Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: 06/22/15

22 de jun. de 2015

Crise nas maternidades, por Gabriel Novis Neves

Crise nas maternidades
O jornal do Conselho Federal de Medicina em sua última publicação mostrou dados alarmantes com relação ao funcionamento das maternidades brasileiras.
“A baixa remuneração paga pelo Sistema Único de Saúde (SUS) pela saúde suplementar tem levado os hospitais a fecharem as suas maternidades, causando desconforto para parturientes e médicos”.
O levantamento mostra que de julho de 2010 a julho de 2014 foram fechados três mil e quinhentos leitos no país - a maioria em hospitais particulares ou filantrópicos conveniados com o SUS.
Segundo o CFM, fecharam nos últimos anos as maternidades São Camilo (SP), Barra D`Or (RJ) e Vita (PR), todas particulares.
A má remuneração, inclusive de hospitais, é uma das causas do fechamento dos leitos.
A situação atual é desumana para médicos e parturientes.
Enquanto isso, nossos dirigentes têm uma visão totalmente distorcida e autoritária sobre o problema.
Certa ocasião, diante de uma greve geral de médicos reivindicando melhores condições de trabalho e salário, o então governador do Ceará, Ciro Gomes, disse aos líderes do movimento não estar preocupado com a demissão em massa dos profissionais de saúde, pois, médico é igual a sal: “branquinho, tem por toda a parte e é barato”.
Recentemente, conversando com uma autoridade deste Estado sobre a dificuldade do serviço público atrair bons profissionais em medicina, este me respondeu que médico existe em excesso e é uma profissão em decadência, podendo ser contratado por salários irrisórios. 
A verdade é que as maternidades continuam fechando ou diminuindo o número de seus leitos. O poder público não prioriza o investimento em saúde. Ficamos, portanto, numa situação difícil!
O grande prejudicado, como sempre, é a população pobre, que fica jogada e morrendo pelos corredores dos poucos hospitais públicos ou conveniados com o SUS.
A rede privada está exaurida!
O melhor é ter o plano de saúde dos privilegiados do poder, que conseguem ser atendidos nos melhores hospitais do Brasil e do exterior bancados com os impostos pagos pela nossa sofrida população.
Haja injustiça social!

Reforma política, por Gabriel Novis Neves


Reforma política 
Perguntaram ao Presidente Obama quando os Estados Unidos da América do Norte levantariam o embargue econômico a Cuba já que agora o país caribenho é amigo. 
Ele respondeu, diplomaticamente, que tal fato histórico só será possível quando os democratas tiverem maioria no Congresso Americano. 
Assim funciona a política em países democráticos do primeiro mundo. Existe uma ideologia partidária que é respeitada. 
Aqui na terrinha todo inicio de governo fala-se e muito na necessidade de uma profunda reforma política para o Brasil se desenvolver. 
Mensagens são encaminhadas ao Congresso Nacional e todos os seus membros são fanáticos defensores da tão esperada reforma. 
Na hora da votação secreta predomina o espírito conservador e fica tudo como antes e, às vezes, até pior.  
Interessante a incoerência dos nossos partidos nessas ocasiões. 
Muda-se de posição com a maior naturalidade, dando margens para que o eleitor mais atento pense que votações no Congresso tem sempre um preço. 
O que antes era uma contribuição à modernização e ao desenvolvimento do país, agora é atraso. 
Em compensação, aqueles que antigamente eram contrários a tais medidas por serem maléficas ao nosso país, agora são os seus mais ferrenhos defensores. 
O resultado é que continuamos com o modelo político “toma-lá-dá-cá”. Devotos ferrenhos de São Francisco confessam que é dando que se recebe. 
Como quem tem a chave do Tesouro é o governo, este faz e desfaz das nossas frágeis e promíscuas instituições. 
Temos de cuidar com urgência do nosso futuro como nação desenvolvida e competitiva. 
Precisamos reformar a mentalidade de muitos de nossos políticos, que só enxergam os seus umbigos e ignoram os grandes interesses nacionais.