Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: 11/16/09

16 de nov. de 2009

Professores preferem adequar o antigo ao aprovar o novo

Reunidos em Assembleia-Geral Extraordinária, na noite da última quarta-feira,11/11,na sede da APEMU, os professores municipais rejeitaram, por unanimidade, o projeto de lei de origem Executiva, que cria novo plano de carreira da categoria. A Assembleia deliberou pela proposição de adequação do atual plano de carreira em conformidade com o Art. 6º. da lei que instituiu o Piso Salarial Nacional do Magistério.
Ficou decidida ainda, a constituição de Comissão de Mobilização integrada por representantes de todas as escolas da rede e do Conselho Geral da APEMU.
Definiram também promover o “patrulhamento” do projeto em todas as etapas que deve cumprir na Câmara de Vereadores. Substituíram o antigo dístico “Tira o bico do meu plano de carreira”, passando a adotar “com a desvalorização do professor a educação em Uruguaiana não vencerá”, que será aplicado em faixas distribuídas nos arredores de todas as escolas municipais, camisetas, adesivaços e residências.
A presidente da APEMU, há 30 anos no Magistério, destacou nunca ter visto uma Assembleia com a participação efetiva de educadores. Foram ocupadas todas as 400 cadeiras disponíveis e uma parte dos assistentes permaneceu em pé.

Entrevista com Benhur Bortolotto, por Valéria Surreaux (Especial JTribuna)

Conversamos com o escritor uruguaianense Benhur Bortolotto, que lançou no dia 13/11, às 18h30min, seu primeiro romance O Arcanjo Inconfidente, em Porto Alegre.

Primeiro A nave das borboletas, e, de repente, este O Arcanjo Inconfidente: como foi que o livro mudou de nome?
Uns dias antes do meu aniversário eu fui à editora pegar o livro e pedir que não mandassem ainda para a diagramação porque eu queria fazer algumas alterações. Foi então que o professor Carlos Appel me disse que alguém o havia alertado para o fato do título ser parecido com A nau dos insensatos, que eu, aliás, não li. Mas há a ex-pressão, e o quadro… A mim, a princípio, não pareceu nada demais, mas ele pediu que eu sugerisse outro título, para que ele fizesse uma sondagem com quem leu o livro. Sugeri este, que eu já cogitara. Quando eu voltei, ele me disse que todos preferiam O Arcanjo Inconfidente. O novo título tem outra perspectiva, mas gostei disso e acabei optando por ele.

Por que tu escreves dessa maneira, sem pontos de interrogação e exclamação, sem aspas, travessões, apenas vírgulas e pontos finais?
Escrevo assim porque é necessário. Tive influências que são facilmente identificáveis, mas minha preocupação era o que eu faria com elas. Fiz este livro, que se trata da percepção. Tudo está relacionado à linguagem e à percepção, ao modo como as coisas são ditas, à força da palavra, do idioma, sobre aquilo que vivemos, e as palavras percorrem um caminho do qual eu não abdico. O livro no qual estou trabalhando agora é assim também, e é o oposto d’O arcanjo inconfidente. Escrevi sobre este velho que vai morrer, agora escrevo sobre um homem que vai viver.

Quanto tempo tu levaste escrevendo e como foi este processo?
Comecei a escrevê-lo em 22/julho/2007.Terminei no final de novembro do ano seguinte. Depois fiz muitas alterações, mas da primeira letra ao último ponto foram estes meses. E não houve um processo constante. Não sou muito disciplinado. É preciso ter muita disposição para escrever um romance como este, é cansativo. Há dias em que não queria ler nem escrever nenhuma linha.

E inspiração?
Não sei de inspirações. Sei de disposição, é preciso ter disposição. Por outro lado, não posso não escrever, por isso que preciso de disposição, senão é terrível. Mal havia terminado este, ainda estava às voltas com releituras, ajustes, e já ia para a cama atormentado por um novo ensaio.

Por que tu chamas o livro de “ensaio”? Porque é um ensaio. Alguns pintores ensaiam antes o quadro que vão pintar. Eu ensaiei o romance que nunca vou escrever.

Mas é um romance… E o ensaio de uma tela também é uma tela…

Não quer dizer também com isso que o livro pode ser lido como um ensaio sobre a morte, ou sobre a linguagem, da “força da palavra sobre aquilo que vivemos”?
Sim.Mas e não veremos então, por este caminho, os romances todos como ensaios? Não todos, mas posso citar ao menos uma dúzia de romances de autores contemporâneos que são ensaios magníficos. Li agora um livro que é exatamente isso, chama Lavoura Arcaica. Raduan Nassar. Não sei se há algum autor brasileiro contemporâneo que tenha chegado próximo do que é este livro.

Falaste de um novo livro. Quando fica pronto? Não sei, pode ser daqui a um ano, pode ser daqui a um ano e meio ou dois.

O Tribuna homenageia o inventor Pardal, um autodidata*

Desde os oito anos de idade, o técnico eletrônico Juan Carlos Gonzalez, conhecido em Uruguaiana como Pardal, se interessou por livros de eletrônica. Autodidata, com apenas 14 anos já consertava toda espécie de aparelho eletrônico que passava pela sua frente. Com cerca de 50 anos no ramo, Pardal garante que criou mais de 100 inventos em seu local de trabalho na rua Dr. Maia, 4679. “Tenho um caderno onde anoto minhas ideias. Praticamente todos os dias surge algo novo”, conta.
Pardal afirma que uma de suas primeiras invenções ocorreu em 1982. “Inventei um misturador de álcool e gasolina automático. Foi o primeiro carro a álcool que tive”, revela. Outra invenção antiga foi a luminária espelhada, a qual é capaz de triplicar o potencial da lâmpada utilizada. Atualmente as suas luminárias são utilizadas em diversos estabelecimentos da cidade, como bancos, supermercados, igrejas e postos de gasolina. “O salão de festas da igreja do Carmo está todo iluminado por estas luminárias. Antes eram gastos 2400 watts por hora, agora passou para 1200 watts por hora. O Atakarejo do Baklizi gastava 28 mil watts por hora e passou para 7 mil após usarem estas luminárias. A economia de luz é muito grande”.
Dificuldades – Mesmo com uma boa clientela, Pardal lamenta a falta de incentivo governamental à Ciência e Tecnologia. O custo para patentear seus inventos chega a 5 mil reais. “Sempre fui mal assessorado e nunca tive apoio. Minha ideia é conseguir um parceiro com visão de futuro para fazer uma firma gigantesca”, assinala. Indignado, mostrou à equipe de reportagem do Tribuna uma matéria de um norte-americano que havia patenteado um sistema de iluminação híbrido solar-elétrico. “Este sistema eu inventei há mais de 24 anos.
Eu vejo invenções minhas aparecerem no mercado anos depois, porque não pude lançar antes por falta de incentivo”, lamenta.
*(Priscila de Almeida – Especial JTribuna)

Anemia Infecciosa afeta equinos em Uruguaiana*

Dois cavalos crioulos e um mestiço de duas propriedades de médio porte de Uruguaiana foram sacrificados neste mês por terem contraído anemia infecciosa equina (AIE). De acordo com o especialista da Inspetoria Veterinária e Zootécnica, Airoldi Bonetti Junior, o uso de uma única seringa para injeção em diversos animais é a principal forma de contágio da doença, que também é transmitida por meio de insetos como a mutuca, pelo acasala-mento, placenta e aleitamento. “O animal com a anemia fica portador da doença, e se não eliminar o portador, pode contaminar toda a população equina”, explica o inspetor.
Segundo o portal Saúde Animal, os animais ficam suscetíveis à enfermidade quando têm resistência orgânica diminuída por um trabalho excessivo, calor intenso, alimentação inadequada e infestação por vermes. Os sinais clínicos são febre, respiração rápida, abatimento e cabeça baixa, debilidade nas patas, deslocamento das patas posteriores para adiante, inapetência e perda de peso. Em Uruguaiana, o último caso de AIE ocorreu em 2004. Antes disso, apenas em 2001, quando quatro equinos foram sacrificados. “O importante é salientar que se faça o exame (teste de Coggins) e se elimine os positivos”, afirma Bonetti. O inspetor acrescenta que é recomendável realizar o exame a cada 60 dias.
Saiba mais sobre a Anemia Infecciosa Equina – O vírus da AIE sofre mutação antigênica logo após sua entrada no organismo do animal, provocando a formação de novas variantes e impossibilitando qualquer tratamento ou vacinação como ocorre na síndrome da imunodeficiência adquirida dos humanos (AIDS); eis a razão da doença ser conhecida como a “AIDS do cavalo”. É conhecida também como febre dos pântanos, porque nas áreas pantanosas, a população de insetos hematófagos, vetores naturais da doença, é muito grande e os animais ficam expostos à contaminação. A AIE é uma doença de notificação obrigatória, de ocorrência em todos os estados do Brasil.
*(Priscila de Almeida – Especial JTribuna)

Chuvas da última semana é recorde da década em Uruguaiana

Com a chuva da terça-feira passada, que somou 24.2 mm, o índice total em Uruguaiana, em apenas sete dias (03 a 10/11), atingiu 253.9 milímetros – 141,35% a mais do que a média his-tórica do mês de novembro que é de 105 mm. Agora o total já atinge os 312.3mm. Segundo Dalva Maidana, responsável pelo escritório da Estação Experimental da FEPAGRO no município, o volume é o maior da década para um mês de novembro. As temperaturas têm sido de inverno: na segunda-feira 9.8º.C e na terça os termômetros marcaram 14.8º.C. Ambulantes não haviam vendido tantos guarda-chuvas em tão curto espaço de tempo. As lojas desovaram jaquetas de nylon e capas. Mesmo com o sol aparecendo às 15h40min, ninguém acreditava muito que o tempo fosse firmar de vez, em razão da variação de temperatura e umidade relativa do ar. Os arrozeiros permanecem sem poder trabalhar nas lavouras, mas saúdam a precipitação que aos poucos recompõem os mananciais do município com déficit de 40%. Na quarta-feira, a categoria participou do projeto “Café da Manhã”, promovido pela Associação dos Arrozeiros, no Sindicato dos Despachantes Aduaneiros – debateu o tema: a irrigação nas lavouras de arroz. Uma avaliação dos recursos hídricos para esta e próximas safras.

Campeões do Juventude de 1965 homenageiam a Derly Prato*

Na manhã de sábado (7), diversos ex-jogadores do time uruguaianense de futebol de salão do Juventude Atlético Clube entregaram uma placa a José Carlos Prato em homenagem ao técnico Derly Prato, falecido há 30 anos. Ex-jogadores que vivem atualmente noutras cidades e estados não se importaram em viajarem longas distâncias para recordar a época de ouro do futebol de salão de Uruguaiana. Em 1965, Derly fez do Juventude o primeiro time uruguaianense a se tornar campeão estadual de futebol de salão. “Este título do Juventude é espetacular para a época. Quando a gente voltou para Uruguaiana em carreata, todo o mundo foi para as ruas, um momento inesquecível”, recorda o ex-jogador e organizador da homenagem, o jornalista José Luiz Chiarelli. “Essa homenagem a ele tantos anos depois é uma prova de que a direção do Juventude, juntamente com meu pai, soube escolher estes atletas que não eram somente atletas, mas homens de verdade”, emociona-se José Carlos.
*(Priscila de Almeida – Especial JTribuna)

Oficinas práticas estimulam alunos da escola Rondon

Cansada de trabalhar com as dificuldades de seus alunos, a professora de educação especial da Escola Marechal Rondon, Sheila Machado criou no início do ano oficinas práticas para potencializar o aprendizado dos alunos. Todas as segundas-feiras à tarde, os 12 alunos da educação especial distribuem-se em oficinas de informática, artes e do corpo e movimento. “Estas oficinas melhoram a auto-estima e trabalham a socialização, além de ser uma atividade prazerosa”, explica Sheila. No ano que vem, a professora pretende implantar uma oficina que ensine os alunos, entre eles, autistas, deficientes físicos e mentais, a ter noções sobre o dia-a-dia de qualquer pessoa, como atravessar a rua, limpar o quarto, noções de higiene e organização. “Para isso, precisaremos de mais recursos e voluntários, além dos que já temos nas oficinas atuais”, assinala a professora.

Novo acidente na esquina da Tiradentes

Nesta segunda-feira, às 18h05min, aconteceu mais um acidente na esquina das ruas Tiradentes e General Câmara, no centro da cidade, envolvendo dois veículos, sendo que um terceiro foi atingido. Houve somente danos materiais.

Esta é uma das esquinas recordistas em acidentes de trânsito em Uruguaiana. E o semáforo foi retirado do local. Por quê?

Chapa reeleita na OAB Uruguaiana

A chapa 10 (situação), liderada pelo advogado Roberto Duro Gick venceu a eleição da OAB-Uruguaiana com 183 votos, sendo reeleita. A oposição ficou com 78 votos.

A beleza da cor de Uruguaiana


O Concurso a “Mais Bela Negra”, promovido pela Sociedade Espiritualista de Umbanda de Uruguaiana - Aruanda, no último sábado, no Clube Caixeiral, escolheu:
1º. lugar - Eva Carisca Crauna Fernandes - representante da Escola Uruguaiana;
2º. lugar – 1ª Princesa – Mayara Medril da Rosa - pelo Reino de Santo Antônio e Xangô (casa da Yalorixá Cira do Bará)
3º. lugar - a 2ª Princesa – Rafaela da Silva Soares – representante o Elé Afro Oxalá e Oxum (casa do Babalaó Jorge de Oxalá)

Franciscanos - 800 anos de Humildade e Justiça

No dia 16 de novembro de 1209, há exatos 800 anos, São Francisco de Assis fundava a Ordem dos Frades Menores, mais conhecidos como Franciscanos. Sua regra esteve na base da Segunda Ordem Franciscana - a Ordem das Clarissas, fundada por Santa Clara de Assis e também a Ordem Franciscana Secular para leigos. Os franciscanos não são monges, mas sim religiosos: realizam voto de pobreza, castidade e obediência. Vivem em fraternidades, que se designam por conventos e não como abadias ou mosteiros. Os seus conventos são tradicionalmente junto das cidades.

Humildade, simplicidade e justiça. Humildade significa acolhida para escutar. Quem abre os sentidos para perceber o maior e o melhor não tem medo de obedecer e mostra lealdade a um grande projeto. Simplicidade é valor de quem sabe colocar tudo em comum, é a coragem da partilha. Justiça é transparência, castidade, verdade. É revelar o melhor de si.

Oração de São Francisco de Assis

Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor,
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão,
Onde houver discórdia, que eu leve a união,
Onde houver dúvida, que eu leve a fé,
Onde houver erro, que eu leve a verdade,
Onde houver desespero, que eu leve a esperança,
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria,
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais:
consolar que ser consolado;
compreender que ser compreendido,
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe
é perdoando que se é perdoado
e é morrendo que se nasce para a vida eterna...