Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: 07/20/10

20 de jul. de 2010

TRANSPARÊNCIAS


transparências de
rogério severo e bebeto alves


de 21/07 a 10/08
inauguração às 19h

galeria graffiti
tiradentes, 3220

Coisas que fazem falta

Benhur Bortolotto Resmungo publicado na edição de 09|07|2010 --

Comunistas Doris Lessing disse, certa vez, que achava interessante que na América Latina ainda houvesse comunistas. Pois a mim me parece que, no Brasil, pelo menos, eles estão rareando. “Como se nada tivesse acontecido”, acrescenta a escritora. É muito comum ver uma classe média razoavelmente intelectualizada usar padrões capitalistas para evidenciar, com lastimável miséria cerebral, um fracasso que, a rigor, não deveria ser condicionante de nada. Em “o comunismo não deu certo” o tempo verbal não é só atabalhoado. É estúpido. Além de comunistas, nos faltam também construtivistas.

Estatísticas Em Uruguaiana, estatística é coisa para poucos. Honestas então! Há 11 mil famílias abaixo da linha da pobreza, o que deve significar meia cidade. Queria saber como se chegou a esse número. Os leitos da Santa Casa são muito versáteis, adaptando-se a outro tipo de acomodação de acordo com as necessidades. Para uma matéria sobre a situação da saúde pública no município, a Secretaria de Saúde e a Administração do Hospital não conseguiram chegar a um consenso: foram três números. O certo? Só indo contar. Para uma reportagem sobre os precatórios do município – após uma série de desencontros com um muito desrespeitoso procurador –, várias idas à prefeitura e inúmeros cumprimentos às pessoas sucessivamente designadas para prestar as informações, tudo foi reduzido a um “Pra isso, só com autorização expressa do prefeito”, quatro dias depois do primeiro contato. Só o que se sabe com alguma certeza é que 98% da população adora Sanchotene Felice. A pesquisa tem margem de erro de dois pontos percentuais para menos.

Ghost-writers São tantas as histórias que eu ouço por aí. Gafes, arroubos de burrice, lorotas, tiradas inteligentes, micos… Uruguaiana é bem servida de figuras cujos feitos merecem registro. Infelizmente, não tem quem as escreva. Ter, até tem: mas há uma obrigação social de manter em segredo o que muita gente já sabe. Mas as gentes, além de esquecer as coisas, morrem. É coisa de bobo dar tanta importância à folha impressa e à reputação alheia.


O sol e as temperaturas desta terça-feira em Uruguaiana

Segundo o DPCEA - Aeroporto Internacional Rubem Berta, às 8h, desta terça-feira foi registrada a mínima apontando 2,6º.C, sensação térmica de zero grau em razão dos ventos de 10Km /h. A máxima ocorreu às 16h, 13,8ºC. Previsão de chuva nas pr´poximas 36 horas.

Curso sobre Código de Conduta do Despachante

O Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Estado do Rio Grande do Sul (SDAERGS) realiza neste sábado (24) às 9h Curso sobre Código de Conduta gratuito para os despachantes aduaneiros associados. O evento, que irá ocorrer no auditório da delegacia de Uruguaiana, irá buscar sugestões para a elaboração de um Código de Conduta dos profissionais. Além disso, irá abordar sobre noções de ética, as diferenças entre ética e moral, código de ética, estrutura e objetivos, análise da missão do despachante e estudo dos valores estabelecidos pelo Sindicato. O curso irá se estender até ás 13h com intervalo de 15 minutos. O instrutor é o auditor- fiscal da Receita Federal, Paulo Renato Trindade Valério.


Habeas -Pinho

Em 1955, em Campina Grande, na Paraíba, um grupo de boêmios fazia serenata numa madrugada do mês de junho, quando chegou a polícia e apreendeu o violão. Decepcionado, o grupo recorreu aos serviços do advogado Ronaldo Cunha Lima, então recentemente saído da Faculdade e que também apreciava uma boa seresta.

Ele peticionou em Juízo para que fosse liberado o violão. Aquele pedido ficou conhecido como "Habeas-Pinho" e enfeita as paredes de escritórios de muitos advogados e bares de praias no Nordeste.

Mais tarde, Ronaldo Cunha Lima foi eleito Deputado Estadual, Prefeito de Campina Grande, Senador da República, Governador do Estado e Deputado Federal.

Eis a famosa petição:
 

HABEAS-PINHO
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da 2ª Vara desta Comarca:
O instrumento do crime que se arrola
Neste processo de contravenção
Não é faca, revólver nem pistola,
É simplesmente, doutor, um violão.

Um violão, doutor, que na verdade,
Não matou nem feriu um cidadão,
Feriu, sim, a sensibilidade
De quem o ouviu vibrar na solidão.

O violão é sempre uma ternura,
Instrumento de amor e de saudade,
Ao crime ele nunca se mistura,
Inexiste entre eles afinidade.

O violão é próprio dos cantores,
Dos menestréis de alma enternecida
Que cantam as mágoas e que povoam a vida
Sufocando suas próprias dores.

O violão é música e é canção,
É sentimento de vida e alegria,
É pureza e néctar que extasia,
É adorno espiritual do coração.

Seu viver, como o nosso, é transitório,
Porém seu destino se perpetua,
Ele nasceu para cantar na rua
E não para ser arquivo de Cartório.

Mande soltá-lo pelo Amor da noite,
Que se sente vazia em suas horas,
Para que volte a sentir o terno açoite
De suas cordas leves e sonoras.

Libere o violão, Dr. Juiz,
 Em nome da Justiça e do Direito,
É crime, porventura, o infeliz
cantar as mágoas que lhe enchem o peito?

Será crime, e, afinal, será pecado,
Será delito de tão vis horrores,
perambular na rua um desgraçado
derramando ali as suas dores?

É o apelo que aqui lhe dirigimos,
Na certeza do seu acolhimento,
Juntando esta petição aos autos nós
e pedimos também DEFERIMENTO.

Ronaldo Cunha Lima, advogado.

O juiz Arthur Moura, sem perder o ponto, deu a sentença no mesmo tom:
"Para que eu não carregue remorso no coração,
Determino que seja entregue ao seu dono,
Desde logo, O malfadado violão! “

Recebo a Petição escrita em verso
E, despachando-a sem autuação,
Verbero o ato vil, rude e perverso,
Que prende, no cartório, um violão.

Emudecer a prima e o bordão,
Nos confins de um arquivo em sombra imerso
È desumana e vil destruição
De tudo, que há de belo no universo.

Que seja Sol, ainda que a desoras,
E volte à rua, em vida transviada
Num esbanjar de lágrimas sonoras.

Se grato for, acaso ao que lhe fiz,
Noite de lua, plena madrugada,
Venha tocar à porta do Juiz.

ECLIPSE no Cinema Municipal

ECLIPSE
(legendado)

*terça, quarta e quinta-feira, sessões às 20h.
SEXTA-FEIRA
17:45h e 20:00h
SÁBADO, DOMINGO E SEGUNDA-FEIRA
15:30h, 17:45h e 20h

Ingresso R$ 8,00

INVESTIMENTO EM EDUCAÇÃO II

Preparação técnica e formação ética-política do professor
Ao longo de sua trajetória histórica, a humanidade, à medida que se complexificava em sua expressão social, institucionalizava os processos interativos de formação. Por isso, tais processos deixaram de ser informais e passaram a ser formalmente planejados e executados. A instituição escolar e os sistemas de ensino são o resultado objetivo e concreto desse desenvolvimento.
O que produz o sucesso ou o fracasso escolar é o fato de o aluno ter ou não ter uma atividade intelectual – uma atividade eficaz que lhe possibilite apropriar-se dos saberes e construir competências cognitivas.
No centro da questão do sucesso ou do fracasso escolar, é preciso, portanto, inserir a atividade intelectual. Por que o aluno estuda ou não estuda? Por que o aluno se mobiliza ou não se mobiliza intelectualmente? Por que mobilização e não motivação? A idéia de motivação remete a uma ação exterior: procura-se alguma coisa que motive o aluno. A idéia de mobilização remete a uma dinâmica interna, à idéia de motor (logo, de desejo): é o aluno que se mobiliza.
Mas, para que ele se mobilize, é preciso que a situação de aprendizagem tenha para ele sentido, possa produzir prazer, responder a um desejo. É a primeira condição para que o aluno se aproprie do saber.
Para que o aluno se aproprie do saber é preciso que ele tenha ao mesmo tempo o desejo de saber e o de aprender. De onde vem e como se constrói o desejo de aprender, essa mobilização intelectual que exige somatório de esforços? Concretamente , na aula, é a questão da aula interessante.
A segunda questão fundamental, que também se coloca no cotidiano da escola, é a da atividade intelectual eficaz para apropriar-se de um saber. Para ser eficaz, essa atividade deve respeitar certas normas, impostas pela própria natureza dos saberes que devem ser apropriados e por regras sociais ( contextos sociais). A eficácia da apropriação está no atendimento à normatização escolar e social.
Para adquirir o saber, é preciso, portanto, entrar em uma atividade intelectual, o que supõe o desejo, e apropriar-se das normas que este saber implica/significa na vida do aluno, considerada a relevância social.
A “cria” do homem nasce inacabada, imperfeita e, torna-se homem apropriando-se, com a ajuda de outros homens, da humanidade.
A educação é essa apropriação do humano pelo indivíduo. Ele não pode apropriar-se senão do que está disponível em um lugar e em um momento determinado da história de vida de cada um.
Aprender não é apenas adquirir saberes é, também, apropriar-se de práticas e de formas relacionais e confrontar-se com a questão do sentido da vida, do mundo, de si mesmo.

Questionamento
Frente ao desafio, sempre presente, do ser professor educador:
- O QUE ESTAMOS DISPONIBILIZANDO AOS NOSSOS ALUNOS?
- OPORTUNIZAMOS UM APRENDER PRAZEROSO, EM RESPOSTA AO DESEJO DE SABER?
- FAVORECEMOS O SUCESSO ESCOLAR?

Dirce Gracioso Soares
Presidente

Gatão de Meia Idade - Despertares