição de Fatos, Fotos e Relatos do Carnaval de Uruguaiana, organizada por Luís Carlos Pinheiro, diretor do Jornal Sambapontocom, com apoio do Gabinete Municipal de Promoção a Igualdade Racial, coordenado por Carla Marques, e da Secretaria Municipal de Cultura;
19h30min – Abertura oficial da Feira do Livro, com a presença do Exmo.Sr. Prefeito Municipal de Uruguaiana, Luiz Augusto Schneider; e do patrono da 38ª. Feira do Livro de Uruguaiana, Carlos Omar Villela Gomes;
19h45min – Apresentação da Banda Municipal de Uruguaiana, regida pelo maestro Jediel Gonçalves Fagundes;
20h – Sessão de autógrafo com o Patrono da 38ª. Feira do Livro 2014, poeta Carlos Omar Villela Gomes.
Terça-feira, dia 02/12
15h – Hora do Conto, com a professora Eleonora de Medeiros;
19h – Apresentação do Balé e Escola de Ginástica Lenise Ebre – Luzia, a Gatinha Pretinha;
19h – Sessão de autógrafos da jornalista Simone Lopes, autora do livro Anjos que me deram asas e me ensinaram a voar;
20h – Sessão de autógrafos do escritor Pedro Xavier Duarte, do livro Crônicas D’Um Provinciano;
20h – Sessão de autógrafos de Ricardo Pereira Duarte;
20h - Sessão de autógrafos da UMA – Universidade do Adulto Maior, do Instituto Metodista União;
20h – Sessão de autógrafos de Perícias em Áudios e Imagens Forenses, do advogado Joel Ribeiro Fernandes. 
Quarta-feira, dia 03/12
20h – Sessão de autógrafos, professor Daniel Fanti;
20h - Sessão de autógrafos de Tunico Fagundes;
20h - Sessão de autógrafos de Antônio Augusto Brasil Carús;
20h – Sessão de autógrafos de Gelsa Verdum.
Quinta-feira, dia 04/12
15h – Hora do Conto, com a professora Maria Eugênia Ramos;
19h – Apresentação do Maestro Caco – Antônio Carlos de Lara Souza;
20h – Sessão de autógrafos de Marga Cendón;
20h - Sessão de autógrafos de Silvio Aymone Genro;
20h – Sessão de autógrafos de Leopoldo Nereo Romero Filho;
20h - Sessão de autógrafos de Marcelo Duarte de Carvalho Ribeiro.
Sexta-feira, dia 05/12
19h – Apresentação da Invernada Artística “Os Platinos”, do CTG Patrulha do Oeste;
20h - Sessão de autógrafos de Genaro Alfano;
20h - Sessão de autógrafos de Silvia Caminha, do livro infantil Maria Molhada;
20h – Sessão de autógrafos de Maximiliano Garcia da Rosa, autor de História do Pampa;
20h – Sessão de autógrafos de Colmar Duarte;
Sábado, dia 06/12
19h – Apresentação do Balé Maria Eugênia;
20h - Sessão de autógrafos de Valéria Surreaux;
20h – Sessão de autógrafos de Dagoberto Alvim Clos.
20h – Sessão de autógrafos de Fernando Pereira da Silva Filho.
Domingo, dia 07/12

20h30min – Encerramento oficial da Feira do Livro de Uruguaiana. 

Encontro de Bandas na Concha Acústica - Uruguaiana.

Domingo, dia 30 de novembro, a partir das 17h, na Concha Acústica César Passarinho, no Parque D. Pedro II, acontecerá o 3º. Festival de Bandas Marcial e Fanfarra, em comemoração aos 36 anos da Escola Estadual Senador Salgado Filho, com participação das escolas Ernesto Dorneles, Salgado Filho, Adir Máscia, Dom Bosco, Antônio Moacir Pereira Jacques, Paso de los Libres, Rui Barbosa, Cabo Luiz Quevedo, Romaguera Corrêa, Uruguaiana e Banda Comunitária Maria Daici. O projeto integra o Programa Mais Educação. A organização do evento é liderada pela professora Valéria Saldanha Rieffel, diretora da Escola Estadual Salgado Filho. 

Prefeito Schneider veta projeto – Uruguaiana.

O prefeito Luiz Augusto Schneider vetou o Ato Legislativo 118/2014, que altera a Lei 1370/88, o Código Administrativo de Uruguaiana. A emenda teve como objetivo a restrição de horários para o uso de qualquer aparelho sonoro ou instrumento musical em residências ou entidades religiosas, entre 22h e 7h e durante a vigência do horário de verão, entre 23h e 7h, sob pena de multa. Ao analisar a matéria e após a manifestação de pastores e bispos das várias igrejas existentes em nosso município, o prefeito Schneider optou pelo veto. Sua decisão foi baseada no principio da liberdade de expressão e de exercer qualquer religião. “O projeto cerceia a liberdade de várias religiões, que tem grande participação em nossa sociedade e que auxilia muito em questões fundamentais, como a prevenção ao uso de drogas”, disse Schneider, lembrando que o estado é laico e que todas as crenças precisam ser respeitadas. O assessor Valério Echeverria e vários lideres religiosos estiveram acompanhando a assinatura.

Ipiranga representa Uruguaiana no Campeonato Gaúcho de Várzea.

Representando a Prefeitura de Uruguaiana, no Campeonato Gaúcho de Futebol de Várzea, o Ipiranga, vencedor do Bola Bairros - 2014 enfrentou a equipe do Sindicato, em Alegrete, valendo vaga nas semifinais da competição. Mesmo saindo perdendo a partida, a equipe de Uruguaiana acabou goleando por 4x1, garantindo vaga na próxima fase. Representando o prefeito Luiz Augusto Schneider, o secretário de Esportes, Vicente Majó da Maia, acompanhou a classificação de nossa equipe. Agora, a representação de Uruguaiana jogará a semifinal, em campo neutro, na cidade de Ijuí, no próximo domingo, 30/11, enfrentando a cidade de Panambi. No ano passado, o Ipiranga foi vice-campeão desta competição, que segunda a Fundação de Esporte e Lazer do Rio Grande do Sul (Fudergs), organizadora do evento, é considerada o maior campeonato amador do Estado, já que 450 municípios tiveram representação e mais de 5000 equipes.

28 de nov. de 2014

Feijoada do Carnaval é neste domingo – Uruguaiana.

Acontece neste domingo a quinta edição da Feijoada do Carnaval, evento que já se firma como tradicional, marcando os preparativos para o evento maior, que em 2015 acontece nos dias cinco, seis e sete de março. O evento é realizado pela Comissão Municipal Organizadora do Carnaval, e contará com roda de samba e com a presença de todas as escolas participantes do Carnaval, tendo por objetivo a confraternização. A Feijoada será realizada a partir das 11h, no Tamandaré Iate Clube. Informações pelo 3412-6822.

Califórnia da Canção Nativa em Uruguaiana.

Desde segunda-feira, dia 24 de novembro, os ingressos e permanentes para assistir a 38ª. Califórnia da Canção Nativa do Rio Grande do Sul estão sendo vendidos no Teatro Municipal Rosalina Pandolfo Lisboa.

Exposição de fotos de Theodor Preising - Uruguaiana.

No Centro Cultural Dr. Pedro Marini, em horário comercial, pode ser visitada a “Exposição: Uruguaiana de 1932”, de Theodor Preising. São 21 fotografias da cidade, em preto-e-branco, feitas em 1932. Este acervo foi doado pelo Grupo Ipiranga à cidade e incorporado ao patrimônio municipal. Fotógrafo paisagista alemão, Theodor Preising chegou ao Brasil em 1920 e iniciou seu trabalho no Guarujá (SP), onde comercializava cartões-postais e máquinas fotográficas. Posteriormente, montou seu ateliê na cidade de São Paulo. Produziu vistas de várias cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto (SP), Petrópolis (RJ), Curitiba, Joinville, Salvador e Uruguaiana, entre outras. Naturalizou-se brasileiro em 1941 e morreu aos 79 anos, em 1962. Hoje, seu bisneto e herdeiro Douglas Aptekmann é o responsável pela conservação da sua obra. A ligação da Ipiranga com o município de Uruguaiana data de 1933, época do projeto de criação da empresa, que culminou com a inauguração da Refinaria Ipiranga, em 1937.

Gatão de Meia idade - frases que adoramos ouvir da filha

País em liquidação, por Gabriel Novis Neves

Ando acometido pela terrível sensação de estar vivendo num país que não é mais o meu. 
Os políticos, apesar de eleitos através do voto popular, além de não me representarem, nos envergonham muito - mais que em outros tempos, nesses setenta e nove anos que com eles convivo. 
Sinto-me ultrajado, traído e acabrunhado perante a enormidade de falcatruas feitas à minha volta. 
Os altos impostos, dos maiores do mundo, vampirizam uma população indefesa que a tudo assiste estarrecida, mas totalmente indefesa. 
Ao que parece, denunciar o que vivemos tornou-se uma tarefa inglória. 
Resta-nos o cinismo e a convivência com esse estado de estupefação. 
Pensar que um simples gerente de uma empresa do vulto da Petrobras devolverá 97milhões de dólares através da delação premiada é algo surreal e assustador. 
O que teria então sido surrupiado pela cúpula desta e de outras grandes empresas que representam a nata da economia brasileira? 
Tudo mancomunado com políticos sórdidos que organizam verdadeiros clubes da rapinagem, enquanto nós outros compomos o clube dos falidos. 
Esses escândalos poderão abrir as portas para outros, uma vez que algumas poucas e poderosas empreiteiras têm a capacidade para formar usinas, aeroportos, ferrovias, hidrovias, enfim, tudo de vultoso que se constrói num país. 
Tenho dado nesses tantos anos de vida o melhor de mim e o meu voto de confiança  só a traidores e ladrões? 
Eu e mais tantos quanto eu, vivemos apenas para presenciar a liquidação da pátria amada? 
Patriotismo! Ensinaram-me na escola e, o pior de tudo, eu acreditei. 

Legislativo aprova utilização de imóveis para pagamento de dívidas do município – Uruguaiana.

A proposta do Poder Executivo que visa a quitação de parte da dívida pública utilizando imóveis do município foi aprovada pela Câmara Municipal nesta terça-feira, dia 25/11. O projeto de emenda à Lei Orgânica viabiliza o pagamento a alguns credores históricos do município através do instituto da dação em pagamento com alienação de bens da Administração Pública. Conforme previsto em Lei, quando imóveis, a ação dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependendo de avaliação prévia. A aprovação do projeto pelos vereadores possibilita a iniciativa do Poder Executivo para amenizar a crise financeira exposta pela Administração.

27 de nov. de 2014

Vereadores em Sessão Ordinária em Vertentes – Uruguaiana.

A primeira sessão da Câmara realizada no distrito Olhos D’Água contou com participação de lideranças da comunidade, estudantes, professores e funcionários da Escola de Ensino Fundamental Vertentes. Nesta quinta-feira, dia 27/11, foram apresentadas as reivindicações da localidade com destaque para a necessidade de preservação dos lugares de reserva quilombola e a assistência aos habitantes, assim como as más condições das estradas de acesso e de trânsito. Utilizou o espaço reservado às exposições da comunidade Claudio Oyhenard, frisando a importância do Rincão dos Fernandes e relatando o potencial turístico do distrito, e a professora Zenaide Zenedi Lopes, demonstrando a preocupação com a segurança de alunos e da comunidade que enfrentam diariamente problemas nas vias do local. Na oportunidade de conhecer o trabalho do Poder Legislativo, os estudantes acompanharam a apreciação dos requerimentos e dos projetos da ordem do dia da sessão ordinária, manifestando interesse pelos assuntos tratados e curiosidade pelo trabalho dos vereadores.

Gatão de Meia idade - frases que adoramos ouvir da filha




Desculpa esfarrapada, por Gabriel Novis Neves

É uma desculpa inconsistente. Não possui crédito. Geralmente, quem é vítima dela sente-se extremamente irritado. Isto porque logo se percebe a covardia daquele que se utilizou dela para esconder ou justificar um malfeito. 
No dia a dia são infinitas as desculpas esfarrapadas que se apregoam por aí. Um subterfúgio pouco nobre por parte daqueles que não têm por hábito assumir seus erros. 
Muito comum na política. A mais conhecida por todos nós é a famosa –“não sabia de nada”. 
Há dias assisti estarrecido pela televisão a tentativa de um advogado em querer inocentar seu cliente que foi preso por ter cometido, com agentes públicos e políticos, o saque à Petrobras. 
Disse que no Brasil, por menor que seja o município, se um empreiteiro vencedor da licitação quiser colocar um paralelepípedo, tem de pagar propina ao agente público. 
Do contrário não recebe o valor da obra e sua firma vai à falência. 
Como vivemos numa cultura extremamente hipócrita, em que verdades nunca podem ser ditas, caiu mal o argumento, principalmente partindo de um advogado. 
Típica desculpa esfarrapada para minorar a conivência do seu cliente, uma vez que ninguém é obrigado a aceitar e ganhar dinheiro com atividade ilícita. 
Quem não quiser participar da maracutaia nacional é dada a prerrogativa de não entrar no esquema ou denunciar o crime de lesa pátria aos órgãos competentes para as devidas providências. 
No momento que colabora com a imoralidade está formada a dupla de corruptos e corruptores.
Essa velha história que ouvimos com frequência “que sempre foi assim” merece o repúdio da sociedade, a grande prejudicada. 
Falta coragem e sobra hipocrisia para denunciarmos escândalos que sabemos existir, e achar que é só um problema cultural! 
Na verdade o caso é de polícia para os ladrões do nosso patrimônio. 
Precisamos de uma imprensa mais livre, uma sociedade mais vigilante e líderes independentes. 
É triste saber que hoje existem quadrilhas de agentes públicos mancomunados com empresários dilapidando os nossos bens morais e materiais. 
A corrupção é um mal universal, mas com algumas diferenças. Nações com melhores níveis educacionais punem os seus corruptos. Aqui reina a impunidade. 
O país não suporta mais esse odor fétido dos nossos Palácios. 
Um dia a casa cai, infelizmente para o pior, nos ensina a história. 
Não podemos mais ficar abstêmios a todos esses insultos e ficar aceitando desculpas esfarrapadas. 

Conselho Tutelar em novo endereço - Uruguaiana.

A Prefeitura Municipal de Uruguaiana, informa que o Conselho Tutelar de Uruguaiana já está funcionando em novo endereço, na rua Tiradentes nº. 2801, no andar térreo do Museu Histórico Raul Pont, ao lado do prédio do INSS. Com objetivo de ocupação adequada de prédios, o prefeito Luiz Augusto Schneider determinou a otimização dos espaços públicos, fazendo com que a Prefeitura Municipal deixe de alugar imóveis para abrigar instituições e órgãos municipais. Telefones para contato: 3412-6099 ou 9622-9752. 

Sessões Ordinárias no interior – Uruguaiana.

A atividade de descentralização dos trabalhos do Poder Legislativo encerra em 2014 nas duas próximas sessões ordinárias. A reunião de quinta-feira, dia 27, será realizada na localidade de Olhos D’Água, na Escola de Ensino Fundamental Vertentes a partir das 9h. Na próxima terça-feira, 2 de dezembro, o encontro dos vereadores terá como sede a Escola Municipal Alceu Wamosy, na localidade de João Arregui. A ação possibilita a aproximação do Parlamento com as comunidades do interior do município com o intuito de democratizar as atividades do Legislativo, aproximar a Câmara da população e conhecer as reivindicações da comunidade.

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26 de nov. de 2014

Exposição no Museu Raul Pont: Cartas de Alforria de Uruguaiana

Desde o dia 17 de novembro, o Museu Histórico Raul Vurlod Pont, localizado na rua Tiradentes nº. 2801, apresenta a exposição: Cartas de Alforria de Uruguaiana. Estão expostas 14 fotocópias de cartas de alforria do 1º e 2º Tabelionatos de Uruguaiana, do período de 1848 a 1881. Os originais encontram-se em Porto Alegre, no Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul.

A exposição, inédita, faz parte da programação da Semana Municipal da Consciência Negra de Uruguaiana e dos 200 anos da chegada dos primeiros escravos no espaço geográfico do nosso atual município. Em 1814 chegaram os primeiros escravos para trabalharem nas sesmarias. A maioria deles era nascida no Brasil e comprada em Rio Pardo, Porto Alegre e Rio Grande. A cerca do Juquiri, com 20 Km de extensão, e os quilombos da Palma, da Capela do Ipané e do Rincão dos Fernandes são as principais marcas da escravidão no município de Uruguaiana, que foi uma das cidades pioneiras no Brasil a libertar seus escravos, em 31 de dezembro de 1884. A exposição se estende até sexta-feira, dia 28 de novembro e o horário de visitação é das 8h às 12h e das 14h às 18h. A entrada é franca.

Dívida ativa de munícipes quitadas com precatórios – Uruguaiana.

A Câmara Municipal aprovou o projeto que lei que autoriza o município a compensar inscritos em dívida ativa nesta terça-feira, dia 26/11. A proposta do Poder Executivo é abater os valores de dívidas até o limite de créditos que existam em decorrência de crédito com a Fazenda pública, como é o caso de precatórios pendentes de pagamento pelo Município. A matéria prevê que valores do crédito dos precatórios forem superiores ao do débito, o saldo permanecerá inscrito como precatório pendente de pagamento, sendo proibida qualquer restituição em numerário. Para beneficiar-se da compensação, o interessado deverá protocolar o pedido demonstrando seu crédito, indicando o número do processo judicial que o originou, juntando certidão do Setor de Protocolos do Tribunal competente e a respectiva averbação da escritura pública de cessão de crédito junto ao mesmo Tribunal, bem como os débitos inscritos ou não em dívida ativa, perante a Fazenda Pública Municipal, ajuizado ou não em seu nome ou de terceiros, incidindo a aludida extinção sempre sobre os débitos mais antigos, limitando-se a transação ao valor atualizado dos débitos não prescritos.

25 de nov. de 2014

A poeira baixou, por Gabriel Novis Neves

Nada como o tempo! Só ele nos dá condições de melhor avaliar o passado.
No caso das últimas eleições aconteceu um festival de contradições.
O povo saiu às ruas no ano passado pedindo mudanças no jeito de governar este país, pois, corrupção não é método de governo.
Foi oferecido à população o instrumento para realizar o seu desejo, o voto.
O que verificamos é que nada mudou nestas últimas eleições, em todos os níveis dos cargos disputados.
Interessante é que todos os candidatos do governo e da oposição tinham como proposta central as mudanças políticas necessárias a esta nação.
A impressão que se tinha é que existia apenas um partido, o tão sonhado por muitos de “um Partido Único”.
As fisionomias dos candidatos são nossas velhas conhecidas, prenúncio que os vícios que nos abatem continuarão; tudo em nome da “governabilidade”.
Nunca na história deste país houve uma disputa tão acirrada para o cobiçado cargo de primeiro mandatário.
Figuras detestáveis pela população povoaram os dois cenários.
Resultado: mais de trinta milhões de eleitores simplesmente deixaram de comparecer às urnas. Outros tantos votaram em branco ou anularam o seu voto.
Existe muito a se aprender com esses resultados que dividiram o país. As alianças partidárias amparadas em trinta e nove ministérios merece atenção dos estudiosos.
Nada de conclusões emocionais e afoitas sobre o acontecido, mas, que existe uma nuvem de preocupações no ar, isso existe.
Temos de governar com mais seriedade para os miseráveis, pobres e trabalhadores desta nação.
Sentimos inveja dos agentes públicos de países que foram destruídos pela guerra como o Japão, Coréia do Sul, China e Alemanha e, hoje, são grandes potências econômicas, sociais e morais.
Eles acreditaram e investiram na educação do seu povo para essa transformação de verdade, enquanto que nós refutamos e não aceitamos que essa é a única estrada da mudança diuturnamente lembrada nas ruas.
Oportunidade de ascensão social a todos, restaurando a confiança e dignidade entre governantes e povo.

Gatão de Meia Idade - frases que adoramos ouvir da filha


24 de nov. de 2014

Juventude de Hong Kong, de Gabriel Novis Neves

Há muito não se via no mundo asiático uma manifestação tão grande de jovens clamando por democracia. 
Protestam contra a não possibilidade de eleger seus próprios representantes. Estes são determinados pela China, país do qual há pouco tempo se libertaram, parcialmente. 
Aliás, eles nunca conheceram a democracia, já que, anteriormente  à China, eram colonizados pela Inglaterra. 
É um povo extremamente organizado. Possui uma tecnologia moderna de comunicação e, através de seus celulares, tem se mostrado obstinado na conquista de seus objetivos, até então pacíficos. 
A bela cidade de Hong Kong, muito semelhante em beleza ao Rio de Janeiro, tem mantido há mais de uma semana suas praças lotadas por jovens que, empunhando guarda-chuvas pretendem mudar o destino político de seus habitantes. 
Os guarda-chuvas, além de proteção contra as intempéries, é uma metáfora em relação aos escudos policiais. Por essa razão, o movimento já está sendo chamado de “revolução dos guarda-chuvas”. 
O que se espera é que nessa grande mobilização pacífica da juventude não ocorra as lastimáveis cenas de truculência policial vistas há alguns anos na Praça Celestial de Pequim, por motivos semelhantes. 
Apesar do aumento da violência mundial resta-nos torcer para que dessa vez a razão vença a barbárie. 
Focos de guerra se espalham por todo o planeta colocando em risco o destino de uma humanidade atônita que, em sua maioria,  apenas deseja paz. 

23 de nov. de 2014

Gatão de Meia Idade - antigamente...


Pluct, Plact, catch and go - por Valéria del Cueto

"Decência e moralidade asfixiadas: Overdose de ladroagem explícita sem medida virou mal feito na linguagem esdrúxula de quem devia cuidar do galinheiro"
Copa 141119 013 arco-iris praia mangueira areia vertical
Texto e foto de Valéria del Cueto. 
Pluct, Plact, o ser de outra galáxia, anda muito preocupado. Até mesmo sem saber o que fazer para provar para a cronista ensandecida ainda guardadinha do outro lado do túnel que, sim, está de posse e dominando todos os seus incríveis poderes! Todos, menos o que lhe permite sair de vez do hospício Terra, já que segue sem força propulsora para dar um tóin em direção ao espaço sideral, deixando para trás a atmosfera gravitacional abafada, ressecada e desconexa que o aprisiona.
*O ensaio fotográfico completo está acoplado a vagabinha "Iris do arco-mangueira"
**Valéria del Cueto é jornalista, fotógrafa e gestora de carnaval. Essa crônica faz parte da série “Fábulas fabulosas”, do SEM   FIM... delcueto.wordpress.com
ILUSTRADO TER A A S BADO     NOVEMBRO  2009

Gatão de Meia Idade - antigamente...

22 de nov. de 2014

Manoel de Barros, por Gabriel Novis Neves

 
Após bem cumprir o seu ciclo vital na Terra, viajou para outros planos o poeta cuiabano Manoel de Barros. 
Sua obra foi destaque na grande mídia durante dias, e o momento é para refletirmos sobre o nosso papel aqui no planeta. 
No mundo capitalista e consumista, onde o importante é o ter, e não o ser, os versos do poeta pantaneiro nos despertam para o valor das “insignificâncias” do mundo e das nossas. 
Demonstrou na literatura como é vital valorizar as “insignificâncias” que temos e não percebemos - principalmente as belezas e riquezas naturais. 
As pedras do riacho, as borboletas, os insetos, o silêncio, o meio-ambiente, a vida animal. 
Fez opção pela vida no campo, embora fosse possuidor de formação universitária no Rio de Janeiro, onde cursou a Faculdade de Direito e morou por alguns anos. 
Também conhecia o mundo, tendo feito várias viagens internacionais, como para a cidade de Nova York nos Estados Unidos da América do Norte. 
Decidiu aos treze anos o que gostaria de ser quando crescesse. E escreveu em carta ao seu pai: - um fazedor de frases.
Nascia nesse momento o poeta das “coisas insignificantes” que encantou o mundo com a sua simplicidade. 
A tecnologia não o escravizou, escrevia os seus versos a lápis com borracha ao lado em pequenos cadernos escolares. 
Brincava dizendo que sua inspiração vinha da ponta do lápis. Disciplinado, sempre acreditou no esforço para agrupar palavras que terminavam em versos. 
Talvez tenha sido o último poeta que “só usou a palavra para compor seus silêncios”. 
Suas lições são legados de um sábio que, sabendo da sua importância, nunca abandonou a “vadiagem inspiradora do seu pantanal”.

Gatão de Meia Idade - antigamente...

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21 de nov. de 2014

Amarras, por Gabriel Novis Neves


Aprendemos em psicologia que temos amarras emocionais que nos causam sofrimentos e que essas são muito difíceis de serem desfeitas, mas não impossível. 
Elas estão guardadas dentro de nós. No entendimento de Eduardo Galeano, “em silêncio parecido com estupidez”. 
Voltaire diz que é difícil libertar os tolos das amarras que eles veneram. 
Não creio que conscientemente alguém deseje ficar submisso a certos condicionamentos arcaicos que a sociedade nos obriga a absorver. Somos tão limitados em nossos quereres! 
O caminho para quem tem noção dessa patologia é procurar apoio de psiquiatras, analistas, psicólogos. 
Amigos e religiões apenas corroboram essas amarras. Eles não têm o poder de nos ajudar a anular os efeitos nocivos daqueles condicionamentos. 
Essas forças poderosas e resistentes estão soldadas nos pilares da nossa formação cultural e educacional. 
Rompê-las é como implodir um edifício de muitos andares em região nobre de uma cidade. 
Viver com elas é insuportável! As amarras emocionais só poderão ser desfeitas através da nossa participação ativa. 
O primeiro passo, com certeza, é perceber e reconhecer a origem do nosso desequilíbrio interior. A seguir, a aceitação da descoberta, fato determinante para que possamos iniciar a transformação daqueles sentimentos que estão desalinhados.
Mergulhar dentro de nós sem condescendência, mas, ao mesmo tempo, sem pressa, para que a nossa metamorfose seja progressiva, sem traumas. 
“Se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses, não haverá borboletas”, palavras do saudoso Rubem Alves. 
É essencial para o nosso bem-estar definitivo reformular certas crenças, desatar as amarras que represam as nossas energias emocionais que, depois de liberadas, devem ser transformadas. 
Enfim, devemos nos amar de verdade. 
Sem o restabelecimento deste sentimento só nos resta a escuridão do sofrimento e da incompreensão.

20 de nov. de 2014

Vereadores em Sessão Ordinária em Vertentes – Uruguaiana.


A primeira sessão da Câmara realizada no distrito Olhos D’Água contou com participação de lideranças da comunidade, estudantes, professores e funcionários da Escola de Ensino Fundamental Vertentes. Nesta quinta-feira, dia 27/11, foram apresentadas as reivindicações da localidade com destaque para a necessidade de preservação dos lugares de reserva quilombola e a assistência aos habitantes, assim como as más condições das estradas de acesso e de trânsito. Utilizou o espaço reservado às exposições da comunidade Claudio Oyhenard, frisando a importância do Rincão dos Fernandes e relatando o potencial turístico do distrito, e a professora Zenaide Zenedi Lopes, demonstrando a preocupação com a segurança de alunos e da comunidade que enfrentam diariamente problemas nas vias do local. Na oportunidade de conhecer o trabalho do Poder Legislativo, os estudantes acompanharam a apreciação dos requerimentos e dos projetos da ordem do dia da sessão ordinária, manifestando interesse pelos assuntos tratados e curiosidade pelo trabalho dos vereadores.

Gatão de Meia Idade - antigamente...

Podridão política , por Gabriel Novis Neves

Enquanto as pesquisas internacionais científicas e espaciais conseguem chegar a um cometa através de um robô, nós aqui na terrinha mergulhamos sem rede de proteção num mundo real de podridão política extrema. 
Segundo literatura recente, os pródromos políticos que redundaram no suicídio de Getúlio Vargas, foram considerados o “mar de lama” da história política brasileira. 
Atualmente, diante de nossos olhos, escancara-se, sem pudor, o maior acinte a que foi submetida a República - quando do assalto alarmante da maior empresa do país e uma das maiores do mundo, a Petrobrás. 
Os bilhões desviados, com a aquiescência de políticos e altos empresários, na proporção em que aconteceu, é quase uma obra de ficção tal a sua magnitude. 
Seus protagonistas exibem rostos tranquilos, coerentes com perspectiva de punições brandas ou nulas. 
Os suicídios frequentes em outros países, que ainda preservam valores como honestidade e honra, não pertencem ao nosso ausente código de moral ilibada. 
Que quadrilha é essa que não mais assalta pessoas, casas, bancos, mas sim, um país da dimensão do nosso? 
Quantas autoridades foram necessárias para corromper e maquiar durante tantos anos o balanço da nossa outrora “menina dos olhos” da qual tanto nos orgulhava aos gritos de “o petróleo é nosso”? 
Realmente, como combater a violência das ruas se não sabemos coibir a violência das autoridades constituídas que nos envergonham e nos humilham perante o mundo? 
Nesse momento trágico sinto-me envergonhado de ter nascido num país que trancafia seus pequenos transgressores famintos em masmorras infectas e desumanas e que, simultaneamente, acoberta um dos mais altos índices de corrupção do planeta. 
Fico pasmo ao constatar os enriquecimentos súbitos, vultosos, apenas com a proximidade dos poderes estabelecidos. 
Estamos fartos de saber que todos os esquemas políticos, sejam eles de direita, de centro ou de esquerda, estão vinculados a falcatruas a nível mundial, mas o que está acontecendo no Brasil foge a qualquer tipo de dimensão. 
As migalhas jogadas a título de esmolas nada mais fazem do que aumentar esse desnivelamento social. 
As notícias do dia vinculadas pelas diversas mídias e, anteriormente, preocupação com o mundo que nos cerca, agora se assemelham a uma ingestão venenosa, tamanha a dificuldade com que conseguimos metabolizá-las. 
Pobre rico país! 

19 de nov. de 2014

Gatão de Meia Idade - antigamente...




The Day After, por Gabriel Novis Neves


Após o segundo turno de uma tumultuada eleição presidencial, começa a se configurar a dificuldade de governar para todos os brasileiros, e não somente para um terço dos brasileiros vitoriosos. 
Afinal, separando os 32% de votos nulos e abstenções daqueles que não se viam representados por nenhum dos candidatos, o terço  vencedor votou em função das prerrogativas sociais auferidas durante os doze anos do governo anterior. 
Era de se esperar que pessoas com baixa ou nenhuma escolaridade e detentoras de benefícios sociais de vulto, como Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida e o Mais Médicos, optassem pela  continuação desse sistema governamental.  
Até aí, nenhuma surpresa num país com imensos bolsões de pobreza. 
A rigor, nenhum dos candidatos apresentava um plano efetivo de mudanças, limitando-se, em sua maioria, a trocar ofensas entre si. 
A grande diferença seria na condução da política econômica, o que, na verdade, poderia trazer um pouco mais de credibilidade  ao país, já que o modelo atual  não vem tendo o resultado esperado. 
Diante dos discursos vagos sobre mudanças, sem realmente condições palpáveis para fazê-las, uma vez que, pelo menos,  um terço do novo Congresso eleito se apresenta sob suspeita judicial, resta-nos a desesperança de novos avanços em prol da população - as chamadas reformas de base, há anos postergadas por todos os governos. 
O governo eleito, cônscio da sua fragilidade, limita-se apenas a acenar com grandes mudanças sem, no entanto, dizer como fazê-las. 
Diante das inúmeras denuncias de corrupção a serem confirmadas  por delação premiada de alguns réus, resta-nos torcer para que os culpados sejam punidos e que possa ocorrer, ao menos, algum tipo de governabilidade. 
Todos os governantes sabem que enquanto estiver razoavelmente satisfeita a carneirada, nenhum tipo de ameaça os afligirá. 
Os mais abastados estão sempre muito bem em qualquer tipo de sistema, sempre com seus jatinhos prontos ao menor sinal de qualquer turbulência no país. 
Já a classe média, assoberbada pelos altos impostos e por alto grau de inadimplência, é o bode expiatório de todos os desacertos e incompetência  de governos equivocados. 
Quando ela vai às ruas em manifestações pacíficas, como aconteceu em junho de 2013, logo é contida pela truculência policial e por arruaceiros a mando de não se sabe quem. 
Imediatamente é sufocada, e seus anseios ficam pertencendo à história. 
Dessa forma, abandonada e desencantada, incapaz de cumprir com os seus compromissos, segue desarvorada e pasma à espera de novos horizontes. 
Nesse “Day After”, e justo nesse momento em que o governo deve estar atento a este estado de coisas, clamamos por um pouco de bom senso para que o país possa ser tirado dessa apatia generalizada. 
A esperança é o que move as pessoas e sem ela dificilmente sairemos desse atoleiro em que nos encontramos, na rabada do desenvolvimento e do crescimento entre as nações do mundo. 

17 de nov. de 2014

Inveja, por Gabriel Novis Neves


Inveja 
Oscar Wilde dizia que “pouca sinceridade é uma coisa perigosa, e muita sinceridade é absolutamente fatal”. 
Quanta sabedoria nesta curta frase sobre o comportamento humano. 
Se vivêssemos em uma sociedade onde a hipocrisia não existisse, talvez Wilde estivesse equivocado. 
Entretanto, vivemos cercados de ódios e invejas dos medíocres, onde não prospera a sinceridade. 
Todos os segmentos sociais estão contaminados pela desconstrução das pessoas. 
Vivemos entre maldades, onde o sucesso alheio não é permitido. 
No reino animal não prolifera nem a inveja nem o ódio, componentes do perfil do comportamento humano. 
Nem todos desenvolvem essa patologia, que tem como premissa não perdoar os que vencem por mérito. 
Ouvi estarrecido o depoimento de um jovem médico que vem se destacando em sua especialidade “tomando” clientes dos seus colegas. 
Confessou-me, constrangido, sofrer “bullying” de alguns colegas invejosos por ter confessado que iria realizar um procedimento em um cliente de grande visibilidade na área médica e social. 
Por motivo fútil, sabendo que esse atendimento lhe serviria de referencial positivo, tentaram investir sobre a vaidade profissional do jovem colega, imune a esse tipo de sentimento. 
Agressivos e antiéticos propuseram a não realização pelo colega do procedimento necessitado pelo idoso paciente. 
Pasmem! Esse tipo de comportamento existe na chamada “elite médica”. 
O funqueiro tem razão quando canta nas favelas e salões deste meu país, que “está tudo dominado”. 
Se a tal elite se comporta com ódio e inveja, menosprezando os mandamentos de Hipócrates para prejudicar a projeção maior de um jovem colega, imagine o crime ético cometido contra o paciente. 
“A inveja é um jogo em que o importante não é o que se ganha, mas o que o outro perde”. Zuenir Ventura. 
O anônimo afirma que “nem todo medíocre é invejoso, mas todo invejoso é medíocre”.

16 de nov. de 2014

Gatão de Meia Idade - antigamente...

Fantástico, por Gabriel Novis Neves


Fantástico 
O Brasil é um país simplesmente fantástico! 
O perdedor das últimas eleições presidenciais é reverenciado pela maioria do povo e permite ser tratado de Presidente. 
A vencedora nas urnas vive o papel de refém da sua vitória, acuada e pressionada por correligionários e adversários políticos. 
O programa de governo do candidato derrotado, demonizado durante a acirrada campanha eleitoral onde tudo era válido, está sendo executado pela vencedora da continuidade. 
O poder tem as suas próprias aferições. 
Notei que o prestígio de um político, especialmente da oposição, é medido pelo tempo que diz ter falado com a reeleita pelo telefone. Não sabemos quem telefonou e muito menos o assunto. 
A verdade, além das fofocas inevitáveis neste período, é que os dados oficiais do governo estão demonstrando índices assustadores. 
Juros altos, inflação sem controle por birra do próprio governo em não cortar gastos supérfluos como o de cartões corporativos e viagens inúteis, aumento da taxa de desempregos na indústria, desequilíbrio da balança comercial onde importamos mais e exportamos menos. 
As contas dos Municípios, dos Estados e da própria União não fecham, sendo empregados artifícios contábeis para essa tarefa. 
Salários para a maioria da população estão achatados, contrapondo aos robustos e generosos para certas categorias de intocáveis e superiores funcionários públicos. 
Os estarrecedores escândalos, como o da Petrobras, simplesmente inacreditáveis, são considerados aceitáveis pelos responsáveis com fisionomia de paisagem. 
Ministros, como o da Cultura, começam a abandonar o barco do poder, atirando na política econômica da Presidente. 
Diante deste cenário de terror, logo estaremos comemorando os festejos de mais um ano que finda sem deixar legado de avanços na nossa qualidade de vida. 
A expectativa para o próximo ano é de grandes turbulências sociais e econômicas. 
Estamos muito mal de vizinhança e isolados do mundo desenvolvido. 
Para completar a nossa tristeza, o Luverdense não conseguiu chegar à elite do futebol brasileiro, e ninguém sabe o que fazer com a Arena Pantanal e as obras inacabadas. 
No final tudo se acerta, dizem os experientes em futurologia. 
Continuamos na contramão do tão sonhado desenvolvimento econômico e da justiça social.