Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: 04/23/15

23 de abr. de 2015

Vereadores tratarão da migração com autoridades em Libres – Uruguaiana.

Os vereadores de Uruguaiana estarão reunidos amanhã, dia 24, com os concejales de Paso de Los Libres e Controle Migratório em Libres para tratar sobre os problemas iniciados esta semana no ingressos de uruguaianenses para a cidade argentina. A iniciativa da presidente, vereadora Jussara Osório busca intervir nas exigências feitas na aduana internacional que passou a requerer a apresentação em forma de cartão da Tarjeta de Transito Vecinal ou migração mesmo portando comprovante de encaminhamento. Na oportunidade a Câmara defenderá a adoção de facilidades para a entrada de uruguaianenses em Libres para garantir a integração entre fronteiriços e os benefícios oriundos da relação entre os cidadãos brasileiros e argentinos.

Em 2014, vereadores e concejales trataram sobre o assunto em reuniões de integração, onde foi reiteradamente apontada a discordância da Câmara com a burocracia exigida que acabou dificultando a entrada de uruguaianenses na Argentina em razão da ineficiência. A presidente levou o assunto ao Governo Federal através de audiência em Brasília indicando que o acordo binacional seria uma fiscalização abusiva que ignora os direitos fronteiriços. “Um ano se passou e continuamos a mercê de decisões que nos desgastam e intimidam. O parlamento de Uruguaiana toma posição”, salientou. Durante a sessão ordinária desta quinta-feira, dia 23, ao anunciar o convite aos demais vereadores, a presidente apontou como possibilidade de solução o fechamento da Ponte Internacional até a retirada por parte das autoridades argentinas da exigência da Tarjeta. 

Mitômatos, por Gabriel Novis Neves

Mitômatos 
Assim são conhecidos os viciados em mentira, ou seja, quando esta se torna uma compulsão. 
É considerado um distúrbio de personalidade. Estatisticamente cem entre mil adultos apresentam essa deformação. 
Seus portadores criam sempre histórias mais ou menos verossímeis de modo que suas mentiras sejam, na maioria das vezes, críveis. 
A medicina ainda desconhece tratamento para esse tipo de comportamento e imagina-se que ele esteja ligado a alguma falha no sistema nervoso central. 
O grave é que no dia a dia algumas vezes nos deparamos com pessoas com essa patologia, às vezes até em altos cargos da vida pública e privada. 
Uma das características é que a mentira sempre lhes favorece. Embarcam fundo no mundo fantasioso por elas criado e progressivamente não mais distinguem o real da mentira. 
Pessoas com esse perfil, quando vinculadas ao mundo político, causam profundos malefícios à sociedade. 
Como são despidas de autocrítica, imaginam-se distribuindo um manancial de vivências espetaculares que julgam somente suas e absolutamente intangíveis para os outros simples mortais. 
Estão sempre prontos a se beneficiarem de tudo e de todos, por menores que sejam as benesses, e possuem grande poder de persuasão para os menos avisados. 
Insuflados pela sede de poder levam suas viagens fantasiosas a todo tipo de megalomania. 
O pior é que as pessoas por elas governadas, confusas, também tendem a entrar nesse clima de bravatas quixotescas antes de se tornarem anestesiadas. 
As diversas mídias, inseridas no mercado de consumo, facilmente manipuladas pelas razões óbvias, acabam contribuindo para a divulgação desse mundo onírico e mentiroso. 
A história tem nos mostrado o caos em que mergulharam e continuam mergulhando povos liderados por mitômanos e por outros tipos de personalidades psicóticas. 
Para nós médicos, verdadeiros desnudadores da alma humana, fundamental para o entendimento das diversas patologias, é bem mais fácil o reconhecimento desses pobres falsários da mente. 
Isso, a bem da verdade, para aqueles que ainda se dedicam a elaborar uma boa e longa anamnese, e a um importante relacionamento médico-paciente daí decorrente. 

O homem e a máquina, por Gabriel Novis Neves

O homem e a máquina 
O avanço extraordinário da tecnologia nos últimos anos me levou a escrever artigos dizendo que a máquina tinha, finalmente, vencido o homem. 
Com o desastre do avião alemão nos Alpes franceses e a divulgação dos resultados das primeiras investigações, mudei meu conceito. 
O homem venceu a máquina ao derrubar o mais pesado que o ar, e que voa com toda segurança apoiado na mais moderna tecnologia. 
Após o atentado terrorista de 11 de setembro contra as Torres Gêmeas em Nova York, os técnicos em segurança de voo blindaram a porta de acesso à cabine dos pilotos - ela só poderia abrir por dentro. 
Pelas informações até agora recebidas, o copiloto, em um momento de total insanidade mental, e aproveitando por minutos a saída do comandante da cabine da aeronave, fechou e travou a porta blindada e desligou o piloto automático. 
Com o mancho nas mãos embicou para baixo o Airbus A320 em direção às montanhas do território francês, não atendendo aos apelos do comandante para entrar na cabine de comando. 
Era o homem vencendo a tecnologia. 
Como explicar um ato em que cento e quarenta e nove passageiros e tripulação são cruelmente sacrificados? 
As vítimas - dezenas de crianças, estudantes, trabalhadores e idosos - tiveram suas vidas ceifadas por um ato que traumatizou o mundo. 
O desventurado jovem piloto de há muito trabalhava em “morte cerebral” sem que ninguém percebesse, aguardando o instante ideal para concretizar a sua morte física. 
Os instrumentos do avião não registraram nos momentos que antecederam ao choque com a montanha nenhum sinal que revelasse alterações das suas funções vitais, como distúrbios da respiração, pulso e pressão arterial. Tudo aconteceu em silêncio total. 
Nenhuma mensagem ou uma palavra sequer, afastando a hipótese de suicídio, que é sempre um ato solitário. 
Com certeza novas medidas de segurança serão adotadas nas máquinas voadoras, mas, o que necessitamos mesmo é de monitores para entenderem o nosso ainda indecifrável cérebro.