Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: abril 2019

28 de abr. de 2019

Para comemorar os 91 anos da Mangueira fotos inéditas do desfile das Campeãs 2019


Texto, vídeos e fotos de Valéria del Cueto

A vencedora do carnaval 2019 fechou o desfile do Sábado das Campeãs. A verde e rosa foi a sexta escola a desfilar no Sambódromo da Marquês de Sapucaí, a Passarela do Samba Darcy Ribeiro, no dia 09 de março de 2019.

O desfile da Mangueira foi a coroação de um ano de muitos percalços e de união para o desenvolvimento do enredo do carnavalesco Leandro Vieira, " Histórias pra ninar gente grande".

A Mangueira armou do lado do Balança-mas-não-cai, assim como a Viradouro, vice-campeã, o que apertou a organização da escola. Explica-se. As duas agremiações estavam posicionadas do mesmo lado da Presidente Vargas no desfile oficial e a previsão é que nas Campeãs esse posicionamento seja mantido.

Mais uma vez, os registros começam na concentração antes da apresentação da Viradouro. Desde a chegada dos coordenadores da bateria, até a preparação dos instrumentos, a distribuição das peças depois do ritual dos ritmistas "vestindo a fantasia" da primeira ala.

O resto é imagem, uma celebração mais descontraída do que a do defile que deu o campeonato à Mangueira, postado aqui.

É claro que essa segunda passada pela pista deu a chance de procurar novos atrativos visuais e sublinhar os detalhes da comemoração, como as faixas e mensagens que apareceram no decorrer da apresentação.

Com dois diferenciais. O primeiro foi a ausência do governador Wilson Witzel em frente ao camarote oficial do Estado do Rio de Janeiro (claro que tentei repetir o registro do encontro) para cumprimentar a escola campeã do carnaval. A segunda novidade é que consegui chegar até a torre e fazer algumas fotos daquele ponto do início da escola e da verde e rosa ocupando toda a Marquês de Sapucaí.

De lá voltei ao segundo recuo de bateria e acompanhei a emoção de fechar, junto com os ritmistas, o desfile já na madrugada de domingo.

Clique AQUI para acessar o ensaio fotográfico Mangueira desfile das Campeãs carnaval 2019

https://www.flickr.com/photos/delcueto/albums/72157706771066561
Ensaio fotográfico e registros no canal del Cueto, no youtube de (C)2019 Valéria del Cueto, all rights reserved @no_rumo do Sem Fim… delcueto.wordpress.com @delcueto para CarnevaleRio.com



Agradecimentos a Mestre Wesley, sua diretoria, os ritmistas da Bateria e os componentes da Gres Estação Primeira de Mangueira pelo carinho e o apoio ao trabalho.

O grupo Gres Estação Primeira de Mangueira, no FLICKR é o acesso para a coleção de registros da verde e rosa da fotógrafa. Curta nossa página no Facebook e faça sua inscrição no Canal del Cueto no Youtube, desde 2008 registrando momentos do carnaval carioca.

Quer ver o que tem por lá? Dá play. Agora são… 59 vídeos da verde e rosa. Passeie por essa história...



Aqui tem mais pra você:

“No rumo do Sem Fim” você encontra o conteúdo produzido por Valéria del Cueto e também links para objetos e desejos produzidos no Studio@delcueto!

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24 de abr. de 2019

Tartarugas no Caminho, por Valéria del Cueto

Tartarugas no Caminho

Texto, vídeos e fotos de Valéria del Cueto

Não sou a única que respira melhor na Ponta. Outro dia tartarugas escolheram, como eu, a Pedra do Leme para relaxar. As águas claras e transparentes serviram de cenário para o bailado das meninas. Cheguei lá pelas duas da tarde e acabei perdendo a hora na marola do sábado.

Não era uma, nem duas. Filmei três e vi outra fora de quadro. Para poder gravar e fotografar tive que me integrar ao ambiente. Havia chegado no final do Leme em busca do melhor lugar que conheço para refletir (sem desmerecer outros sensacionais). O que diferencia, para mim, a Ponta do Leme das outras pontas, como a do Arpoador, é a minha pedra, o monólito vigilante da Praia de Copacabana.

Em vários momentos, abraçar a Pedra do Leme foi a maneira que encontrei de me conectar a natureza e, dela, tirar forças e ensinamentos transmitidos por sinais que me situam nesse universo. É ali, sentindo seu calor que recebo forças vitais pelo ar, a água, a terra e o calor do sol. Tudo interligado com o bloco mineral que se projeta na paisagem.

Não é só lá que dialogo com a natureza. É isso mesmo, eu me aproximo com minhas dúvidas, incertezas e imprecisões e ela me responde em sua essência. Tipo os sinais de fumaça dos índios, vistos a muita distância, contanto que o tempo colabore. Há que estar em sintonia.

Já tinha esse sistema de mensagens inserido no inconsciente. Me lembro, muito garota, de num momento crucial ter ido para a Praia de Copacabana, no posto 6. Era um dia muito feio, mas estava precisando dialogar comigo mesma. Vestia um suéter verde musgo do meu pai. Caso a chuva anunciada despencasse, certamente ele seria não só inútil como, também, viraria um pano de chão, daqueles que absorvem a água e a gente torce no balde.

Pois foi só chegar num banco, perto do que hoje mora Carlos Drummond de Andrade, para que algo acontecesse nos céus. Por incrível que pareça, chovia pra todos os lados, menos no caminho até o Forte Copacabana. Nunca entendi o fenômeno, mas não demorei muito a captar a mensagem. 

Mesmo que o entorno sofresse muitos abalos, o meu equilíbrio se manteria intacto. Sacudido, claro, mas ele suportaria o tranco.

Foi no Pantanal, entre Cáceres e Corumbá, na viagem da Expedição do Sem fim... do Paraguai, que aprendi com o Chicão, um dos piloteiros, a observar outros sinais. Ele me mostrou as estrelinhas sorrindo no imenso céu pantaneiro. A instrução se complementou na Ilha do Brandão, em Angra do Reis. Lá, Dona Maria me explicou como o ronco de setembro podia definir as ressacas de fevereiro. Se a natureza manda recados, por que não usá-los e lê-los, como mensagens mais diretas?

É claro que não vale a gente pensar só na gente. Funciona melhor quando estamos firmando em energias coletivas. Mas, vez em quando, acredito num recado personalizado. Ultimamente ando lendo as nuvens que se formam para as bandas dos Dois Irmãos, ao lado do Vidigal, depois da curva do Leblon, vista de Ipanema.

Foi com esse espírito que dobrei a curva no início da orla de Copacabana, subindo a rampa para alcançar a estátua de Clarice Lispector na linha dos quiosques, contornando a Pedra do Leme. E, ali, parei diante de uma alteração na paisagem...


Pasmem, agora a Comlurb, a do prefeito Marcelo Crivella, está usando o espaço na areia colado no acesso ao Caminho dos Pescadores como “parque” dos maquinários que usa na limpeza da praia. Os equipamentos, além de poluirem o visual, agridem o meio ambiente. São motorizados. Qualquer vazamento cai direto na areia da praia! A Comlurb e uma penca de secretarias municipais devem explicações e, também, tomar providências urgentes para acabar com essa agressão a um dos mais lindos cartões postais do Rio de Janeiro!

Tudo isso para alcançar o paraíso e, nele, encontrar as tartarugas, cardumes de peixinhos e outros exemplares da vida marinha ali, ao alcance de nossos sentidos.

E chego lá, na mensagem prometida. Ela indica que assim como as tartarugas centenárias... nós ficaremos, eles passarão! Qual as lebres de Esopo e La Fontaine nas suas fábulas, podem até te largado na frente, mas estão indo com muita sede ao pote...

*Valéria del Cueto é jornalista, fotógrafa e gestora de carnaval. Da série “Ponta do Leme”, do SEM   FIM...  delcueto.wordpress.com

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16 de abr. de 2019

Fé no axé, solidariedade e samba, por Valéria del Cueto

Fé no axé, solidariedade e samba


Texto, fotos e vídeos de Valéria del Cueto

Sim, ainda há esperança! Um fio dessa energia (tão em falta por aqui) foi reforçado na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, Cinelândia, coração da cidade, na noite de sexta-feira, 12 de abril de 2019.

Na entrega da Medalha Pedro Ernesto para Evelyn Bastos, a casa do povo recebeu o povo. Preto. Para reconhecer o valor e o trabalho de uma rainha da favela. E da Bateria da Mangueira.





Não, não foi esse honroso título mangueirense que levou a menina das vielas a ser homenageada por uma iniciativa do vereador Leonel Brizola Neto.

Foi o conjunto da obra de uma mulher que, para poder estudar, conseguiu uma bolsa de estudos num colégio em Cascadura e com a ajuda do “Senhor Álvaro”, como ela chama Alvinho, ex-presidente da verde e rosa, que bancou seu transporte e os livros, se formou em Educação Física. Um exemplo a ser seguido.

No samba, é o que é. Uma passista de primeira. Filha de Valéria Bastos, Rainha de Bateria da Mangueira de 1987 a 1989, sempre disse que chegaria lá. Assumiu o posto quando, num resgate as tradições da escola, uma menina da comunidade voltou a desfilar na frente da bateria. Tinha 19 anos.


Em 2015 criou o projeto Samba, Amor e Caridade, o SAC. Alimentos e roupas são recolhidos na quadra, o Palácio do Samba, e distribuídos para os moradores de ruas da cidade. No início eram poucos. Hoje...

Na Mangueira cuida, ensina e incentiva as meninas que sonham em, como ela, serem passistas. A exigência é que estudem, para crescerem na vida.

Juntou a fome com a vontade de comer, no quesito combate a intolerância, ao se inserir de corpo (e que corpo) e alma no enredo “Histórias pra ninar gente grande”, do carnavalesco Leandro Vieira, que deu a Mangueira o campeonato do carnaval 2019. Representou Anastácia no ensaio técnico. No desfile oficial Esmeralda Garcia, escrava considerada a primeira advogada no Piauí.




Evelyn é do bem e “colocada”, como mostrou em seu pronunciamento que, fez questão, fosse da tribuna Marielle Franco. “Para falar do povo preto e favelado”. Estendeu a homenagem acrescentando 100 moções de louvor e reconhecimento a mangueirenses e personalidades.

A cerimônia foi emocionante. A começar pela interpretação de Cacá Nascimento, a capela, do Hino Nacional. Das galerias, a bateria deu o ritmo para o samba enredo campeão de 2019. Totalmente pertinente no contexto da homenagem.



As autoridades presentes e convidados fizeram pronunciamentos intercalados de vídeos. Um deles mostrava um elemento de ligação entre o sonho e a realidade do carnaval carioca. Foi com Leonel Brizola falando o que imaginava para o espaço recém construído do Sambódromo que em 2019 completou 35 anos. A palavra-chave era educação.

Evelyn, muito emocionada, em sua fala “fechou” o círculo. Religiosidade, o orgulho de seu povo preto, afeto, apoio, educação, crescimento e, principalmente, solidariedade. O poder de retribuir e ampliar a rede de proteção de sua “favela”.

Claro que não poderia faltar, para finalizar a homenagem, o giro das baianas e a saudação de representantes de segmentos tradicionais da escola ao som da bateria da Mangueira, comandada por outro “cria”, Mestre Wesley.


Num momento em que o axé da cidade e dos cariocas andam tão abalados pelos últimos acontecimentos, a reunião da comunidade verde e rosa no Palácio Pedro Ernesto, antiga sede do Senado Federal, quando o Rio era a capital da república, foi um foco de resistência amorosa gerando uma sinergia positiva, união e sintonia do bem.


Exemplo e caminho que indicam as forças que precisamos comungar urgentemente para reencontrarmos a capacidade de nos reerguermos e reinventarmos. E como andamos precisando desses elementos catalizadores...


*Valéria del Cueto é jornalista, fotógrafa e gestora de carnaval. Da série “É carnaval”, do SEM   FIM...  delcueto.wordpress.com

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9 de abr. de 2019

8 de abr. de 2019

Coisa de doido - levaram de Uruguaiana para o Cerro do Jarau




Sem aparente justificativa técnica a SUSEPE por meio do Departamento de Tratamento Penal (POA) - transferiu a única psicóloga da Penitenciária Modulada de Uruguaiana, hoje com 732 encarcerados (o dobro da capacidade máxima inicialmente prevista de 360 detentos) para o Presídio Estadual de Quaraí – ambos na Fronteira-Oeste do RS – com uma população carcerária que não atinge 10% da casa prisional de Uruguaiana. De quem teria sido a digital política para a transmutação?  


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Morre Dr. Galvão - Uruguaiana RS

Faleceu o Dr. José João GALVÃO da Silva, 88 anos, ginecologista e obstetra. Deixou viúva, filhos e netos. O pesar tribuneiro. Velório Sala 01 Angelus. Sepultamento às 17h desta terça-feira!





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7 de abr. de 2019

Os maus e os males da pobreza e suas consequências Uruguaiana


No início da tarde deste domingo (07), após inúmeras denúncias via telefone de emergência da Central de Operações da Secretaria Municipal de Segurança e Trânsito, uma guarnição da ROMU, da Guarda Municipal de Uruguaiana, abordou na rua General Hipólito, entre as ruas General Câmara e Sete de Setembro, um indivíduo identificado como, A. R. da S. G., de 27 anos, conduzindo uma carroça.
A carroça estava com um barco sobre ela e que excedia e muito suas dimensões, tanto para frente como na traseira, o animal não suportava o peso excessivo e também estava com um dos pneus vazios.
O condutor foi encaminhado ao plantão da Polícia Civil para o registro do fato, o barco foi deixado a disposição do mesmo e sua carroça e o cavalo apreendidos e recolhidos a Secretaria Municipal de Segurança e Trânsito, por determinação do Secretário José Clemente.
A Administração Pública Municipal de Uruguaiana, tem trabalhado na conscientização das pessoas quanto ao uso correto dos veículos de tração animal (carroças), porém algumas pessoas insistem em não obedecer.







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3 de abr. de 2019

Não está fácil pra ninguém - crônica de Valéria del Cueto

Não está fácil pra ninguém

Texto e foto de Valéria del Cueto

Duas coisas me fazem sacar o caderninho que uso para registrar as crônicas. A primeira é a paz na terra na beira de um mar que não pode ser um qualquer. Essa “saída o corpo”, mesmo no cenário paradisíaco que frequento, ultimamente na ponta do Arpoador, nem sempre acontece e se condiciona a certos fatores. Entre eles está a segurança do entorno.

Foi justamente ela que me impediu de sacar o caderninho na última passagem pela praia. Em plena tarde de um sábado com uma lotação até agradável, sob um sol ameno de outono.

Depois de fazer algumas fotos e vídeos dos ambulantes que circulavam anunciando seus produtos, num pedaço pouco frequentado entre a Pedra do Arpoador e o posto 8, em Ipanema, me preparei para puxar a caneta e abrir o caderno.

Antes de começar a escrevinhar chamaram minha atenção dois ambulantes que confabulavam nas proximidades. Entre uma negociação para a troca de um pouco de gelo para o isopor por produto e a avaliação das vendas do dia, o assunto passou pela ação de ladrões que estavam atuando na areia, prejudicando ainda mais a féria do dia. Que já não estava das melhores.

Ligada no bate papo e sempre prevenida, fechei a bolsa, pedi licença e entrei na conversa querendo entender o movimento local. Argumentei que era estranho e fora de época. As férias e a alta temporada já tinham terminado e, na praia vazia, não havia “clientela”, a não ser os locais, como... eu!

“É que ainda não avisaram ao “bloco” que o carnaval já acabou.” A resposta veio em meio a risadas pela metáfora criada por um dos rapazes. O outro explicou: “Isso aqui está largado, dona, a gente sai de perto para não ser confundido com eles.” “Você devia tomar cuidado”, alertou o mais velho, “por isso vim para esse lado."

Enquanto conversávamos comecei a me “situar” melhor no entorno. Sempre procuro ficar num local com visibilidade ampla e rotas de fuga. Apesar de estar na parte mais estreita da ligação de Ipanema com o Arpoador, onde o paredão é mais alto e, portanto, impossível de ser escalado, montei meu point próximo a duas barracas que, coladas nos grafites que enfeitam a “muralha”, produziam e distribuíam caipirinhas e outros drinks para diversos vendedores que volta e meia passavam para reabastecer as bandejas.

Aliás, essa foi uma das razões que me atraiu para aquela posição. A possibilidade de ampliar as fotos que estou fazendo sobre os ambulantes que passeiam oferecendo seus produtos. A outra foi a escada que dava acesso rápido ao calçadão. Foi o que expliquei para o vendedor que ficou papeando comigo enquanto o outro seguia para a “zona de confronto”, como chamou a caminhada em direção a Ipanema.

Foi ali que fiquei sabendo que os “blocos” podiam ser da área ou de fora e que, provavelmente, só os primeiros respeitam (um pouco) os locais.

Não fiquei chateada quando o vendedor se aproximou e, puxando seu celular, explicou que trabalhava na construção civil. Me mostrou, cheio de orgulho, várias fotos de trabalhos que havia realizado.

Disse que era da Pavuna e que tinha descido para a Zona Sul para deixar seus cartões de visita com um amigo que havia contado que estavam abrindo vagas por aqui na segunda-feira. Que era regularizado e, inclusive, tinha MEI. O problema era ter “capital” para pagar o contador. Aliás, era isso que ele estava fazendo ali. Tentando melhorar o caixa, que andava no negativo.

A conversa continuou até a volta do amigo que foi mais claro em relação a necessidade financeira do parceiro: “Vamos nessa, ainda dá para fazer mais umas duas voltas e, pelo menos, juntar o troco da pensão alimentícia. Se chegar com algum pode ser que a ex patroa não procure a justiça. Você já sabe onde vai parar...”. Imaginem a rapidez com que meu novo amigo se levantou, se despedindo.

A segunda possibilidade de puxar o caderninho, (lembra? Foi assim que a crônica começou) é quando estou numa espera. No caso foi bancária. Contar essa história me fez viajar para um lugar muito mais agradável do que onde me encontro, aguardando para falar com o gerente do banco. Não está fácil pra ninguém...

*Valéria del Cueto é jornalista, fotógrafa e gestora de carnaval. Da série “Arpoador”, do SEM   FIM...  delcueto.wordpress.comStudio na Colab55

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