Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: 02/14/10

14 de fev. de 2010

Uma homenagem de um amigo de Sílvio

Silvio Genro como sempre, brilhante e sensível tradutor dos anseios e angústias da alma popular.Parabéns Grande Amigo.Abraços.

Pois o Bloco de Sujos sumiu
Por conta das ordens do Império
O Imperador parece não previu
Que carnaval também é assunto sério

De que vale o Carnaval Milionário
Se muitos lá não tem ingresso
Mudaram até o Calendário
E o popular entrou em recesso

É Luz e luxo fechados na Avenida
De fora importam as belezas nuas
E a nossa gente simples contida
Não tem mais blocos de sujos nas suas ruas.

Que pena.

Uma homenagem do poeta Sílvio Genro aos blocos e do TRIBUNA ao poeta!

Clique sobre o poema para ler na íntegra o trabalho do planoaltense Sílvio Aymone Genro

E lá vou eu!

Agora é a vera.
Primeiro dia de desfile do Grupo Especial na Sapucaí. Deixo uma dicas pros amigos:

O segredo, sonho impossível de todos os deuses. É carnaval!

Texto e fotos de Valéria del Cueto

Carnaval é sempre uma surpresa. E quando não o é, esta é a exceção que confirma a regra. Aqui estamos, mais uma vez, prontos para a aventura do desfile das Escolas de Samba do Rio de Janeiro. Há quem odeie ou o ignore. Mas, pra quem gosta a festa não tem preço.

Se der para estar lá, muito bem, se não, junte-se aos milhões que acompanham os enredos desfiados como contas pela Passarela do Samba. Uma sugestão: várias rádios narram o desfile pela internet. A Tupi, por exemplo, faz sua transmissão sincronizada com as imagens de TV. Uma delícia.

Com a casa lotada e a fórmula do sucesso já testada nos desfiles técnicos que começaram no mês de dezembro, (público de 100 mil espectadores no teste de luz e som do domingo que antecedeu o Carnaval), a festa promete.

DOMINGO
A União da Ilha, subiu do Acesso A e abre o primeiro dia de desfile com o enredo "Dom Quixote de La Mancha, o Cavaleiro dos Sonhos Impossíveis", da carnavalesca Rosa Magalhães. Ela chega à escola depois de muitos anos a frente da Imperatriz Leopoldinense. Segundo a imprensa, a Ilha vai ter que transformar em realidade o sonho impossível de fazer um carnaval sem muitos recursos, já que o aporte que viria da Espanha não teria se concretizado. O samba foi composto por verdadeiro condomínio: tem 10 autores.

A Imperatriz Leopoldinense é a segunda escola a desfilar. Max Lopes, após muitos carnavais mangueirenses, assume a escola com o enredo “Brasil de todos os deuses”. As tradições religiosas de brancos, negros e índios produziram o melhor samba da safra atual. Luisa Brunet, mato-grossense de Dourados e mais antiga ocupante do posto, será a rainha de bateria. Uma índia de verdade na tribo do bairro famoso por sua escola e um dos mais tradicionais blocos cariocas, o Cacique de Ramos. Maria Helena, tradicional porta bandeira da verde e branco, será destaque da escola do coração e do samba do cantor Elymar Santos. A escola busca antigos e tradicionais componentes para lutar novamente pelo título, conquistado várias vezes em anos anteriores.

Novamente na Unidos da Tijuca, o carnavalesco Paulo Barros faz mistério sobre seu enredo, “’E Segredo”, sugerido, segundo ele, por um orkuteiro. A escola persegue há anos o título de campeã, conta com a criatividade e, desta vez, a surpresa, para quebrar o antigo tabu. Adriana Galisteu, rainha da bateria de Casagrande, terá o apoio da curiosíssima ala dos animais de pelúcia, que fez festa no ensaio técnico da escola na Sapucaí no final de janeiro.

A Viradouro, a la Frida Kahlo, vem com o enredo “México, o paraíso das cores, sob o signo do sol”. A bateria de mestre Jorjão será liderada por uma rainha de 7 anos, filha do presidente da agremiação, Júlia Lira. Seu reinado começa sob o signo da polêmica. O Conselho Estadual do Menor e do Adolescente brecou a idéia por considerar que o posto "tem enorme apelo sexual". Uma juíza da Vara da Infância, Juventude liberou geral, depois do assunto rodar o mundo. Apelo por apelo, fico com o casal de Mestre Sala e Porta Bandeira, Ana Paula e Robson enamorados entre si e apaixonados pela vermelho e branca de Niterói.

Campeão em 2009 o Salgueiro fala da “História Sem Fim”. Confesso que devido ao tema, não fiz muita questão de assistir ao ensaio técnico para ter uma surpresa completa. Viviane Araújo, Mestre Marcão e o intérprete Quinho são ingredientes com que a presidente Regina Duran conta para tentar o bi-campeonato.

A noite é encerrada pela Beija Flor de Nilópolis com o cobiçado enredo sobre Brasília. ”Brilhante ao sol do novo mundo, Brasília do sonho à realidade, a capital da esperança”. Comemorando 50 anos em meio a prisões e escândalos políticos, pode ser que o desfile sirva para amenizar fama e a desesperança quase desnuda que se abate por lá. É bom lembrar que a comunidade nilopolitana tem um modelo de gestão diferenciado. Uma comissão é responsável pela condução dos trabalhos carnavalescos. A porta bandeira Selminha Sorriso, Neguinho da Beija Flor, o diretor de Harmonia Laíla e a trinca que comanda a bateria, mais sua rainha, Raíssa de Oliveira, prometem um fim de noite especial.

Os clubes não são mais aqueles que fazer com eles?

Gatão de Meia idade - Viajando junto