Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: 12/05/14

5 de dez. de 2014

Gatão de Meia Idade - os amores de Sandrão


38 Califórnia de Canção - programação da abertura

Local: Teatro Rosalina Pandolfo (Rua XV de Novembro, 1844)
horário: 21h

Programação Sexta-feira, 05/12
Abertura - Victor Hugo - “Músicas de Uruguaiana”
Eliminatória - 9 concorrentes
1- Assobiando a Milonga, de Juca Vacariano
2- Digitais de Identidade, de Rafael Ovídio Gomes, Carlos Omar Gomes e Zelito Ramos
3- Florzita de Campo Aberto, de Sérgio Carvalho Pereira e Kiko Goulart
4- Saci- Pererê, de Mário Amaral
5- O Homem Dentro do Espelho, de Martim César e Pedro Guerra
6- De Prosa com Seu Maneco, de Tadeu Martins e Rubilar Ferreira
7- Pepe Caravana, de José César M. Pinto e Talo Pereira
8- Rebanhos de Luz, de Hermeto Silva e Afonso Falcão
9- Terrinha, de Mauro Moraes
Intervalo - Quarteto Coração de Potro, de Lajes/SC
Encerramento  -  anúncio 6 classificadas

O evento é organizado pelo CTG Sinuelo do Pago e Fato Singular Projetos Culturais e Eventos, com apoio da Prefeitura Municipal de Uruguaiana.


Assoviando a Milonga - interpretação Renato Fagundes - José Athanásio Borges Pinto (letra e música);
Florzita de Campo Aberto - interpretação Quarteto Coração de Potro - Kiko Goulart (música) e letra Sérgio Carvalho Pereira;
O Homem Dentro do Espelho - letra Martín César, música Pedro Guerra, interpretete Guerra Pimentel e Cassiano Mendes;
Pepe Caravana - letra José César Pinto, música Talo Pereyra, interprete Talo Pereyra;
Rebanhos de Luz - letra Hermeto Silva, músíca Afonso Falcão, interprete Cristiano Fantinel;
Terrinha - letra e música Mauro Moraes, interprete Mauro Moraes e letra César Santos.

Tempo presente, por Gabriel Novis Neves

Somente a idade avançada pode trazer a percepção agigantada do presente. 
Quando jovens somos absolutamente despreocupados com o hoje, já que nossa vida é transformada num manancial de planos e sonhos. 
No entanto, observando meus companheiros da mesma faixa etária, verifico que essa preocupação com o presente não é algo em comum. 
De um modo geral são muito apegados ao passado, esquecem-se do dia a dia e, sobre o futuro, preferem não cogitar. Obviamente tudo ligado à perspectiva da morte, já não tão distante. 
Algumas raras pessoas, a meu ver, privilegiadas, conseguem se desligar um pouco do passado, tenha ele sido glorioso ou medíocre e, por essa mesma razão, nos transmitem uma sensação de juventude, já que estão profundamente mergulhadas no hoje, em toda a sua exuberância. 
Geralmente não são plastificadas, nutrindo-se tão somente da sua intensa alegria de viver. 
São, com certeza, os idosos mais interessantes na convivência, já que não insistem em repetir seus feitos e seus desfeitos durante a vida. 
Comparo a isso quem viaja  e, depois de tirar inúmeras fotos, insiste em mostrá-las  a todo mundo, como se isso interessasse a alguém mais que não os participantes da experiência. 
O pleno presente é a sua meta. Permanecem conectados com a vida social, econômica e cultural do país e, por isso mesmo, continuam  muito atuantes  na sua autoadministração, despertando muito prazer na convivência. 
Jamais falam de suas falências físicas, buscando no emocional a grande razão para viver. A apatia comum na velhice lhes é desconhecida, como também a rabugice que a cerca. 
Estão sempre aptos a viverem novas experiências, sejam elas intelectuais esportivas e até mesmo amorosas. 
Saindo de si mesmo, “o outro” passa a ser o seu maior interesse. 
Tudo que essas pessoas precisam é não serem podadas pela sociedade arcaica e careta a qual todos pertencemos. 
Afastados os preconceitos que visam afundar definitivamente os já alquebrados pelo tempo, tudo fica mais fácil, e o ciclo vital poderá ser concluído sem traumas, impedindo que o idoso se sinta um entulho. 
Incentivar o idoso que está ao seu lado a se deliciar com a vida só trará benefícios para ambos. 
A vida pode ser radiante em todas as idades!