Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: 08/15/09

15 de ago. de 2009

A Despedida

O corpo de Rosinha foi velado na Sala 01 - da Angelus e o sepultamento aconteceu às 14h15min deste domingo no Cemitério Senhora Sant'Ana.

Miguel Ramos ganha Kikito de melhor Ator em Gramado

Na solenidade de premiação do 37º. Festival de Cinema de Gramado, na noite de sábado, dia 15/08, o ator uruguaianense Miguel Ramos ganhou o Kikito de Melhor Ator, por sua participação no curta “A Invasão do Alegrete”, filme dos irmãos Pablo e Diego Muller, produzido pela GM2/FILMES. Em 2005, também em Gramado, Miguel Ramos ganhou o Kikito de melhor ator coadjuvante.

Euclides da Cunha: o centenário da tragédia da Piedade (Especial por Valéria Surreaux).

Euclides Rodrigues da Cunha nasceu em Cantagalo, 20/01/1866. Foi escritor, sociólogo, repórter jornalístico, historiador e engenheiro brasileiro. Órfão de mãe desde os três anos de idade, foi educado pelas tias. Euclides casou-se com Ana Emília Ribeiro, filha do major Frederico Solon de Sampaio Ribeiro, um dos líderes da República.
Ciclo de Canudos - Quando surgiu a insurreição de Canudos, em 1897, escreveu dois artigos pioneiros “A nossa Vendéia” que lhe valeram um convite d’O Estado de S. Paulo para presenciar o final do conflito. Isso porque ele considerava que o movimento de Antonio Conselheiro tinha a pretensão de restaurar a monarquia.
“Tragédia da Piedade” - Morreu em 15 de agosto de 1909. Ao saber que sua esposa Ana, o abandonara pelo jovem tenente Dilermando de Assis, que aparentemente já tinha sido ou era seu amante há tempos - e a quem Euclides atribuía a paternidade de um dos filhos, “a espiga de milho no meio do cafezal” (querendo dizer que era o único louro numa família de tez morena) -, saiu armado na direção da casa do militar, disposto a matar ou morrer. Dilermando era campeão de tiro e matou-o. Tudo indica que o matou lealmente, tanto que foi absolvido na Justiça Militar. Ana casou-se com ele. . O corpo de Euclides foi examinado pelo médico e escritor Afrânio Peixoto, que também assinou o laudo e viria mais tarde a ocupar a sua cadeira na Academia Brasileira de Letras. (Anos depois, Dilermando também mata Euclides Filho).

A pequena grande Rosinha - o amigo de sempre Danilo e a capivara de estimação do minizoo IMUL

Rosa - a Rosinha


A Tia querida - a madrinha devotada!

A perda que dói - uma Rosa incomum - Rosinha falece.

Faleceu agora a pouco, na UTI da Santa Casa de Caridade, aos 58 anos, Rosa Maria Castilho Pasqualoto. A ambientalista e funcionária da IMUL ficou internada por 42 dias, comovendo e mobilizando orações de toda a comunidade Uruguaianense. Rosinha desde sempre foi cidadã engajada aos movimentos sociais - no auxílio à própria Santa Casa. A figura que centralizava as ações do minizoo mantido pela família Tellechea, com o apoio do incansável Danilo Gonçalves.
ESPÍRITO ESPORTIVO – VICENTE MAJÓ DA MAIA
vmmaia@uol.com.br

TIRA TEIMA:

Vai longe o dia em que assistíamos no FANTÁSTICO os tira-teimas dos lances polêmicos da rodada do futebol. Era a chance de o perdedor verificar o lance polêmico e justificar o seu mau resultado. De lá para cá, a tecnologia cresceu significativamente. Invadiu praticamente todos os esportes cuja decisão passe pelas mãos e olhos de uma arbitragem.
No futebol americano, jogo estratégico, de conquista de espaço, misturado a força de seus praticantes e a gloria do “touchdawn”, os árbitros tem o poder de parar a partida a qualquer dúvida. Recorrem às imagens de televisão, geralmente espalhadas por todos os lados dos Estádios. O veredicto é soberano e avalizado pelas telas da televisão.
No tênis, a ATP (Associação de Tenistas Profissionais) implantou sensores nas quadras, que tocam sinal sonoro, caso a bola seja “out” (fora). Recentemente, implantou o “desafio”, onde cada tenista tem oportunidade de verificar a decisão dos juízes. A novidade é somente aplicada nas partidas do Máster Serie e os “desafios” são exibidos nos telões das quadras. Todos passam a ter convicção da decisão tomada.
O voleibol, durante a final da Liga, na Servia, deu sinais de que breve a arbitragem poderá contar com as imagens da televisão para confirmarem suas decisões. Os dirigentes pararam a final envolvendo Brasil e Servia, para informar aos juízes que haviam se equivocado num ponto que deveria favorecer o Brasil. A atitude foi inédita.
Outros esportes já avançaram muito nestes quesitos. Sensores são colocados nas piscinas, no automobilismo, no atletismo, para que nada dê errado e ninguém leve vantagem com os equívocos. Afinal, “errar é humano”.
Porém, o mais popular esporte do planeta continua resistindo ao importante auxilio. Às vezes, erros de arbitragem prejudicam trabalho de vários meses. Contemplam partes, terminam com carreiras. Mesmo assim, o futebol resiste à tecnologia. Um contra-senso. Porém, os Tribunais Desportivos tem usado as imagens dos jogos para punir infratores. Mas, os Juízes e bandeirinhas continuam reféns de seus olhos e de seus julgamentos. Sem acesso a tecnologia.
Parece ser isto que as autoridades maiores do futebol querem: polêmicas! Que o torcedor saia do estádio e tenha o que dizer no barzinho da esquina, para justificar uma ou outra derrota. Eu, por exemplo, jamais esqueci o gol anulado do Jardel contra o Palmeiras, na Copa do Brasil de 1995. As câmeras da televisão mostravam claramente que não houve o impedimento marcado. Ficamos fora, depois de uma grande reação. Tiraram-nos o título e a vaga na Libertadores. Culpa total do “trio”. Os vermelhos “choram” o pênalti no Tinga, contra o Corinthians, em 2005.
Enquanto a tecnologia não estiver ao lado da arbitragem no futebol, assessorando as decisões, colaborando com as posições tomadas, certamente, que continuaremos a ver trabalhos perdidos, jogadores prejudicados, torcedores inconformados.
URUGUAIANA, 12 DE AGOSTO DE 2009.

Coluna Diálogo Interior, por Emílio Jacques.

Visualizações

Nem todos conseguimos imaginar cenas e acontecimentos com a riqueza de uma fotografia, porém todos possuímos a capacidade de criar imagens com variados graus de clareza ou nitidez. Visualizando sua casa, por exemplo, você saberá dizer quantas janelas ela possui, porque criará uma imagem mental que possibilitará a contagem das aberturas.
Já falei em colunas anteriores sobre a força dos pensamentos positivos e das intenções que – sem dúvida alguma, são instrumentos fantásticos para a obtenção das coisas que mais queremos para as nossas vidas. Uma nova postura mental criará as condições ideais para que esses pensa-mentos e intenções se firmem como estruturas possíveis, desde que você tenha consciência que precisa mudar, mesmo que nas mínimas coisas, aliás, o ideal para se começar. Hoje falo das visualizações, que considero serem ainda mais fortes. Na maioria das vezes, antes mesmo de conseguirmos realizar qualquer coisa, precisamos imaginar todas as fases que irão propiciar a ação.
Imagine que você deseja pedir um aumento ao seu chefe. Será que consegue se ver fazendo o pedido? Se não conseguir se imaginar fazendo isso, é provável que essa situação nem chegue a acontecer e você continue com o mesmo salário.
Por outro lado, se você consegue visualizar a cena em que expõe suas razões e solicita um aumento com calma e firmeza, é provável que você venha a fazer isso realmente.
Os patrões já devem estar “visualizando” uma fila de funcionários. Isso é bom. Para uma empresa ser saudável, precisará de funcionários satisfeitos.
Se você realmente deseja ser bem sucedido em algo, imagine-se como uma pessoa de sucesso. Faça isso muitas e muitas vezes.
Lógico, ao falarmos de visualizar, quer seja o sucesso ou qualquer outra coisa, devemos ter em mente que para isso acontecer, precisará haver um sincronismo com a nossa capacidade atual.
Imagine-se lidando com situações complicadas, difíceis, porém conseguindo resolver os problemas, lutando, às vezes com um certo grau de dificuldade até, mas sempre obtendo êxito e superando todos os contratempos, alcançando, assim, a realização.
É sempre um privilégio estar aqui escrevendo para vocês. Um grande abraço, de coração.
(Contato e-mail reikiterapia@ibest.com.br )

Coluna Contos dos Cantos da Gente, por Valéria Surreaux.

Carmem Rosa

Carmem Rosa caminha pela casa inundando o ambiente com um aroma de lavanda. Chega a ser bom o cheiro enjoativo que dela exala, pois abranda o cheiro de mofo e morte impregnado nas paredes brancas com adornos de gesso e espelhos bisotês. Uma mulher opulenta, de carnes brancas como porcelana e uma maquiagem cor de alabastro que deixa o rosto com uma desumana lisura de cera, parecendo uma pintura saltada das telas sacras do Renascentismo. Os gestos exuberantes e sonoras gargalhadas quase escondem sua interioridade misteriosamente triste, mas colaboram colorindo a casa antiga onde um dia chegou,atraída por um anúncio, oferecendo-se para fazer companhia ao velho Francisco e dar-lhe mais vida e saúde lavando-lhe os olhos com uma sensualidade de leoparda. Gosta de ser chamada de enfermeira, tarefa esta, que nunca executou com devida competência, sendo mais apta para desfilar o corpo carnudo diante dos olhos moribundos do velho. Velho Francisco limitou-se a pequenas alegrias obtidas com a mais paciente colaboração de Carmem Rosa que ouve seus delírios com fingida preocupação e conta-lhe tristes e bizarros episódios de sua vida. A vez que foi currada por sentinelas de um quartel do interior, o homem casado pelo qual se apaixonou e que possuía o órgão sexual mais avantajado que conheceu e que a abandonou numa estrada deserta numa noite de chuva por ela ter-se recusado a oferecer-lhe prazeres pouco ortodoxos, levando com ele a sacola inteira de Avon que ela revendia. O chibeiro com o qual fugiu para o Chile e obrigava-a, sob ameaça de morte a entregar-se a uma africana lésbica enquanto assistia a tudo lambendo o salto de seus sapatos vermelhos. Os olhos de Francisco brilhando efervescentes.
- Que foi velho? Que sorriso debochado é esse pendurado nesta boca murcha? Quer historinhas inteligentes eu sei contar também.
- Nem tente.
- Não sabe que eu também li? Não digo que tenha lido este magote de livros que tem nessas estantes porque nunca fui desocupada. Mas li.
- Eu imagino que tenhas lido bastante.
- Pois li e também tive marido muito letrado, além de bom de cama.
- O que eu gosto de ti é tua disposição e tua ignorância cósmica. Não estraga as coisas. Mas me conta, que conversa tinhas com teu marido letrado?
- Pois eu te digo, que além de ter feito coisas que tu nunca terias imaginação de executar nem no pior chinaredo, quando tu ainda te sustentavas nas pernas, era mais inteligente do que tu.
- Era?
- Tão inteligente que até pra UTI ele já foi
- Ah, bueno, isso realmente não é pra qualquer um. Agora vai lá trazer minha sopa e volta logo para contar da orgia em Moçambique. Ela levanta gargalhando deixando no quarto escuro o cheiro úmido de lavanda e o velho envolto num encantamento que abreviava suas horas arrastadas, contando os segundos para tê-la novamente inteira, no seu mundo inventado, fazendo-lhe despertar do sono triste ao qual se condenou depois da morte de sua esposa de olhos azuis e nome de flor.