Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: 07/11/15

11 de jul. de 2015

Somente só, por Valéria del Cueto

Precisava muito ficar sozinho. Tão só que dispensava até o consigo mesmo. Já era gente demais!
Isso só podia ser um sintoma de que estava virando humano. E como tal sofrendo de todos os seus males. Devia ser  consequência da exposição prolongada a atmosfera terrestre.
É claro que não prevista antes de começar a viagem. Quem poderia imaginar que um mero pulo em falso pudesse deixa-lo preso nessa “terra abençoada por Deus”?
Não, não se referia ao Patropi. Mas ao planeta como um todo. O Brasil foi apenas uma questão de sorte.

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*Valéria del Cueto é jornalista, fotógrafa e gestora de carnaval. Essa crônica faz parte da série “Fábulas Fabulosas” do SEM   FIM...  delcueto.wordpress.com
E3- ILUSTRADO - SABADO 11-07-2015
Edição Enock Cavalcanti
Diagramação Nei Ferraz Melo

Protocolo de intenções, por Gabriel Novis Neves

Protocolo de intenções 
Quando não se tem certeza que um objetivo será alcançado costumamos assinar um documento fantasia chamado “Protocolo de Intenções”.
Todos os agentes públicos onde essa prática é mais utilizada conhecem muito bem o que isso significa em termos pragmáticos, quando centenas deles são festivamente celebrados, muitas vezes para aliviar uma pressão política e social existente. 
Com o passar do tempo tudo é esquecido e nada concretizado. 
Recentemente, uma delegação chinesa esteve no Brasil, quando foram assinados dezenas desses protocolos com o governo federal e alguns estaduais. 
A propaganda oficial passou à população a falsa imagem que os trilhardários orientais chegaram com malas de dinheiro para investimentos no nosso país. 
Áreas prioritárias seriam atendidas, como construções e pavimentações de estratégicas estradas ao escoamento dos nossos produtos. 
Ferrovias transoceânicas, pontes, aeroportos e portos, além da compra de centenas de jatos da Embraer e ações das nossas principais estatais, como da fragilizada Petrobras. 
Bilhões de dólares seriam despejados em nosso território, em momento de grave crise econômica com PIB em queda, desemprego na indústria, recessão em todos os setores das nossas atividades produtivas, com repercussões sociais insuportáveis.
Greves por melhores condições de trabalho e salários nos serviços essenciais como educação, saúde, segurança, transportes, pipocam em toda a nação, exigindo soluções imediatas e corretas. 
A falta de credibilidade dos nossos governantes atingiu patamares impensáveis, e a ausência de transparência nas suas ações sonegou da nossa gente a informação de que esses recursos dos projetos orientais serão financiados pelo nosso banco de desenvolvimento (BNDES) a juros subsidiados. 
Um negócio da China para os chineses, cuja moeda forte só terá vantagens sobre o nosso dinheiro podre. 
Projetos serão elaborados, aprovados e, finalmente, o momento crucial da liberação dos recursos. 
Quando isso acontecerá, se acontecer, ninguém sabe informar, pois vivemos no país onde ninguém sabe de nada. 
Até quando iremos fazer esse tipo de administração de inventar soluções rápidas em tempo de crise financeira?