Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: 04/06/09

6 de abr. de 2009

Glória e Principe



Comecei a distribuir, através do SEM FIM..., o material fotográfico que registrei em Uruguaiana. O primeiro álbum da série "Fronteira Oeste do Sul" é Gloria e Príncipe.
Para ver mais fotos é só clicar no por do sol de Uruguaiana aí em cima.

Radionovela, o retorno.

O STF (Supremo Tribunal Federal) apresenta, a partir de hoje, 6/4, a inusitada radionovela cujo tema é a corrupção. O programa, apresentado pela Rádio Justiça e chamado “A Propina”, será veiculado em nove horários, de segunda a sexta-feira: às 5h50, 10h50, 13h50, 14h50, 17h50, 20h50, 23h50, 1h50, 3h50. Sábado e domingo, às 20h, a rádio apresenta o compacto com a história completa.
No capítulo inaugural Jonas, principal personagem, é promovido na prefeitura e tem que enfrentar diversas tentativas de suborno. Só que ele não contava com os valores exorbitantes da faculdade da filha, o que o leva a questionar se deve ou não aceitar propina.
Aceitará Jonas a propina? Confiram no site www.radiojustica.gov.br.
Por certo Jonas terá muitos torcedores absolutamente solidários, seja qual for sua escolha.
Justiça em Cena é um projeto da Rádio Justiça iniciado em 2004, quando a emissora foi inaugurada. Entre as edições anteriores, “O amigo da onça” fala de crimes contra a liberdade individual; “A Mulher de 30” lembra as primeiras conquistas da mulher no mercado de trabalho, nos anos 30; “Em briga de marido e mulher...” é sobre união estável; “Filho do Coração” explica os passos de uma adoção e “Damas de Honra” trata dos casos em que a Lei Maria da Penha é aplicável. A última, “Jogo Limpo”, fala da justiça desportiva.

Miranda completando 64 anos nesta segunda-feira

O poeta Luiz de Miranda lança "Monolítico" (Memória Que Não Morre) em Uruguaiana
Novo livro do escritor com a obra mais extensa do mundo é uma ode aos amigos e ao passado. No próximo dia 08 de abril, quarta-feira, a partir das 20h, um dos mais importantes poetas brasileiros de todos os tempos lança sua obra fundamental: "Monolítico" (Memória que não morre) pela Design Editora, 296 páginas, R$ 30,00. O lançamento acontece no Casarão da Cultura - rua Tiradentes (ao lado do INSS.

Inaugurada - SESI Indústria do Conhecimento

Segunda-feira, dia 06/04, às 14h30min, o prefeito Sanchotene Felice participou da solenidade de inauguração da unidade local do SESI – Indústria do Conhecimento, localizada na Praça Monteiro Lobato, na esquina das ruas General Vitorino e Sant’Ana. O local, cujo terreno foi doado pela Prefeitura de Uruguaiana, conta com 10 computadores, de acesso gratuito, com 1.200 livros, ar condicionado e banheiros. O SESI investiu R$ 100 mil para construção da unidade local da Indústria do Conhecimento, e o Governo Municipal terá a responsabilidade de manter o espaço, com recursos humanos e materiais. Além do prefeito Sanchotene Felice, participaram do ato inaugural o empresário Bolivar Baldisserotto Moura, vice-presidente da FIERGS; o vice-prefeito municipal, Luiz Augusto Schneider; a presidente da Câmara Municipal de Uruguaiana, vereadora Neraí Kaufmann; o superintendente SESI-RS, Edison Lisboa; o coordenador do SESI, Gilberto Rosa, representantes de classes, dirigentes, presidentes de associações e demais convidados.

Uruguaiana - Posse dos Novos Secretários.

Segunda-feira, dia 06/04, às 16h, no Salão Nobre, o prefeito Sanchotene Felice empossou o General-de-Brigada José Alberto Leal no cargo de Secretário Municipal de Governo; e o médico-veterinário Wilson José Matteo Dornelles (Cicico), no cargo de Secretário Municipal de Agricultura. O ato contou com a presença de autoridades civis e militares e lideranças rurais e empresariais.

Luiz de Miranda lança "Monolítico" (Memória Que Não Morre) em Uruguaiana
Novo livro do poeta com a obra mais extensa do mundo é uma ode aos amigos e ao passado. No próximo dia 08 de abril, quarta-feira, a partir das 20 h, um dos maiores poetas brasileiros de todos os tempos lança sua obra fundamental: "Monolítico" (Memória que não morre) - Design Editora, 296 páginas, R$ 30,00. O lançamento acontece na Secretaria de Cultura, na rua Tiradentes nº. 2801.

Coluna ATOS & FATOS.

Soares Tubino – Cronista e poeta – Membro da AUL

Pescaria

Estava anoitecendo. Um colorido incandescente dourava as águas do rio Uruguai. As aves noturnas recortavam os ares, buscando fugir da escuridão, quando Narciso chegou à frente do casebre. Descabelado, sujo, calças amarrotadas, chinelos tapados de pó, tarrafa às costas, sacolas vazias, apenas com alguns lambaris, a lata onde guardava as iscas, rosto enxovalhado e uma cara amarga.
Não sabia o que aconteceu, a ele, um excelente pescador, com prática de tantos anos, nas águas do Uruguai, nos riachos, sangas e lagoas e este ano, por que não conseguira pescar nada, apenas peixes pequenos, alguns bagres e filhotes de traíra que não conseguiriam compradores?
Abriu a porta do rancho, não cumprimentou a mulher que estava à sua espera, já com o chimarrão pronto, como ele gostava, e jogou-se na cama. Envolvendo o rosto entre as mãos magras, começou a chorar. Luciana, sua companheira, procurou agradá-lo, mas ele estava envolto de amargura. A Semana Santa estava chegando e ele, que sempre era um dos pescadores que mais vendia, na Feira do Mercado Municipal, por trazer peixes de todas as qualidades e em tamanhos exigidos pelo consumidor; este ano fracassou. Não sabia o porquê de tudo aquilo. Recorrera todos os lugares onde sempre costumava ir, e estes estavam tomados de gente. O rio Uruguai de nível baixo, aquém do normal, não dava para pescar. Os arroios, lotados de outros pescadores, não ofereceram chance ao velho Narciso, conhecido da turma como um dos melhores pescadores de água doce. Tudo, este ano contribuiu para que voltasse para casa, com as mãos vazias, como se diz em boa gíria. “E agora, José”, lembrou-se de um verso de Carlos Drummond de Andrade, que os filhos sempre estavam lendo nas antologias escolares? Que seria feito dele, sem dinheiro, para pagar a conta do bolicheiro, comprar cadernos, canetas e material escolar para a gurizada? Pagar a luz, a água e comprar roupas para a pobre Luciana e também para a filharada?
Estava sem solução no momento. Será que teria de pedir dinheiro emprestado para os colegas? Era muito amado por todos, ele um homem, apesar de sua pobreza, decente em seus negócios, nunca foi “caloteiro”, cumpria com a palavra quando devia a alguém. Mas, desta volta estava sem coragem para enfrentar seus credores. Já tantas vezes o fizera. Por que só ele pedia, os outros nunca o ocuparam em nada?
Narciso estava envergonhado de si mesmo. Da sua luta, do pouco que conseguia ganhar, mesmo que a mulher o ajudasse, lavando roupas para sua clientela, mesmo assim, vivia sempre na pobreza.
Atirou-se na cama, sem tomar banho, sem trocar de roupa. Estava derrotado, desta vez, somente um “milagre” poderia salvá-lo. Envolvendo o rosto transfigurado de tanto chorar, começou a rezar...rezar bastante, até conseguir dormir...

Uruguaiana, 04 de abril de 2009.