Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: 07/08/12

8 de jul. de 2012

Vasco Prado será nome de Escola em Uruguaiana.



Após aprovação pela Câmara Municipal, foi publicada a Lei nº. 4.109 de 25 de junho de 2012, por meio de projeto da então vereadora Josefina Soares, denominando de Vasco Prado a Escola Municipal de Educação Infantil localizada na avenida Marechal Setembrino de Carvalho nº. 306,  no Município de Uruguaiana. O referido projeto foi protocolado em 23/04/2012.
Vasco Prado Gomes da Silva nasceu em Uruguaiana, no dia 16 de abril de 1914, e faleceu, aos 84 anos de idade, em Porto Alegre, no dia 9 de dezembro de 1998. Foi um escultor, gravador, ilustrador, desenhista e professor reconhecido por sua arte e talento. Filho de pai militar, morou com a família em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, antes de voltar ao Rio Grande do Sul, aos 14 anos de idade. Estudou no Colégio Militar de Porto Alegre, onde concluiu o curso em 1936. Em 1940, estudou na Escola de Belas Artes de Porto Alegre e, iniciou pesquisas em escultura como autodidata. Em 1941, constrói seu primeiro ateliê e é assistido pelo pintor Oscar Boeira (1883 - 1943). Estuda em Paris, entre 1947 e 1948, como bolsista do governo francês. É aluno de Fernand Léger (1881 - 1955) e frequenta o ateliê de gravura da Escola Nacional Superior de Belas Artes. Em Paris, entra em contato com o artista mexicano Leopoldo Mendez (1902 - 1968). Retorna ao Brasil em 1949, e, no ano seguinte, funda o Clube de Gravura de Porto Alegre, com Carlos Scliar (1920-2001), Danúbio Gonçalves, Glênio Bianchetti e Glauco Rodrigues, que foi um dos marcos na história da arte gaúcha, realizando uma obra de cunho social, e em especial enfocando a temática regionalista do gaúcho em sua vida no campo.
Lecionou escultura no Ateliê Livre da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, em 1966. Entre 1968 e 1969 foi convidado pelos governos da Alemanha, Polônia, Espanha e Portugal para realizar estágios e exposições. Ganhou o concurso para o Monumento a Villa-Lobos, em Porto Alegre no ano de 1962. É autor do mural da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul concluído em 1972. Participou da Bienal Internacional de São Paulo de 1967 e de várias edições do Panorama de Arte Brasileira do Museu de Arte Moderna de São Paulo. Em 1991 ilustrou com suas gravuras a edição especial do "Negrinho do Pastoreio" de Simões Lopes Neto. Integrou a equipe de direção do Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli - Margs, entre 1987 e 1991. Cidadão do mundo, Vasco Prado deixou esculturas e murais em praças e edifícios da Alemanha, Argentina, Brasil, Estados Unidos, França, Japão, Polônia e Uruguai. Em 1994, é realizada a retrospectiva Vasco Prado, 80 Anos, na Usina do Gasômetro, em Porto Alegre. Sua residência em Porto Alegre é transformada em memorial, em 2000, com a finalidade de preservar documentos, objetos pessoais e obras do artista. São publicados livros sobre sua produção, em 1984, pelo Margs, e em 2001, pela editora Animae.
Esta homenagem ao renomado artista plástico justifica-se pela sua atuação no mundo das artes e sua contribuição cultural ao Brasil. Em Uruguaiana, não existia nenhum logradouro público com o nome deste importante artista brasileiro que sempre fez questão de dizer quer era nascido em Uruguaiana. Em 2014, teremos as comemorações dos 100 anos de nascimento de Vasco Prado e sua cidade natal teve a feliz ideia e oportunidade de eternizar seu nome em um educandário.

Vereadores rejeitam Leonel Brizola - Uruguaiana.




                       Na sessão ordinária de terça-feira, dia 26 de junho de 2012, a Câmara Municipal de Uruguaiana rejeitou o projeto-de-lei da então vereadora Josefina Soares que denominava Leonel de Moura Brizola a Escola Municipal de Educação Infantil, que está sendo construída na antiga Gavel, na avenida Presidente Vargas nº. 4400, esquina rua professor Luiz Antônio Lopes. O projeto foi derrotado pela bancada do PSDB, quando votaram contra os vereadores Neraí Kaufmann, Rafael Alves, Rogério de Moraes e Valério Echeverria. Os vereadores Fernando Tarragó e Ronnie Mello se ausentaram do plenário. Os vereadores Francisco – Kiko – Barbará e Luiz Gilberto Risso não estavam na sessão. Com a ausência do presidente Kiko, o parlamentar José Clemente assumiu a presidência dos trabalhos. Na condição de presidente, o vereador Clemente Corrêa só votaria em caso de empate. Votaram a favor do projeto que homenagearia o ilustre político gaúcho, apenas os vereadores Adalberto Silva e Mauro Brum. Com o resultado da votação, o projeto foi arquivado e somente poderá ser reapresentado no próximo ano.
O engenheiro gaúcho Leonel de Moura Brizola foi o único brasileiro que foi escolhido pelo voto popular para governar dois estados da federação: o Rio Grande do Sul (1959-1963) e, por dois mandatos (1983-1987 e 1991-1994, o Rio de Janeiro, e que fez da educação sua maior luta na vida pública. Ainda, implantou as escolas de dois turnos, os CIEPs, destinados às crianças carentes. Leonel de Moura Brizola nasceu em Carazinho, em 22 de janeiro de 1922, e faleceu na cidade do Rio de Janeiro, 21 de junho de 2004. Lançado na vida pública por Getúlio Vargas, foi o único político eleito pelo povo para governar dois estados diferentes (Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro) em toda a História do Brasil. Exerceu também a presidência de honra da Internacional Socialista.
                       Nascido no vilarejo de Cruzinha, hoje interior de Carazinho, então pertencente ao município de Passo Fundo, era filho de camponeses migrados de Sorocaba. Batizado como Itagiba de Moura Brizola, cedo adotou o nome de um líder maragato da Revolução de 1923, Leonel Rocha. Foi prefeito de Porto Alegre, deputado estadual e governador do Rio Grande do Sul, deputado  federal pelo Rio Grande do Sul e pelo extinto estado da Guanabara, e duas vezes governador do Rio de Janeiro. Sua influência política no Brasil durou aproximadamente cinquenta anos, inclusive enquanto exilado pelo Golpe de 1964, contra o qual foi um dos líderes da resistência. Por duas vezes foi candidato a presidente do Brasil pelo PDT, partido que fundou em 1980, não conseguindo ser eleito. Morreu aos 82 anos de idade, vitimado por problemas cardíacos. Ingressou na política partidária no antigo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), na condição de um dos fundadores, junto com quadros como José Vecchio e outros quadros oriundos do Movimento Queremista. De imediato, Brizola, junto com Fernando Ferrari, Sereno Chaise e Ney Ortiz Borges, fundaria a primeira agremiação juvenil do PTB, a Ala Moça. Leonel Brizola seria o primeiro presidente da Ala Moça. Suas atividades na construção de núcleos da Ala Moça e de diretórios municipais do PTB no interior do Rio Grande do Sul renderia a sua primeira candidatura a cargo eletivo, com o apoio dos próprios jovens trabalhistas da Ala Moça e com a recomendação pessoal de Getúlio Vargas – seu padrinho de casamento. Foi eleito deputado estadual às 38ª e 39ª Legislaturas da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, de 1947 a 1955.
                        Casado com Neusa Goulart, irmã do ex-presidente João Goulart, com ela teve 3 filhos: Neusa, José Vicente e Otávio. Exerceu considerável influência política durante o mandato de seu cunhado. Alguns historiadores citam que Brizola, por muito tempo, pressionava Goulart para ser nomeado Ministro da Fazenda, e que suas pretensões eleitorais para com uma Reforma Agrária. Pesquisas eleitorais visando o não realizado pleito presidencial de 1965 apontavam Brizolacomo um dos 3 candidatos com reais chances de vitória, ao lado de Juscelino Kubitschek e Carlos Lacerda, os dois primeiros não agradando nem aos Estados Unidos da América nem às oligarquias brasileiras. Brizola era governador do Rio Grande do Sul quando da renúncia do presidente Jânio Quadros, em agosto de 1961. Foi ele quem comandou a resistência civil às pretensões golpistas dos militares e segmentos conservadores e oligárquicos da classe política de impedir a posse do vice-presidente constitucionalmente reeleito, pelo voto legítimo popular, João Goulart, ocasião em que corajosamente deflagrou a chamada "Campanha da Legalidade". Em 1962 Brizola se elege deputado federal pelo extinto estado da Guanabara pela sigla do PTB. Recebeu a maior votação no país até aquela data, com um total de 269 mil votos. Este é um breve currículo do governador Leonel Brizola.


Gatão de Meia Idade - mais coisas que quase