Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: agosto 2019

19 de ago. de 2019

Se correr, se ficar. É o bicho! - crônica de Valéria del Cueto

Se correr, se ficar. É o bicho!

Texto e fotos de Valéria del Cueto

É a última, a derradeira escrevinhação nesse caderninho. A letra está pequenininha, bem apertada pro texto caber todinho nas últimas páginas.

Subi a Bulhões no sol de sábado quase tirando no unidunitê se falaria diretamente da Flotropi, a floresta incendiada, ou deixaria a cargo do extraterrestre Pluct Plact finalizar mais um volume de estórias e histórias.

Mudei de ideia logo na saída do prédio ao avaliar o engarrafamento que parava o trânsito da Bulhões da Carvalho. Lembra que expliquei na crônica “Nepotismo Natural” que a rua me levava direto do pé do morro ao Arpoador? Pois é.

“Ladeira” acima descobri o motivo da lentidão quase parando dos carros. Do outro lado da rua, entre a Souza Lima e a quina da Piragibe Frota Aguiar, Gomes Carneiro e Francisco Sá, começando por uma ambulância do Samu havia uma grande quantidade de variados veículos do Corpo de Bombeiros!



No meio da quadra um porteiro antenado que testemunhou os fatos me passou o relato do incêndio da loja de material de construção do entroncamento. Horas antes havia escutado lá de casa as sirenes que pareciam paradas, o que chamou a atenção, mas logo sumiram. Pensei que haviam passado, não que foram desligadas por já terem cumprido a função de abrir caminho até o sinistro. Como não ouvi mais, não tive a curiosidade de ligar na portaria e me inteirar dos acontecimentos. Perdi o fato, mas o relato de minha fonte supriu a deficiência.



Segundo ele a loja havia fechado depois do meio dia. O fogo começou por volta da uma hora da tarde. Os bombeiros acionados tiveram dificuldade para acessar o local porque, além da grade externa e um portão de ferro na entrada, havia a porta corrediça. Nessa tiveram que usar motosserra, o que teria gastado um tempo precioso. Demoraram a debelar o fogo.

Junto a loja há o depósito repleto de materiais inflamáveis, tintas, solventes e madeiras, etc. Meu observador explicou que os heroicos bombeiros entraram rastejando por uma fresta da porta corrediça com todo o equipamento que tinham direito. Roupas a prova de fogo, máscaras e oxigênio. A fumaça era altamente tóxica, razão de todas as precauções cabíveis.



E demorou para debelarem o fogo, ele calculou. “Imagina o calor no piso do primeiro andar, em cima da loja? Era muita fumaça e ela subia pelas aberturas internas do prédio. Dava para ver lá no alto do edifício a fumaça preta”, me contou.

Agradeci as informações e passando pela calçada oposta fui registrando a cena. Na quina, o carro com a escada Magirus estava a postos e, numa área cercada, os homens da corporação retiravam os equipamentos sob o olhar desolado dos funcionários e proprietário da loja. Não me aproximei porque quando a gente não tem como ajudar é melhor não atrapalhar.



Subi a rua pensando com meus panos e botões sobre essa cilada do se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Afinal, as portas, portões e grades que protegiam a loja funcionaram bem demais e cumpriram seu propósito. Só que testados pelo motivo errado acabaram impedindo que o prejuízo fosse menor e quase provocaram uma tragédia pior caso o fogo tivesse se expandido pelo prédio.

Segui pra praia com o cheiro da fumaça diminuindo aos poucos, já pensando que esse poderia ser o tema do texto. Bem assim sem especular muito.  Mas deixando uma pulga atrás da orelha, leitor, sobre o dilema da rota de fuga em locais altamente protegidos.

Sabe como é quando você cria uma rede de proteção e depois não consegue se livrar da sua própria teia? Nesse caso havia o Corpo de Bombeiro para ajudar, correndo riscos calculados e seguindo protocolos para resolver o problema.

Mas...E quando não há rede embaixo para pular, faz o que?



*Valéria del Cueto é jornalista, fotógrafa e gestora de carnaval. Da série “Arpoador”, do SEM   FIM…  delcueto.wordpress.com

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11 de ago. de 2019

Mangueira carnaval 2020 ensaio da bateria 06/08/19

Mangueira carnaval 2020 ensaio da bateria 06/08/19

Os ensaios da bateria da Mangueira sob o comando de Mestre Wesley e sua diretoria para o carnaval 2020 começaram no final de julho.

O enredo da verde e rosa, campeã do Grupo Especial em 2019, será “A verdade vos fará livre“, do carnavalesco Leandro Vieira.

O ensaio reuniu os ritmistas e foi aberto com esquenta da Bateria da Mangueira, no centro da quadra do Palácio do Samba. Esse registro é da terça-feira, 6 de agosto de 2019.

Clique AQUI  para acessar o álbum fotográfico Mangueira carnaval 2020 ensaio da bateria 06/08/19

Abaixo o vídeo do esquenta da Bateria da Mangueira em seu ensaio de terça-feira para o carnaval de 2020, baseado no enredo desenvolvido pelo carnavalesco Leandro Vieira “A verdade vos fará livre“.


#quemsambasabe

#valerio2019
Ensaio fotográfico  e vídeo de (C)2019 Valéria del Cueto, all rights reserved
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O grupo Gres Estação Primeira de Mangueira, no FLICKR é o acesso para a coleção de registros da verde e rosa da fotógrafa. Curta nossa página no Facebook e faça sua inscrição no Canal del Cueto no Youtube. Desde 2008 registrando momentos do carnaval carioca. Quer ver o que tem por lá? Dá play.

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6 de ago. de 2019

Alto da Granjaria, Cataguases, Minas Gerais

Alto da Granjaria, Cataguases, Minas Gerais

Cataguases é um caso de amor sempre com gosto de quero mais. Já visitei a cidade da Zona da Mata mineira várias vezes mas nunca consigo fazer um registro digno de suas qualidades visuais.

Explicável. Vou Cataguases em eventos que acontecem lá e nos municípios vizinhos. E falta tempo para explorar os tesouros modernistas da cidade.São 100 anos de Humberto Mauro, Lançamento do Cineport e da Confraria de Cinema, o próprio Cineport e outras passagens deliciosas.

Para fazer as noites do Festival de Viola de Piacatuba, distrito de Leopoldina, "parei" em Cataguases.  a ponte foram Henrique Frade e dona Helena. Pousei na casa do Juliano, guardada por Futele, o cachorro, e Janzinho, o gatinho.

Foi no final da tarde de domingo que Juliano me levou ladeira acima pra fazer a volta ao morro. Do meio urbano para o meio rural em alguns minutos de caminhada pela estradinha de terra. Ela passa num dos altos da Granjaria, seguindo a rua Procópio Ferreira morro acima. Foi por lá que fomos andar Juliano, Futele e eu...

Clique AQUI ou na foto para acessar o álbum “Alto da Granjaria, Cataguases, Minas Gerais“, no Flickr


#valerio2019
#Cataguases
Algumas dessas fotos estão na coleção Getty Images de Valéria del Cueto, as demais fazem parte do acervo da fotógrafa em @no_rumo do Sem Fim

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5 de ago. de 2019

SONETO INGLÊS PARA MINHA TERRA - Luiz G. de Miranda

Volto à minha Uruguaiana,
falando com o Fred Marcovici.
Sonho todos os olvidos
e de repente só sei andar
em busca do infinito
e nesse novo rito
saio sempre na frente.
A pampa é muito vasta
e nestes versos tristes,
que jamais vistes, 
falo com quem me assiste
no dourado do rio Uruguai.
Vou para o fim de tudo,
canto alto e não mudo.


Porto Alegre,15h30min de 05 de agosto de 2019
Do livro CONTINENTAL, em preparo, de Luiz de Miranda
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Piacatuba, distrito de Leopoldina, Minas Gerais - por Valéria del Cueto

Piacatuba, distrito de Leopoldina, Minas Gerais

Estive em Piacatuba no 16. Festival de Viola e Gastronomia, no último final de semana de julho de 2019. As informações sobre o Festival renderam a matéria de Capa do Diário de Cuiabá, reproduzida em vários sites e blogs "Se é pra chorar que seja ela, a viola"

Nos dois dias trabalhei com vários temas. O Festival em si, a conversa na janela, o mato-grossense João Ormond, as flores e, pra fechar, os objetos da percussão de Gabriel, do Rodrigo d' Sá e os Serafins, grupo de Leopoldina, sede onde está localizado o distrito de Piacatuba, na Zona da Mata mineira.

Clique AQUI para acessar o álbum "Festival de Viola de Piacatu", no Flickr


#valerio2019
#Piacatuba

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1 de ago. de 2019

Se é pra chorar que seja ela, a viola - por Valéria del Cueto

Se é pra chorar que seja ela, a viola

João Ormond cai no forró no Festival de Viola de Piacatu
Texto,e fotos de Valéria del Cueto
com video bônus do canal delcueto

O ponteio da viola ressoa pelas montanhas que cercam a sede de um dos mais antigos distritos a leste da Zona da Mata mineira, num persistente resgate das raízes musicais brasileiras.

No cenário composto por um preservado casario do final do século XIX, o 16° Festival da Viola e Gastronomia de Piacatuba enche a bucólica Praça Santa Cruz de animados visitantes.

O projeto, produzido Maria Lúcia Braga e patrocinado pela Energisa e o governo de Minas Gerais, já virou tradição e marca registrada do charmoso distrito de Leopoldina, localizado a 25 quilômetros de Cataguases.

Os shows

As noites frias da última semana de julho foram aquecidas pelas etapas regional, nacional e performances de violeiros consagrados como Geraldo Azevedo, Chico Lobo, o mato-grossense João Ormond e Miltinho Ediberto.

As participações dos talentos locais, representados por Thalylis Carneiro e banda Carmim, de Cataguases, com a participação de Dudu Viana na abertura dessa edição, e Rodrigo d’Sá e os Serafins, de Leopoldina, convidando o gaitista Jefferson Gonçalves no encerramento, cumpriram mais uma proposta do projeto.

O intercâmbio entre diferentes vertentes e estilos musicais foi ancorado pela excelente estrutura de palco e som, quesitos essenciais para a valorização da sonoridade dos instrumentos.

O forró se destacou entre os diversos estilos. E foi por ele que o mato-grossense João Ormond trocou o dedilhado pantaneiro nessa edição. No roteiro, o material do CD “Tem Viola no Forró – 2”, o nono de sua carreira.

Esta foi sua terceira visita ao Festival. Na primeira, trouxe “Quariterê” que homenageia Tereza de Benguela. Em sua segunda participação foi a vez de “Viola Pantaneira”.

Baseado em Jundiaí desde 1999, hoje João transita por espaços diversos passeando por diferentes estilos musicais. “Tem um público que gosta do forró nos eventos de festivais como os de inverno, gastronômico, entre outros”, explica. “O som de viola mais tradicional a plateia acompanha em espaços como Sesc, aniversários de cidades.”

Diante dessas demandas Ormond se dedica a vários projetos. “Violas do Brasil” circula pelo Proac/SP. “Nele mostro a viola do cinturão caipira: São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Tocantins e Goiás. A ênfase é a viola pantaneira, assim como em “Violas Pantaneiras”, o novo trabalho com Paulo Simões que será lançado dia 02 de agosto em Boticatu e dia 04 no Sesc de Piracicaba, em São Paulo. Estão nas plataformas digitais”, avisa lembrando que lá também está disponível o EP “Pote d´Ouro”.

É também em parceria com o sul mato-grossense “Toca Raul by Violas”, explorando o universo da obra Raul Seixas. “Daqui, irei para Bauru. Vamos fazer no Sesc de lá”, contou.

E são é só, sua viola está presente no projeto Pantanais Instrumentais, um especial Instrumental Sesc Brasil que acabou de ser gravado e em breve será apresentado na TV Sesc. Foi a pedido do Sesc SP que realizou “No Forró do Alceu Valença”, uma homenagem a Alceu Valença e ao cd “Forró de todo os cantos”

Nesses dias de mergulho sonoro, (uma das peculiaridades de Piacatuba é o fato de somente uma rede de telefonia celular tem alcance por lá), entre uma música, uma boa prosa e as atividades como oficinas, palestras e exposições, o que dá a liga e garante a sustância é um desfile de boa gastronomia.

Comidinhas e bebidinhas nos cafés e bares introduzem as saborosas refeições dos restaurantes locais. Com os cardápios no folder do evento já é possível traçar o roteiro ideal para explorar as delícias.

É esta conjunção de fatores que faz com que, não apenas o público, mas também, os astros da festa, como João Ormond, não se façam de rogados a cada possibilidade de marcar presença no evento mineiro.

Que venha em breve a quarta visita do ilustre representante da cultura de Mato Grosso e sua viola pantaneira nas noites animadas de Piacatuba. A plateia agradece!
*Valéria del Cueto é jornalista, fotógrafa e gestora de carnaval. Da série “Parador Cuyabano”, do SEM   FIM...  delcueto.wordpress.com





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