Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: 01/11/15

11 de jan. de 2015

Meia Inteira, de Valéria del Cueto

"Quando a meia verdade se junta a meia intenção é o caos  por inteiro! Tudo fica meia boca como anda por aqui: meia economia, meia saúde, meia educação"
Meia no singular quase sempre é plural, já que são necessárias duas para virar uma inteira.
Até mesmo a meia propriamente dita, normalmente, é um par. Uma para cada pé. Menos a meia calça que é inteira, assim como a meia elástica.
O mesmo caso da bola de meia. Como ser bola, sem ser inteira? O meia joga no meio de campo e para ser bom tem que ser um jogador inteiro: atacar, defender, apoiar e distribuir.
Ainda no esporte, há a meia maratona, graças a Deus! Porque uma Maratona não é para qualquer atleta, só para atletas completos, como os do declatlo.
A meia pista ajuda, mas trava o trânsito e a meia velocidade é um conceito muito variável. A gente não tem noção do que é a velocidade inteira, nesse mundo cada vez mais veloz....

Continue sua meia leitura AQUI, sem meias palavras.

*Valéria del Cueto é jornalista, fotógrafa e gestora de carnaval. Essa crônica faz parte da série “Fábulas fabulosas”, do SEM   FIM...  delcueto.wordpress.com

Livros, por Gabriel Novis Neves

Apesar do Brasil não pertencer ao primeiro time dos países que investem no mercado de livros, ainda assim, muitos jovens talentos, com enormes sacrifícios, têm mantido uma produção literária apreciável e diversificada.

Acompanho esse movimento e fico entusiasmado com os desafios enfrentados pelos escritores desconhecidos para a publicação de seus trabalhos.

Gostaria de comentar um livro recente escrito por uma médica psiquiatra sobre “Maldade humana”. Ela relata de maneira didática a história do psicopata.

Na introdução nos alerta que “a maldade humana não tem limites”.

Os psicopatas não são doentes mentais, mas vivem causando mal às pessoas.

Não sabemos ainda a origem dessa patologia. Alguns cientistas afirmam que certas crianças são assim por apresentarem um defeito no sistema límbico, estrutura morfológica do sistema nervoso central.

Jamais podemos fazer esse diagnóstico em crianças, pois, estas ainda não possuem uma história de “delitos”.

Chegando à idade adulta essa criança “problema” já tem um passado que confirma o diagnóstico de personalidade psicopata.

Essas crianças sabem o que é certo ou errado, mas adoram ver o sofrimento das pessoas.

A educação pode, algumas vezes, moldar o psicopata, mas não há remédio, no momento, para a sua cura ou controle.

Como em outras enfermidades, esses pacientes, que são racionais, podem apresentar seus sintomas em formas leves, moderadas ou graves.

É um indiferente afetivo, e os adultos conhecem muito bem as regras da vida em sociedade.

Estes enfermos estão sempre praticando atos ilícitos, dos mais simples aos mais graves - desde levar pequenas vantagens, como passar um cheque sem fundos, roubar o cartão de crédito do amigo, destruir seu próprio patrimônio e o da família, até mandar matar ou executar esse próprio amigo, nos casos moderados e graves.

O que está presente em todos os casos é a absoluta ausência de culpa.

Adoram a fama, são frios e discretos nos seus crimes, não deixam rastros.

Existem missões que para serem bem exercidas, tanto o governo como a iniciativa privada, têm de contratar os serviços profissionais de psicopatas.

Atiradores de elite ou espiões que são contratados para matar pessoas desconhecidas, muitas vezes em outros países, só podem ser psicopatas.

Um psicopata entende muito bem outro psicopata.

Eles, infelizmente, lotam cada vez mais as páginas policiais. E nos transmitem a sensação que a maldade humana não tem limites.